sábado, 28 de novembro de 2015

Punheta e siririca: os avanços da Pátria Educadora


O espírito de Pasolini baixou nas universidades públicas, em especial nas federais, infestadas de petistas mas, também, de muita gente do PC do B além, claro, dos tributários de excrescências do tipo PSTU, PSOL, PCB, PCO e outras infindáveis denominações perfazendo verdadeira sopa de letrinhas. Não sabendo mais o que inventar pela glória da Pátria Educadora, resolveram agora investir em outro tipo de perversão: a suruba pedagógica. 

Foi noticiado há alguns dias que uma dita "oficina da siririca" estaria ocorrendo no campus da Universidade Federal do Amapá. Até aí, tudo bem. Nos tempos momentosos que correm, exotismos equatoriais podem ser tolerados sem maiores consequências. Nas lonjuras amazônicas daquele estado, e com aquele calor úmido, não deve haver mesmo muito o que fazer nas horas vivas do dia. Então, tome siririca para deixar as mãos ocupadas, peludas mãos estas, que se ficarem ociosas irão, certamente, fazer coisas muito piores, coisas que nem o diabo faz. Melhor então prevenir levando à frente um estranhíssimo evento universitário.

Verdade que pode estar havendo alguma pesquisa secreta, ainda não divulgada, promovida por antropólogos ou arqueólogos pós-modernos, para quem tais oficinas de siririca estariam servindo de laboratório. Quem sabe, para esclarecer a possibilidade de humanos regredirem ao estágio de bonobos, notáveis chipanzés adeptos do "faça amor, não faça a guerra". 

Parentes distantes dos humanos, os adoráveis bonobos vivem em perpétua suruba. Em aparecendo à sua frente algum buraquinho, por menor que seja, de irmã, mãe, avó, prima, tia e mesmo de irmãos, pai, avô, primo, tia ou de quem mais que der as caras, e as bundas, no pedaço eles partem pra cima em incansáveis práticas eróticas. Pasolini ficaria maravilhado babando de inveja. 

Mais recentemente, outra universidade pública - a UFMG - resolveu contribuir para o avanço do conhecimento nessa área tão relevante, que tangencia de maneira insofismável as ciências pedagógicas. Também implantou uma outra "oficina" destinada às cultoras da siririca. Não se sabe se houve abordagem das últimas tecnologias da "chuca", as quais constavam da programação da Universidade Federal do Amapá. Em tempo, "chuca" remete às práticas de limpeza, assepsia e preparação do esfíncter anal para a adequada e sadia penetração. Possivelmente, UFMG fez o que fez por prudente separação dos eventuais interessados no tema "siririca e chuca", nem sempre convergentes em termos de público alvo, demonstrando assim o maior valor que o tempo confere às entidades acadêmicas mais antigas. 

Enfim, a Pátria Educadora de dona Dilma prossegue em sua trajetória de esquisitices. Haverá um momento futuro em que tais insanidades serão objeto, agora sim, de pesquisadores preocupados em entender a degradação de instituições educacionais submetidas ao ditames de bárbaros irresponsáveis. O silêncio cúmplice das Reitorias, e dos pomposos mandarins e intelectuais acadêmicos, passa a fazer todo o sentido. Rinocerontes não falam.

Abaixo seguem links que exibem os últimos acontecimentos no campus da UFMG. Um deles retrata um bando de pelados, simiescamente bailando. Bonobos teriam mais compostura. A dancinha se deu no monumento situado na porta de entrada da Reitoria, possivelmente sob aplausos dos educatecas lá instalados, isto é, se estivessem com mais de u'a mão desocupada. O outro link contém imagens dos aprendizes de siririca. Um esforço vão e caro. Bater uma punhetinha dispensa a colaboração de professores e de escolas. Estas só colaboram, indiretamente, quando possuem lindas professorinhas, como diria Ataulfo Alves morrendo de saudades, excitando a imaginação e o natural vigor da rapaziada.  

UFMG - Sirica é cultura


UFMG - Siririca é educação

República de bandidos (Editorial do Estadão)


Ninguém melhor do que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, para expressar o sentimento de frustração que atinge em cheio os brasileiros: “Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós acreditou no mote segundo o qual a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 (o mensalão) e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora constata-se que o escárnio venceu o cinismo”. Nessa síntese está toda a trajetória dos embusteiros petistas que, desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, prometeram fazer uma revolução ética e social no Brasil e agora, pilhados em escabrosos casos de corrupção, caçoam da Justiça e da própria democracia.

O mais recente episódio dessa saga indecente, ao qual Cármen Lúcia aludia, envolveu ninguém menos que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral. Em conluio com o banqueiro André Esteves, o petista foi flagrado tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, que ameaçava contar o que sabia sobre a participação de ambos no petrolão.

As palavras de Delcídio, capturadas em áudio gravado por um filho de Cerveró, são prova indisputável da naturalidade com que políticos e empresários se entregaram a atividades criminosas no ambiente de promiscuidade favorecido pelo governo do PT. Como se tratasse de uma situação trivial – a conversa termina com Delcídio mandando um “abraço na sua mãe” –, um senador da República oferece dinheiro e uma rota de fuga para que o delator que pode comprometê-lo e a seu financiador suma do País. Os detalhes são dignos de um arranjo da Máfia e desde já integram a antologia do que de mais repugnante a política brasileira já produziu.

Delcídio garantiu a seus interlocutores que tinha condições de influenciar ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos em posições institucionais destacadas para que os objetivos da quadrilha fossem alcançados. O senador traficou influência. Mas o fato é que, hoje, as ramas corruptas que brotam do sistema implantado pelo PT se insinuam por toda a árvore institucional – com raras e honrosas exceções, entre elas o Supremo, que vem demonstrando notável independência.

Exemplo do contágio é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão sendo investigados pela Lava Jato. A nenhum dos dois ocorreu renunciar a seus cargos para que não sofressem a tentação de usar seu poder para interferir no processo, como já ficou claro no caso de Cunha. Renan, desta vez, tentou manobrar para que fosse secreta a votação do Senado que decidiria sobre a manutenção da prisão de Delcídio, na presunção de que assim os pares do petista o livrariam, criando uma blindagem para os demais senadores – a começar por ele próprio. Temerosos da opinião pública, os senadores decidiram votar às claras e manter Delcídio preso.

Enquanto isso, o PT, com rapidez inaudita, procurou desvincular-se de Delcídio, dizendo que o partido “não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, já que o senador, segundo a direção petista, agiu apenas em favor de si próprio. Se Delcídio tivesse cometido seus crimes para abastecer os cofres do PT, seria mais um dos “guerreiros do povo brasileiro”, como os membros da cúpula do partido que foram condenados no mensalão e no petrolão.

O PT e o governo não enganam ninguém ao tentar jogar Delcídio aos leões. O senador era um dos principais quadros do partido, era líder do governo no Senado e um dos parlamentares mais próximos da presidente Dilma Rousseff e de Lula. Sua prisão expõe a putrefação da política proporcionada pelo modo petista de governar.

Também ninguém melhor do que a ministra Cármen Lúcia, que resumiu a frustração dos brasileiros de bem, para traçar o limite de desfaçatez e advertir a canalha que se adonou da coisa pública sobre as consequências de seus crimes: “O crime não vencerá a Justiça” e os “navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades” não passarão “a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção”. É um chamamento para que os brasileiros honestos não aceitem mais passivamente as imposturas dos ferrabrases que criaram as condições para que se erigisse aqui uma desavergonhada república de bandidos.


Vitamina ou mandioca?

Lula comparou o Brasil de hoje a uma criança e disse que o apoio popular é a “vitamina” que falta para ele se reerguer. “Esta criança chamada Brasil é nossa e nós temos que cuidar dela. O Brasil está precisando de vitamina e nós somos a vitamina que a Dilma precisa para dar certo”, comparou.

Dona Dilma está precisando, mesmo, é de mandioca: da boa, da grossa, da firme. Mandioca puba não vale.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Amigo oculto de petista


Agora a gente sabe o que eles podem fazer (Gilmar Mendes)


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 27, que a adoção de determinadas políticas públicas, hoje, com finalidade exclusivamente eleitoral é uma compra de votos moderna. Gilmar Mendes participou de palestra na Associação de Advogados de São Paulo (Aasp).
“Tenho a impressão de que a adoção de determinadas políticas públicas hoje com finalidade exclusivamente eleitoral é uma moderna compra de votos.”
Gilmar Mendes discutiu a reforma eleitoral no evento. “A chamada captação de sufrágio ficou ingênua diante da possibilidade de se desenhar políticas públicas para o pleito eleitoral’, afirmou.
O ministro citou episódios ligados à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). “Nessa campanha, a presidente Dilma disse, como candidata: nós fazemos o diabo para ganhar a eleição. O presidente Lula disse, em algum momento, na presença da candidata Dilma: eles não sabem o que nós somos capazes de fazer para ganhar a eleição. Agora a gente sabe o que eles podem fazer para ganhar a eleição, mas não na urna, em outro campo.”
Questionado se a presidente Dilma havia comprado votos, Gilmar Mendes afirmou enfaticamente: ‘Não estou dizendo isso’.
Para o ministro, o grande desafio da Justiça Eleitoral e do País no século XXI é discutir eleições limpas ‘nesse contexto’ do uso de políticas públicas em ano eleitoral.
“A gente fica imaginando a captação do sufrágio como a compra do eleitor via distribuição de telha, saco de cimento, tijolo. Na verdade, em termos gerais, dispõe-se da possibilidade de fazer políticas públicas para aquela finalidade. Aumentar Bolsa Família em ano eleitoral, aumentar o número de pescadores que recebem a Bolsa Defeso. Em suma, fazer este tipo de política de difícil impugnação inclusive por parte dos adversários. A Justiça Eleitoral será que estaria preparada para este tipo de debate? O que resulta disto é um déficit de R$ 50 bilhões estimado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).”
O ministro afirmou que tem sido ‘fácil’ para a Justiça cassar prefeitos e vereadores no Nordeste em vez de buscar irregularidades ’em Estados mais civilizados’.
“Estamos de fato cumprindo papel da legislação simbólica. Estamos enganando a torcida, cassamos 10 vereadores, enquanto os tubarões passam”, afirmou o ministro, crítico ao à postura da Justiça Eleitoral nos últimos anos.
Gilmar Mendes defendeu que a Justiça Eleitoral crie instrumentos preventivos para evitar abusos, especialmente, em ano eleitoral.

Renúncias em favor do Brasil


As enrascadas em que o PT se meteu levaram o presidente Fernando Henrique Cardoso a sugerir como saída (em prol do país e da governabilidade), a renúncia de dona Dilma. Seria dada à Nação a oportunidade de se recompor, política e administrativamente, agora sob nova direção no poder Executivo. Ficaríamos livres dos Bumlai, dos Lulas, dos escândalos em série e outras mazelas deploráveis.

Ainda mais recentemente, Marco Aurélio Melo, ministro do Supremo Tribunal Federal, frente às trapalhadas de Renan Calheiros, no Senado, e Eduardo Cunha, na Câmara dos Deputados, repetiu a mesma recomendação: que renunciassem para que o Congresso Nacional se reorganizasse de maneira a melhor responder aos anseios do país.

Na vasta lista dos que precisam ser afastados faltam, contudo, os nomes daqueles que se hospedam nos tribunais superiores. O papel extraordinariamente positivo do judiciário da primeira instância (basta ver o exemplo da operação Lava Jato), não pode camuflar as responsabilidades dos que se encontram na mais alta magistratura, em relação à grave crise que engolfa o Brasil. 

No julgamento da Ação Penal 470 - do tristemente célebre mensalão - o então ministro Joaquim Barbosa chegou ao ponto de acusar o atual presidente do STF, Ricardo Levandowski, de estar fazendo chicana para beneficiar os mensaleiros. Pelo que foi mostrado ao vivo durante o julgamento, não foi sem razão o questionamento de Joaquim Barbosa. Casos notórios de "embargo auricular" são de conhecimento público, em especial no âmbito do TSE. Para muitos causa espécie a romaria pidona que indicados para os mais altos cargos do Judiciário tenham que fazer. Ficam, durante semanas, a mendigar o voto dos senadores que lhes garantirão a aprovação. De fonte assim tão espúria, aliás, pode resultar um magistrado isento, como seria de esperar? 

As desassombradas declarações do senador Delcídio Amaral sobre alguns juízes mostram como estes são vistos pelos que os patrocinaram. Ao que parece, o líder do governo Dilma apenas vocalizou concretamente a realidade da peita, o que a tantos soava como mera plausibilidade, porém com não desejada desconfiança. Oxalá pudessem os ilustres ministros dos tribunais superiores receberem, da parte da população, o mesmo reverencial respeito devotado ao juiz Moro que, é bom relembrar, chegou a seu cargo mediatizado pelo concurso público. Se ainda há juízes nas várias Curitibas brasileiras, o mesmo não se pode dizer dos tribunais de Brasília. Aqui, ao contrário, prevalece uma pomposidade vazia nos interstícios de ampla teia de cumplicidades.

Os áulicos de todos os tipos - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário - deveriam sofrer um surto de grandeza e renunciar a seus cargos em prol da Pátria. No ambiente de cinismo geral, isso pode parecer ingênua utopia. E é, mas direciona o sentimento popular na busca de uma solução com a mesma tessitura.    


Governo teme a delação premiada de Delcídio (Noblat)


Governo fraco dá nisso: não pode brigar com ninguém. Muito menos com quem pode lhe fazer mal.
Essa é a situação do governo Dilma à medida que com sua incompetência crônica arrasta o país ladeira a baixo.
Não pode brigar com Eduardo Cunha por medo do impeachment. Nem com Renan Calheiros porque precisa aprovar as medidas de ajuste fiscal.
Por essa mesma razão, não pode brigar com a oposição – embora ela possa, e brigue, com o governo.
Não pode brigar com deputados aquinhoados com cargos e sinecuras e que nem por isso lhe dão seu voto. Acabará precisando deles um dia.
Não pode, sequer, brigar com Delcídio, hóspede há 48 horas da carceragem da Polícia Federal, em Brasília.
Não seria o caso de brigar com Delcídio. Mas de publicamente se desvincular do que ele fez, sim.
Foram tímidas, assustadas, as tentativas feitas nesse sentido pelo ministro da Justiça e pelo líder do PT no Senado.
Era com a presidente que Delcídio despachava. Na companhia dela apareceu muitas vezes. Representou o governo dela no Senado, mas não somente ali.
Ocorre que Dilma, aconselhada pelos que a cercam de perto, está morrendo de medo de que Delcídio acabe negociando com a Justiça a delação premiada. Lula compartilha o mesmo medo.
Temos por hábito dizer, sempre que algum graúdo é preso, que se ele “piar”, a República desaba. Há muito exagero nisso.
Não há nenhum exagero em dizer, porém, que a República desabaria se Delcídio piasse.
Imagine se um dia Delcídio contasse como ajudou Lula a garantir o silêncio de Marcos Valério, um dos operadores do mensalão.
Ou o que fez para ajudar Dilma a livrar-se da responsabilidade pela compra desastrosa da refinaria Pasadena, da Petrobras. Na época, Dilma era presidente do Conselho de Administração da empresa.
Delcídio foi ministro das Minas e Energia no governo Itamar Franco e diretor da Petrobras no governo Fernando Henrique Cardoso. Sabe tudo sobre o setor de energia.
Renan debita na conta de Delcídio a indicação de Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras. Cerveró acabou de negociar a delação premiada.

Este é um governo “balança, balança, mas não cai”. Até que um dia cai.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Só falta mandar matar (O Antagonista)


Reunião no palácio








"Só falta mandar matar".
Foi o comentário de Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo, depois de listar os crimes cometidos pela "gangue" de Delcídio Amaral e André Esteves:
"Há grande risco de outra gangue ou figura graúda e psicopática do mundo da Lava Jato estar em ação para enterrar crimes. Talvez literalmente. Dado o grau de sordidez a que já se desceu, falta apenas alguém mandar matar testemunha, policial, procurador ou juiz".
Ele está certo.
Agora que chegaram a Lula, os integrantes da Lava Jato correm risco de vida. Protejam-se.
PS: O Antagonista se esqueceu de citar o caso Celso Daniel, e outros experimentos do mesmo tipo, já postos em ação pela organização criminosa.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

BUMLAI: latifundiário e usineiro

A imprensa refere-se José Carlos Bumlai, amigão e parceiro de Lula, como aquele "pecuarista do Mato Grosso do Sul e empresário do setor sucroalcooleiro". Verdade que Lula mente muito, e ainda é dado a cultivar estranhas amizades. O ditador sanguinário Muamar Khadafi foi certa vez tachado por ele como "irmão, companheiro e líder".

Se o tal "pecuarista" amigo de fé fosse ligado a Fernando Henrique Cardoso, ninguém duvide, a identificação do personagem seria outra. Bumlai seria tratado como asqueroso latifundiário e usineiro. E ai dele. O MST já teria promovido a justa expropriação das suas terras (certamente oriundas de algum povo indígena explorado), para poder dividir entre os sem-terra e  poder plantar um feijãozinho, como gostam de dizer.

Stédile, no entanto, sabe que fazer isso é mexer num vespeiro. E então ficamos assim. O petismo vai inovando na história da humanidade patrocinando a mais implausível aliança de classes: latifundiários e camponeses que, unidos, jamais serão vencidos. Chayanov se revira no túmulo.

O que fazer se o Estado não consegue nem fiscalizar barragens? (Leandro Narloch)


Imagine que você comprou uma casa perto da barragem de uma mineradora. Para tornar a situação um pouco mais dramática, suponha que você investiu todo seu patrimônio na compra e na reforma da casa ao lado da barragem, onde vai morar com a família inteira.

Você procura se informar sobre a segurança da barragem e descobre que ela pediu a renovação da licença ao governo estadual, que está analisando o caso. Seria o bastante para dormir tranquilo?

Trezentas famílias de Mariana acharam que sim, e deu no que deu. Para a Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais, as barragens da Samarco estavam em situação regular. A licença venceu em 2013, mas a empresa havia pedido a renovação dentro do prazo. A Secretaria do Meio Ambiente tinha até julho de 2014 para dar um parecer, mas perdeu o prazo. E ficou por isso mesmo.

Pior ainda, a Secretaria havia sido avisada sobre o risco de colapso das barragens pelo Instituto Prístino, instituição particular que realizou o estudo a pedido do Ministério Público Estadual.  Mas a advertência se perdeu na burocracia. A Secretaria tem 130 mil processos (!) à espera de licenciamento.

O órgão federal que poderia ajudar na fiscalização (o Departamento Nacional de Produção Mineral, do Ministério de Minas e Energia) está ainda mais sucateado, como mostrou reportagem de VEJA.

Não é um problema do brasileiro, mas do serviço público em geral. O Canadá teve no ano passado uma tragédia muito parecida: o rompimento da barreira de dejetos da mineração de cobre e ouro em Mount Polley, na Colúmbia Britânica. Como em Minas Gerais, a barragem tinha sido vistoriada e licenciada pelo Estado.

A fiscalização irrestrita do governo leva as pessoas a acreditar que, se uma mina (ou um empreendimento em geral) está aberto e funcionando, é porque foi vistoriado pelo governo e portanto é seguro.

Essa ilusão da segurança garantida pelo Estado ocorre não só em barragens. A boate Kiss , onde morreram 242 pessoas, estava numa situação parecida à da barragem da Samarco. O alvará havia vencido, a boate tinha pedido a renovação, o Corpo de Bombeiros de Santa Maria demorou a emitir o documento. Dias depois da tragédia, dois bombeiros, tentando salvar a própria pele, inseriram documentos com novas exigências na pasta do processo de licenciamento da boate. Foram condenados por fraude.

Nos casos de leite adulterado com soda cáustica e água oxigenada denunciados desde 2008, todos os laticínios tinham o direito de estampar nas embalagens o selo de “inspecionado” pelo Ministério da Agricultura. Uma testemunha disse ao Fantástico que os fiscais faziam vista grossa para a adulteração, isso quando inspecionavam os laticínios.

Liberais moderados defendem que o Estado deixe de atuar como fornecedor de serviços e passe a atuar apenas como um agente fiscalizador. Há otimismo demais nessa proposta. Como tantos casos provam, o governo não é capaz sequer de fiscalizar barragens, boates ou laticínios.

Sabendo disso, o que fazer? É ingênuo contar com a benevolência e o empenho dos burocratas. Se tudo der certo, levará algumas décadas até termos instituições eficientes.

No caso das boates ou do leite, a solução é simples: certificações privadas (como a ISO 9001 ou o selo de orgânicos emitido pela IBD Certificações) concorrendo pela confiança dos consumidores. Em frente a cada boate poderia haver um selo atestando a segurança do local; em cada embalagem de leite, um atestado privado de sua qualidade. 

Já no caso das barragens, não é tão fácil. Inspeções independentes têm seu preço – nem todos os proprietários rurais ou povoados ao lado de mineradoras poderiam pagar. E, como contei acima, houve uma inspeção privada e independente na mina da Samarco, mas ela não teve força de lei para evitar a tragédia. A inspeção privada talvez não seja uma solução suficiente, mas não atrapalha. Em Mariana, alertas como o do Instituto Prístino ajudarão os prejudicados a provar que o rompimento das barragens não foi fruto do acaso, mas da negligência.

Lula e Bumlai: as aparências não enganam

O tamanho da papada é fatal. Os dois são irmãos. Pior: pelo menos um deles é corintiano. Um bate-papo entre eles é sinônimo de desastre para o erário.




















Para quem duvidar do poder da genética, só observar a papada do Lulinha.



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Oficina de siririca e chuca (Reinaldo Azevedo)


Os sintomas de deterioração das instituições, nesses dias de derrocada do petismo, estão em toda parte. Custei a acreditar no que lia em reportagem do G1, mas é tudo verdade. A Universidade Federal do Amapá — e isso quer dizer que muita criança fica barriguda, com verminose, para que os valentes estudem de graça, com o nosso dinheiro, com o dinheiro dos barrigudinhos — realiza em tal III Simpósio Sobre Gênero e Diversidade.

Só se pensa nisso hoje em dia. Ou melhor: existe a tríade sagrada no neoquerdismo, que poderia ser traduzida pela sigla CAD: cu, aborto e droga… É preciso ser um militante das três causas para ser um “progressista”. É claro que o povo não está nem aí para isso. É coisa dos donos das causas, dos militantes profissionais, dos superintendentes da opinião alheia.

Muito bem! A Unifap quer fazer o tal simpósio? Vá lá. O que surpreendeu um pouco foi a programação do dia 26, às 17h30: haverá uma, atenção!!!, “oficina de siririca e chuca”. Siririca, se não sabem, é a gíria para masturbação feminina. E “chuca” é a lavagem anal que antecede, para quem a faz, a relação sexual.

“Oficinas”, como é sabido, costumam ser encontros em que as pessoas praticam determinados procedimentos, não é? Não se trata de uma abordagem apenas teórica.

Tão logo a coisa começou a gerar reações espantadas, os organizadores se apressaram em dizer que a informação que circulava não traduzia todo o evento (ainda bem, né?) e que a “oficina” será uma roda de conversa…

Ah, entendi. Uma roda de conversa para troca de experiências? Haverá o momento confessional na linha “minha primeira siririca?” No caso da “chuca”, haverá expositores exibindo os últimos lançamentos para a execução eficiente do procedimento? Ainda que seja só uma conversa, pergunta-se: por que o Estado tem de arcar com isso?

Notem: eu até poderia fazer aqui algumas digressões sobre o estado emocional miserável em que se encontram pessoas que aceitam esse tipo de exposição da intimidade. Não! Não falo de repressão: falo do contrário. Trato da liberdade. Falo do “habeas corpus”. Alguém que aceita condescende com essa exposição exibicionista do corpo, ainda que falando apenas “em tese”, precisa urgentemente de ajuda. Tenho mais pena do que repulsa.

Atenção! Não há nada de restrição moralista, como poderiam supor alguns, na minha crítica. Uma “oficina” para abordar, sei lá, o sexo oral heterossexual seria igualmente estupefaciente. Não se trata de não reconhecer a diversidade, mas de chamar a atenção para o fato de que a diversidade não constitui, por si, uma moralidade, uma ética, uma qualidade, um valor.

Indago: um seminário com essas características está querendo investir na tolerância ou no espírito de gueto; na diversidade ou na particularidade; na convivência com os diferentes ou na afirmação de uma identidade que só pode ser exercida entre iguais e que, por óbvio, só tolera esses iguais?

Uma nota da organização tenta se explicar, afirmando, de maneira cretina, que a “universidade é um espaço que deve ser ocupado pelos debates que não podem circular livremente pelos espaços públicos”.

Trata-se de uma visão autoritária, aparelhista, antidemocrática e fascistoide de universidade. Numa democracia, o espaço público é justamente aquele que congrega as diferenças. Essa concepção de universidade é segregacionista. A propósito: a defesa da pedofilia não “pode circular” livremente no Brasil. Deveria ser permitida na universidade?

Prossegue a nota:
“O pré-evento está agora intitulado por ‘roda de conversa chuca e siririca: um diálogo sobre o corpo, interdições e descobertas’. E o mudamos para evitar a má interpretação que vem ocorrendo. A roda de conversa é sobre nosso corpo, nossos sentidos, nossa cultura, nossos desejos, nossos controles, nossos desvios, nossas repulsas, nossos medos, nossas vigilâncias.”

Então que se vá para o divã no analista. Sem contar, não é?, que juntar “siririca” com “chuca” no mesmo seminário corre o risco de só atrair os organizadores: afinal, quem quer debater siririca, suponho, não tem muita afinidade com a turma da “chuca”, e a turma da “chuca” não deve estar muito interessada na metafísica da siririca.


Os bárbaros chegaram há 13 anos ao topo. Agora estamos sendo apresentados à sua obra.

E o Lula lá gosta de peras? (Maria Helena Rubinato)


A melhor coisa da entrevista que o Lula deu ao Roberto D’Ávila para a Globo News foi como sempre é, nos programas desse jornalista, o próprio entrevistador. Bonito, elegante, educado, inteligente, sabe perguntar e sabe ouvir, o que é, evidentemente, vital para um entrevistador.
A comparação com o ex-presidente chega a ser cruel. Lula, por mais banhos de loja que leve, continua tosco, desajeitado, desarticulado e deselegante.
Interrompe as perguntas do entrevistador para melhor evitar responder com sinceridade àquilo que lhe é perguntado. Gabola, como já disse alguém, ele está convencido que o brasileiro é besta e que acredita em tudo que ele diz. Os palanques lhe fizeram esse mal: as plateias são convocadas e as palmas e aplausos obrigatórios. Desse modo, o ex-presidente se convenceu que sua palavra é sempre ouvida e respeitada.
E aí, sai dizendo tolices atrás de tolices. São frase e pensamentos que de tão repetidos todas as vezes que ele se vê diante de um microfone, já poderiam ser ditos em coro com os convocados para encher o espaço onde ele fala.
De sua mãe, conta com orgulho que ela nasceu analfabeta como, aliás, todas as nossas mães nasceram. Pena que dona Lindu não tenha aproveitado melhor a força do filho que, já em 1975, era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para fazer um curso de alfabetização de adultos e poder ter o prazer de ler sozinha as notícias diárias que os jornais estampavam sobre seu Lula. Ela faleceu em 1980.
Na entrevista que deu ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, em 5 de novembro, Lula fala aquilo que repete desde sempre: que duvida que haja alguém, seja lá quem for, que tenha se aproximado dele com um papo menos republicano, digamos assim.
Falando com Roberto D’Ávila em 18 de novembro, esquece que quinze dias antes deu entrevista ao SBT e menciona que há cinco anos não dá entrevistas para não atrapalhar o governo de sua eleita!  E torna a dizer que nunca ninguém se aproximou dele com uma oferta menos ortodoxa, nem uma pera lhe ofereceram!
Será que ele gosta de peras? Ou prefere um ’poire’? Ou é homem fiel a uma boa cerveja? Sei lá, nunca vi o Lula em pessoa. Não sei, com certeza, do que ele gosta, a não ser do Corinthians. Mas deduzo algumas coisas: que adora viajar em jatinhos, hotéis seis estrelas (do tipo que oferece menu de travesseiros), e casas de campo super confortáveis, com boas piscinas e campos de futebol.  Ah! e mesas para um bom carteado...

Peras? Que ideia!

Congresso dos Papudos

Viva Lombroso











Em Salvador os petistas fizeram um evento com sua dita juventude. Muita jamba e marafo à vontade. A reunião, ao que parece, foi preparatória para o grande evento que ocorrerá em Brasília, proximamente: O Congresso da Papuda, com a presença garantida dos guerreiros do povo brasileiro. Lombroso ficaria feliz.