terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sindicatos de caras de pau

A pelegada do PT e Cia começa a botar as asinhas de fora. Estão homiziados principalmente na CUT mas, também, em outras centrais amigas. O bando de cafajestes passou agora a se devotar a ataques injustos a Marina Silva. Parasitas profissionais a serviço do petismo - recebem sem trabalhar para ficar de plantão na defesa de suas boquinhas - não se envergonham de nenhuma indignidade. São capazes de tudo. 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) teve a coragem de questionar Marina a respeito dos seus posicionamentos sobre a atuação da Petrobrás, a mãe de todas as corrupções. Dos canos da empresa jorra petróleo, é verdade, mas o maior volume que ela expele, de fato, é de lama fétida, a lama do petrolão. Quando os inumeráveis casos de roubalheira envolvendo a cúpula petroleira vieram à luz, não se viu qualquer manifestação dos pelegos da FUP contra o saqueio efetuado. Silêncio. Silêncio absoluto. Silêncio cúmplice e vergonhoso coonestando a bandidagem dos companheiros amigos. 

De um certo ponto de vista essa gente que defende a ladroagem governista tem razão. A Petrobrás é deles; engana-se quem julgar o contrário, pois ela já foi privatizada há muito tempo: A Petrobrás é uma empresa dos funcionários da Petrobrás. Sabem os pelegos petroleiros que ao se repartir o butim, uma parte substanciosa do numerário fica nos seus bolsos. O povo brasileiro que se dane. E pague a conta, logicamente, sem mugir nem tugir. 

Até uma criatura tosca como Severino Cavalcanti - aquele vulgar achacador de dono de lanchonete que presidiu a Câmara dos Deputados - percebeu o tamanho da bocada. O ex-deputado queria, porque queria, indicar alguém de sua confiança para "aquela diretoria que fura poço". Gatuno primitivo, Severino percebeu no entanto, por onde passava o trilho que o levaria à independência e riqueza futuras. A mãe de todas as corrupções lá estava, pronta para se deixar esquartejar, a um comando de Lula ou Dilma.

Severino, por bronco essencial, não desconfiou que a tal diretoria que fura poço (e as outras também), já tinham donos. Dona Dilma estava a postos - na presidência do Conselho de Administração da Petrobrás -  para garantir o bom andamento dos negócios e, claro, das negociatas, conforme a imprensa vem constatando e divulgando. Feroz como Cérbero, o cão de guarda do inferno, dona Dilma rosnava, no tom de costume, para espantar qualquer outro aventureiro que tentasse meter a mão no soutien da comadre. A preferência no enricar, lógico, era de Lula, o senhor e controlador dos caminhos. 

Alguém ouviu o mais leve muxoxo da pelegada em defesa da Petrobrás? Nada de nada, nadica mesmo! A matilha de cães vai, no entanto, fiel ao espírito cínico, latir para Marina Silva, que ameaça acabar com a farra da corja, caso ganhe as eleições presidenciais. 

Outro caso de pelegagem explícita se dá com os sindicatos de bancários afiliados à CUT. Em Belo Horizonte, a pretexto de campanha salarial, afixaram nas paredes externas do Banco Itaú, e somente nele, ofensas aos acionistas majoritários - a família Setúbal - que teriam demitido alguns funcionários. Pretendem, de fato, com tal referência explícita, atingir politicamente Marina Silva, pelos vínculos de amizade desta com Neca Setúbal. Os garbosos defensores dos eventuais demitidos, entretanto, não se manifestaram, em nenhum momento, quando o Banco Santander mandou para a rua, por solicitação de ninguém mais, ninguém menos, que Lula da Silva, gente que criticou a política econômica do governo. Inacreditável que Lula - de todos os pelegos e picaretas, o mais pelego e picareta de todos - teve a ousadia de pedir a um patrão que demitisse um trabalhador, violência inominável agravada pela torpeza da motivação.

Pois, então, é gente desse tipo descrito acima que está questionando Marina Silva. Por ocasião do saqueio do Banco do Brasil (de onde a turma petista se locupletava junto com Marcos Valério), e da Caixa Econômica Federal, a pelegada parasitária da CUT também ficou no mais obsequioso dos silêncios. Para refrescar a memória, o mensalão que levou a cúpula do PT para a prisão, e a compra pela Caixa do falido banco de Silvio Santos - o Panamericano - não mereceram a mais leve censura por parte dos parasitas profissionais da CUT. Mas eles se querem juízes das propostas de governo de Marina Silva. 

A esperança dos que anseiam por uma limpeza, em regra, dessas estruturas sindicais carcomidas, começa com a obrigatoriedade da pelegada fazer prestação de contas dos recursos que recebem do governo. Esse é o temor que os anima a defender dona Dilma com unhas e dentes. Temor de que seus indefensáveis privilégios - principalmente o de não terem seus gastos auditados pelo Tribunal de Contas da União - venham a ser extintos.

Com dona Dilma no governo, a gatunagem sindical continuará, igualmente, assim como se dá com todas as outras empresas públicas, em especial com a Petrobrás, a mãe de todas as corrupções. Mais que cúmplices, eles são sócios que compreendem muito bem a natureza dos seus negócios pecuniários. 

Nenhum comentário: