sábado, 30 de agosto de 2014

Salvar Minas Gerais

Uma sombra negra vai se constituindo sobre os céus de Minas Gerais. Na contramão dos rumos que o Brasil vai tomando, os mineiros parecem flertar com o perigo, correndo o risco de tornar o estado o valhacouto de petistas desempregados de todo o país. Predadores profissionais, a voraz companheirada ameaça invadir as Alterosas, isto é, se vingar favoravelmente a candidatura Pimentel, em aliança com a turma de Newton Cardoso que, pela notoriedade, não carece de apresentação. 

O lulo-petismo está condenado a sobreviver nos cafundós dos judas. Segue, na mesma toada, o destino já cumprido por outras forças que foram hegemônicas, em algum momento da história política brasileira recente. Primeiro a ARENA, em seguida o PFL, trocados sucessivamente pelo PMDB e PSDB. A hora, agora, é do PT. Os grotões atrasados os esperam com a mesma naturalidade que um coveiro dedica aos hóspedes para quem prepara a última morada. Vai o petismo na marcha inexorável das regiões metropolitanas para as barrancas perdidas, lugares onde prosperam a caridade pública e o coronelismo tardio.

Em Minas Gerais, então, os petistas ensaiam estabelecer um polo de resistência ao mesmo destino que lhes está reservado na maioria dos demais estados do país. Já lançam olhares cúpidos para as poderosas empresas públicas mineiras - CEMIG, COPASA, CODEMIG, BDMG e outras - antecipando gulosamente a farra que poderão fazer (não no mesmo padrão da PETROBRÁS e dos fundos de pensão, é claro, pois há que se ter uma certa redução de expectativas, estas porém bastante razoáveis em vista da situação).

Que os mineiros não se iludam. O cocho é pequeno para o tamanho da manada; eles são uma legião de dezenas de milhares. O melhor cenário possível é a vitória da turma no Acre, em Roraima e no Amapá. Isso permitiria uma migração de parasitas, para os confins da pátria, como nunca se viu antes na história do Brasil. Que os tucanos possam prestar algum serviço, pelo menos a Minas Gerais, trabalhando duro para proteger os cofres públicos de tão grave ameaça.  

Minha vida é minha mensagem (Gandhi)

Trotando em direção à derrota que se avizinha, a bojuda dama que ainda preside o país (ou seria melhor dizer púcara dama?), resolveu destravar a língua para dar lições ao Brasil, como se ela as tivesse para dar a quem quer que fosse. Em encontro do PMDB paulista, na cidade de Jales, de maneira dissimulada e velhaca (como convém a uma pícara), dona Dilma tachou as propostas da adversária como “fundamentalistas, obscurantistas e retrógradas”. Marina bem poderia responder dizendo, como Gandhi: minha vida é minha mensagem! Mas isso seria conceder à repolhuda dama uma reverência que ela não merece.

Não que concepções e programas políticos não possam merecer tal ou qualquer outra adjetivação. A questão aqui é da ausência de legitimidade da autora dos reparos para fazê-los. Dona Dilma não tem autoridade moral para censurar ninguém. Rigorosamente, ninguém. Forjada num ambiente que pregou e praticou o mais rombudo terrorismo, quem a madame pensa que é, para questionar eventuais propostas consideradas por ela como “fundamentalistas, obscurantistas e retrógradas”? 

Pôs e dispôs, fez e desfez, conduziu o Brasil como se fora senhora de baraço e cutelo, sem nunca se dignar a prestar contas e a responder quaisquer das críticas que lhe foram dirigidas. A leviana condução da Petrobrás é o exemplo mais contundente da conduta deletéria, sob todos os aspectos, da arrogante madame. Fantasiada de gerentona houve-se da forma mais irresponsável possível que um dirigente pode se haver. 

Nunca é demais relembrar que a esquisita criatura, quando presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, assinou SEM LER, é bom que fique frisado, a justificativa e ordem de aquisição do monte de ferro velho conhecido como refinaria de Pasadena, por um preço centenas de milhões de dólares acima do seu valor real. Nenhum acionista de empresa séria, em qualquer lugar do mundo, aceitaria pacificamente tal situação. Aqui, no entanto, onde a Petrobrás é uma casa da mãe joana, pode-se furtar à vontade que nada irá acontecer com os responsáveis, ou irresponsáveis, melhor seria dizer. O povo é rico e não se incomoda de arcar com o infame prejuízo. 

Com a mesma leveza de alma, a pícara dona também se conduziu em outros setores do governo. A vasta e aberrante corrupção, que contaminou a tudo e a todos, é fruto da semente plantada no governo Lula e cultivada com esmero por sua sucessora. Não é casual que a cúpula dirigente do PT mofe na Papuda. E que outros companheiros de armas  se preparem para ocupar, em breve, o lugar que lhes está reservado. Merecidamente.       

O Brasil está em recessão, conforme o atestam os próprios números oficiais sobre o setor industrial, em particular, e a economia, em geral. Só há alguma melhora no setor agrícola, onde o governo, felizmente, não teve como botar a mão. A culpa pelos fracassos é sempre dos outros, talvez de Pedro Álvares Cabral. Os maiores culpados, no entanto, - dona Dilma e o ex-ministro da Indústria e Desenvolvimento, Fernando Pimentel, à frente - quedam-se em obsequioso silêncio, ou declamam platitudes como se nada tivessem a ver com o assunto. Ou, então, põem-se a atacar os adversários na esperança de, acuando os outros, ficarem desobrigados de dar as explicações que o povo brasileiro espera e merece.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Fantasma de Celso Daniel assombra companheiros (publicado no Estadão de 27/08/2014)

"Quem poderia imaginar que na quarta campanha presidencial posterior ao aparecimento do cadáver do prefeito de Santo André licenciado para coordenar o programa de governo da candidatura vitoriosa de Luiz Inácio da Silva, do PT, o fantasma de Celso Daniel deixaria o limbo para assombrar seus companheiros? E, pelo visto, o espírito vindo do além não se limitou a puxar o dedão do pé de uns e outros em sono solto, mas deixou-os a descoberto em pleno inverno. Para sorte deles, este inverno não tem sido tão gélido assim. Mas a alma é fria que só. E como é!

Sábado, em reportagem assinada por Andreza Matais, de Brasília, e Fausto Macedo, este jornal noticiou que a Polícia Federal (PF) apreendeu no escritório da contadora Meire Poza, que prestou serviços ao famigerado doleiro Alberto Youssef, contrato de empréstimo de R$ 6 milhões. O documento, assinado em outubro de 2004, reconhece dívida de tal valor, a ser paga em prestações em 2004 e 2005 pelas empresas Expresso Nova Santo André e Remar Agenciamento e Assessoria à credora, a 2S Participações Ltda. A primeira pertence a Ronan Maria Pinto, empresário do ABC e personagem do sequestro e morte de Celso Daniel, cujo cadáver foi encontrado no mato em Itapecerica da Serra em janeiro de 2002. A 2S pertencia ao publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato e evasão de divisas a pena de 37 anos, quatro meses e seis dias e multa de R$ 3,062 milhões.

O elo encontrado pelos federais entre o assassinato do principal assessor de Lula na campanha presidencial de 2002, o escândalo de corrupção do mensalão e as denúncias apuradas na Operação Lava Jato, protagonizadas pelo doleiro acusado de lavar R$ 10 bilhões de dinheiro sujo, estava numa pasta identificada como "Enivaldo" e "Confidencial". A PF supõe que este seja Enivaldo Quadrado, condenado no mensalão.

A investigação em que o juiz federal Sérgio Moro encontrou provas suficientes para mandar prender o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que substituiu Sérgio Gabrielli na presidência da empresa 24 vezes, apurou que a corretora Bônus Banval não era de Enivaldo Quadrado, mas, sim, de Alberto Youssef. Costa, que o ex-presidente Lula, conforme testemunhos citados no noticiário do escândalo, chamava de Paulinho e teria oferecido ajuda nas investigações em troca de alívio na pena (pelo visto, ele conta até com a eventual liberdade), tem sido motivo de aflição de gente poderosa na República, temendo que suas revelações cheguem a comprometer a realização das eleições gerais de outubro.

O que já se sabe sem sua ajuda é grave. E a entrada em cena do espectro de Celso Daniel - que não é Hamlet, mas já expôs parte considerável da podridão que reina nestes tristes trópicos -, se não alterar o calendário eleitoral, abalará significativamente a imagem de vários figurões que disputam o posto mais poderoso de nossa velha e combalida República.

Em depoimento ao Ministério Público (MP) em dezembro de 2012, também revelado pelo Estado, Valério, chamado pejorativamente de "carequinha" pelo delator Roberto Jefferson, seu colega no banco dos réus do mensalão, contou que dirigentes do PT lhe pediram R$ 6 milhões a serem destinados ao empresário Ronan Maria Pinto. Conforme o depoente, o dinheiro serviria para calar Ronan, que estaria chantageando Lula, o secretário da Presidência, Gilberto Carvalho, e o então chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu. Gilberto Carvalho, conforme se há de lembrar quem ainda não perdeu a memória, tinha sido secretário de Celso Daniel e foi acusado pelos irmãos deste de transportar malas com as propinas cobradas de empresários de ônibus em Santo André para Dirceu, à época presidente do PT.

De acordo com a reportagem do Estado no sábado, há 20 meses "o PT não se manifestou oficialmente, mas dirigentes declararam que ele não merecia crédito". Com a descoberta do documento, contudo, parte da versão de Valério - a que se refere à "dívida", embora não se possa afirmar o mesmo em relação ao motivo desta - deve ter passado a merecer crédito, se não do PT, ao menos da PF. Crédito similar, por exemplo, ao dado pelo partido no poder federal ao chamado "operador do mensalão" quando o mineirinho emergiu como o gênio do esquema de distribuição de dinheiro, que o relator do processo no STF, Joaquim Barbosa, desvendou de maneira lógica e implacável.

O documento assinado por Valério nos papéis da contadora do doleiro acaba com qualquer dúvida, se é que alguém isento e de boa-fé possa ter tido alguma, de que nada há a imputar de político ou fictício à condenação de Dirceu, Valério, José Genoino e outros petistas de escol a viverem parte de sua vida no presídio da Papuda, em Brasília. Isso bastaria para lhe garantir a condição de histórico no combate à corrupção. Mais valor terá se inspirar o MP estadual a exigir da Polícia Civil paulista uma investigação mais atenta e competente sobre a morte de Daniel.

Ao expor a conexão entre o assassinato do prefeito, a compra de apoio ao governo Lula e a roubalheira desavergonhada na Petrobrás, a dívida contraída por Ronan põe em xeque todos quantos, entre os quais ministros do Supremo, retiraram a "formação de quadrilha" da lista de crimes cometidos por vários réus do mensalão. Negar a prática continuada por mais de dez anos de um delito em bando formado pelos mesmos personagens conotaria cinismo e até cumplicidade.

A delação de Paulo Roberto merecerá um prêmio, sim, se ele for capaz de informar quem são os verdadeiros chefões nos três delitos. Acreditar que possam ser um menor da favela, um publicitário obscuro e um doleiro emergente seria como nomear Papai Noel ministro dos Transportes."


(José Nêumanne é jornalista, poeta e escritor)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A beata e a herege

A candidata oficial está em palpos de aranha. Marina Silva avança sobre os redutos de dona Dilma - os mais pobres - considerados seus eleitores cativos. Logo logo, não será surpresa se a ex-senadora aparecer nas pesquisas liderando a corrida presidencial.

Para fazer média com os evangélicos, a patusca madame presidente houve por bem declamar versículo bíblico em reunião de mulheres da igreja Assembleia de Deus, em São Paulo. Disse ela, não sem oculta impiedade: "feliz a nação cujo Deus é o Senhor". Se Marina Silva o tivesse dito, soaria natural, dada sua fiel devoção à Palavra. Provindo da outra, faz lembrar advertência do Divino Mestre aos fariseus, retomando a inspiração de Isaías: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" (Mt - 15:8).

Pouco adiantará a dona Dilma receber apoios de bispos endemoniados, herdeiros longínquos de Anás e Caifás. Tais mercadores da fé podem erigir quantos templos quiserem, e onde quiserem, que não haverá neles virtudes a comemorar. Enganam-se supor que a massa de fiéis os acompanhará em suas opiniões políticas e eleitorais. A comunicação de Marina com os fiéis e crentes faz-se por baixo, evocando símbolos compartilhados que tocam o coração das pessoas. Basta olhar o carão plastificado da atual presidente para perceber a desconexão entre suas palavras e sua postura corporal. Devido a isso, entre outras razões, as preferências do povo evangélico tem-se feito de maneira incisiva a favor de Marina, conforme se pode deduzir da última pesquisa do IBOPE tornada pública. Para cada voto evangélico dado a dona Dilma, Marina recebe dois. 

As condutas de dona Dilma são postiças não somente no campo da religiosidade. Ainda ontem, ela visitou um restaurante em Bangu, no Rio de Janeiro (com bandejão a R$1, local aonde ela nunca fora antes). Circulou desajeitadamente entre as mesas e a multidão de gente humilde que lá comparece todos os dias pra rangar. A presença da rotunda senhora foi como se um ET tivesse acabado de desembarcar em plena Praça 7, no centro da capital mineira. Pura marquetagem que não engana, nem enganou ninguém. 

Dona Dilma quer fingir que é humilde. Sentou-se, no tal restaurante popular carioca,  em lugar previamente marcado por um puxa saco, e beliscou a gororoba servida, sem saber se pegava o garfo com a mão esquerda ou a direita; deixando a maior parte da comida pra trás, tratou de se escafeder do meio daquela confusão pois, enfim, as imagens para a propaganda eleitoral ficaram prontas e isso é que importava. Dona Dilma, boa petista que é, parece gostar muito da pobreza, mas isso não é o mesmo que gostar dos pobres. Deve ter gastado litros de álcool, posteriormente, a desinfetar as mãos.   

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Os carrapatos

Os tucanos não são lá muito conhecidos por sua capacidade de embate. Ao primeiro grito põem o rabo entre as pernas e se afastam, ganindo, do centro do terreiro. Com eles as disputas seriam sempre ao estilo do Itamarati: punhos de renda, perfídia e lero-lero. Quando enfrentam adversários forjados nas artes do gangsterismo, ficam chocados e perdem o rumo de casa, todos lacrimejantes, com a falta de civilidade do outro. 

Ao contrário dos Habsburgos (que não esqueceram nem aprenderam nada), os tucanos só ficaram no deficit de aprendizagem. Para os petistas, ao contrário, luta política  é sinônimo de briga de rua, ambiente onde vale tudo, de chute na canela a dedada no olho, passando por, se necessários, atentados contra a vida até de aliados. Transplantando para os pleitos eleitorais os métodos vigentes no ambiente sindical, dona Dilma e seus sicários agem pautados pelo princípio: o único erro é perder. As três últimas eleições presidenciais ilustram bem as duas concepções em confronto. 

A frenética resistência dos petistas a eventuais derrotas tem uma explicação que vai além da natural vontade de permanecer no poder. Sua organização obedece a uma lógica totalitária, onde Partido, Governo e Estado perdem suas linhas divisórias. Orientados pela concepção leninista da profissionalização dos seus quadros políticos partidários, os petistas temem, mais que tudo, a perda de sua fonte de renda. Seu modo de vida se ancora na devota dedicação à "causa", tornando-os incapazes de tirar sua subsistência de outra forma honesta e reconhecida como tal. 

Partidos liberais, ou constitucionais, também fazem nomeações para cargos de governo quando são vitoriosos. Mas, havendo derrota eleitoral, as pessoas nomeadas retornam ao seu viver cotidiano e costumeiro, entregando os postos temporariamente ocupados. Os petistas, não. Similares a carrapatos, só vão longe quando grudados no lombo do boi, ou dentro das orelhas dos equinos. Expurgados ou fumigados de alguma maneira qualquer, desabam no chão e lá ficam - envelhecendo a fome - à espera de outro quadrúpede desavisado que por ali passe, e lhes sirva de alimento e montaria. 

A arraia miúda petista, no entanto, difere de maneira substancial dos altos companheiros, ou neo-comissários do povo. Se arrancados das suas boquinhas, gemem de fome, enquanto esperam o outro giro da roda da fortuna. Já os mandarins, escolados e sagazes, logo se enturmam com frações do empresariado e se tornam seus consultores. 

O mais notório deles - o mensaleiro José Dirceu - sob o disfarce honrado de consultor, não era mais que lobista de grandes grupos empresariais. Na mesma senda também caminhou o ex-ministro Palocci, ex-trotskista, bom companheiro e amigo do empresariado quatrocentão paulista. Já na periferia dos grandes negócios, os petistas precisam se contentar em roer um osso descarnado pelos cantos a rabear de fome. Foi o caso do ex-ministro Pimentel, notório pelas suas ditas consultorias, ou a empresas de fundo de quintal, ou a empreiteiros credores dos cofres públicos. Suas artes se estenderam, também, ao artifício de morder a pelegagem patronal, para dali extrair uns caraminguás (diz-se, à boca pequena, que orientou os empresários mineiros, através da Federação das Indústrias, sob como fazer para ficarem ricos - parece piada, e é - mediante módicas centenas de milhares de reais). Caiu na rede é peixe, seja grande ou pequeno: não se pode desprezar nada. 

O caso de fabriqueta de tubaína localizada em Pernambuco é digno de virar comédia. Incapaz de orientar adequadamente um produtor de água com xarope adocicado (se é que, de fato, prestou consultoria e, não, comprado nota fiscal para cobrir caixa dois), Pimentel quis, no entanto, se arvorar em czar da política industrial brasileira, cujos resultados deploráveis, confirmados por insuspeitos órgãos governamentais - como o IBGE - são reportados na grande imprensa dia após dia. O expert consultor de tubaína, evidentemente, quer dar um up grade em sua variada biografia. Pretende, agora, se eleger governador de Minas Gerais. Nisso, pelo menos, ele se assemelha a dona Dilma. Ela igualmente, gerenciando uma lojinha de produtos de R$0,99, conseguiu a façanha de quebrar o empreendimento. Mas se julgou competente para dirigir o Estado brasileiro (o exemplo da Petrobrás, sob sua tutela direta, é uma demonstração cabal do nível de leviandade e irresponsabilidade alcançado pela gerentona). Pimentel, o homem da tubaína fracassada, amigo dileto e parceiro leal de dona Dilma, aquela que assina documentos oficiais sem os ler, dinamitaram o parque industrial brasileiro nos últimos anos. E ainda têm a coragem, ambos, de se auto-denominarem bons de serviço. Só se for serviço sujo. Quem duvidar pesquise os fatos e acontecimentos de 2010, e a sórdida participação de Pimentel nas trapaças eleitorais, àquela época urdidas. Esse é o homem!        

    

domingo, 24 de agosto de 2014

Anões canibais

O tal marqueteiro oficial de dona Dilma profetizou, há algum tempo, que a disputa eleitoral deste ano já estaria no papo. A madame pairaria sobranceira no topo das preferências populares e, enquanto isso, os outros pretendentes se digladiariam como anões canibais à procura do segundo lugar, resultado que garantiria a um deles uma ida a hipotético segundo turno cujos resultados, claro, já estariam prefigurados: vitória da rainha, como ele mesmo a denomina. Tremendo puxa-saco, o virtual ministro da propaganda do governo petista. A piada do bobo da corte só teve graça no instante em que foi contada. A realidade que aí está, secundada pelas artes do imponderável, se encarregou de definir melhor o cenário da próxima eleição presidencial.

Marina Silva mantém a iniciativa política levando os outros dois candidatos - Aécio e Dilma - encostados nas cordas. Pelo andar da carruagem, dona Dilma vai sendo reduzida à sua verdadeira estatura. Provavelmente vai disputar com Aécio o direito de participar do round final. A persona política de dona Dilma, ela sim, de nanismo mais que reconhecido sob todos os aspectos, não a livrará da derrota. Para o PT seria melhor que ela ficasse fora do segundo turno. Poderiam negociar com Marina uma participação no seu futuro e eventual governo. Os petistas, afinal, entre votar em Aécio ou Marina, certamente prefeririam esta.
Se não cometer erros graves na condução da campanha, Marina pode encomendar a faixa presidencial.