sábado, 5 de dezembro de 2015

Quem quer trabalhar diz: Fora Dilma!


Há mais de 40 anos no mercado de shoppings, José Isaac Peres é o pai do Morumbi Shopping, do Barra Shopping e do BH Shopping, além de outras catedrais do consumo nas grandes metrópoles brasileiras.

Agora, Peres diz que a indefinição político-econômica está empurrando sua empresa, a Multiplan, para explorar negócios em outros países da América Latina.

Não que faltem projetos aqui. Assim que a economia permitir, a Multiplan tem prontos para lançar: um novo shopping em Jacarepaguá (na zona oeste do Rio), uma expansão do Village Mall na Barra da Tijuca (além de torres comerciais), e um imenso projeto residencial ao lado do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre. São bilhões de reais em lançamentos — tudo parado pela taxa de juros de 14% e a incerteza na política.

Peres se queixa, mas coloca as coisas em perspectiva. “A Multiplan tem 40 anos. Quantas crises eu passei em 40 anos? Eu não me lembro de ter inaugurado um só shopping sem falar em crise. Em todos que eu inaugurei, o meu discurso começava assim: ‘Apesaaar da criiiise….. Nós tamos aquiiii….’ (risos)”

Peres recebeu VEJA Mercados para uma conversa, na qual reclamou que nossos vizinhos estão arrumando a casa antes do Brasil, disse que a atual taxa de juros “existe para você não fazer nada” e que o País precisa abandonar o protecionismo e encorajar o ‘espírito animal’ dos empresários.

“Esses caras malucos como eu, com 75 anos e trabalhando feito um doido, são a galinha dos ovos de ouro. Eu podia estar lá no meu iate, dando umas voltas, tomando uma champagne…. e eu tou aqui trabalhando. Por quê? Porque o que move o empresário não é necessariamente só o dinheiro. É o desafio. O ser humano precisa do desafio.”

Abaixo, a versão integral da entrevista publicada na edição impressa de VEJA desta semana.

Como você está vendo esta crise?

Eu não passei no Brasil por uma crise tão séria, apesar de ser empresário há mais de 50 anos. O que inibe hoje o investimento? Não é o consumo. Não é o País. É a falta de confiança no Governo. As pessoas, para investir, precisam ver uma linha de condução do Governo, e esta linha não está definida. Existe um conflito entre o Congresso e o executivo, uma guerrilha fratricida que não ajuda o País, é um querendo destruir o outro. O cenário é o pior possível. Não obstante, existe uma parte da população que não está no Congresso nem no Governo: tá nas ruas, tá trabalhando, tá produzindo. É o sujeito que acredita, é aquele que sonha. Felizmente, não existe ainda um decreto impedindo o homem de sonhar.

Como é que perdemos a confiança?

Como o Brasil precisa do capital de fora, precisamos mostrar que somos sérios e que respeitamos contratos — coisas que o Governo não fez. Estão aí as distribuidoras elétricas [que sofrerarm perdas homéricas com uma mudança na regulação] e outras coisas que você sabe muito bem. A coisa mais importante que existe na vida de uma empresa é credibilidade e confiança. Este é um ativo invisível, mas que tem um valor gigantesco. Nós somos uma empresa que preserva muito a credibilidade e a confiança. Alguns grandes lojistas, quando a gente às vezes vai fazer um shopping, me dizem: “Poxa, Peres, eu já tou cheio de loja aqui nessa região… Por que você não faz o shopping em outro lugar?” Eu digo: “Bem… eu vou sentir muito que você não venha junto…” Aí — e esse é um grande varejista — ele diz: “Mas infelizmente, se você for, eu vou ter que ir..” Isso vale muito. Ou seja, quando a gente vai, o lojista sabe que a gente não vai deixar a peteca cair. Que não vai ser só o fundo de promoção que vai bancar a publicidade dele. Nós vamos meter a mão no nosso bolso e vamos pagar. Somos parceiros dos nossos lojistas.

Mas e os empresários, como estão lidando com esse ambiente?

John Maynard Keynes falava do ‘espírito animal’. Quando um leão percebe que naquela floresta não tem mais água, não tem outros animais, o que ele faz? Ele migra, ele vai buscar um outro lugar pra sobreviver. O empresário é a mesma coisa. Ele passa a pensar em investir em outros países, porque neste momento no Brasil não dá pra investir. É lamentável que, com tanta coisa pra fazer neste país, a gente tenha que começar a olhar para o exterior.

Você disse há um ano e meio, mais ou menos, que estava olhando coisas em Portugal e no Chile. Como é que isso evoluiu?

Naquela época nós olhávamos e dizíamos, ‘bom, mas ainda tem muita coisa no Brasil pra fazer’. Agora nós estamos olhando de novo, muito mais objetivamente. Temos know-how, competência, etc.. O que prejudica o empresário brasileiro é toda a infraestrutra pra se lançar no exterior: impostos muito altos, taxa de juros aqui (14% aqui, contra 5% em outros países), e uma burocracia tremenda.

Vocês já compraram algum terreno fora do Brasil para desenvolver shoppings?

Não. Talvez compremos uma empresa lá fora, talvez seja mais fácil começar assim. O capital da Multiplan hoje é 20 vezes maior do que quando eu investi no exterior [nos anos 80] e a empresa está muito mais estruturada e consolidada, temos captação fácil no exterior, somos grau de investimento, maior do que o Brasil… Então podemos chegar lá fora e dizer, ‘eu quero fazer aqui um empreendimento e preciso de crédito’, e logicamente temos garantias para dar no Brasil. Eu acho que a maneira correta para nós é comprar uma empresa menor, com um sócio local, que já esteja operando. Você tem que caçar um leão, nem que ele seja um filhote. Não existe negócio sem empresário. Não adianta comprar uma empresa lá fora mandar só executivos pra lá, porque os executvos são ótimos, mas eles não resolvem. Você chega lá e tem que tomar decisões, você precisa de gente local.

Então, apesar do câmbio hoje a quase R$4, faria sentido esse investimento lá fora porque você faria a estrutura de financiamento lá fora também, não é isso?

Certamente, você tem que trabalhar com a moeda local. Somos conservadores. A gente poderia dar como garantia os próprios ativos lá.

Em quanto tempo, você vai tomar a decisão sobre investir lá fora?

Esse ano não, porque o ano já acabou. Mas ano que vem, sim.

Faz sentido investir nos EUA?

Eles têm shopping demais nos EUA. A gente poderia eventualmente comprar um, mas o que adianta comprar um para competir com um cara que tem uma rede de 400? É a mesma coisa que você ser varejista e abrir uma lojinha para competir com outra loja que vende o mesmo produto mas que está em 400 pontos. Muito difícil, né? Agora, na América Latina, eu acho que há espaço. Estou olhando agora principalmente a Argentina, que me parece está tomando um novo curso. Se realmente o Governo mudar a política dele — porque o populismo deu no que deu — eu acho que a Argentina é um parceiro ótimo.

Mas o preço dos ativos lá já deve estar num ponto de inflexão, né?

Ah sim! Já começou a subir. As ações estão subindo, tá tudo subindo. A gente também não tem bola de cristal, né? O [Daniel] Scioli era o candidato certo que ia ganhar, mas agora parece que o povo argentino acordou de um pesadelo e está votando certo, está votando em quem é liberal, em quem prestigia a economia de mercado, em quem quer estar no eixo das grandes nações. [Nota da coluna: A entrevista foi feita antes da vitória de Mauricio Macri].  Não adianta a gente ficar aqui associado à Venezuela, à Bolívia, ao Equador, que isso não vai levar a gente a lugar nenhum.. Esses países não podem nos dar nada, não ganhamos nada com isso, não aprendemos nada com eles. Dizer que a gente vende lá meia dúzia de coisas é ridículo.

Me fala mais um pouco sobre os seus planos para investir fora.

Eu acho que você tem países na América Latina que vão performar bem, principalmente com esse acordo [de comércio] agora com os EUA em que o Chile entra, provavelmente o Peru vai entrar, a Colômbia também… É um novo acordo comercial que não tem tributações, não tem barreira alfandegária, não tem nada disso. O Brasil precisava aprender que o dia que ele acabar com o protecionismo, esse País vai dar um salto gigantesco, porque o crescimento depende de intercâmbio, e intercâmbio só existe quando os mercados são livres.

No Brasil, hoje, você acha que está na hora de segurar o investimento pela falta de visibilidade?

Eu não diria isso pelo seguinte: porque mesmo na crise a gente cresce. Você vai sair tonto dessa entrevista comigo [risos] porque a única regra que eu conheço em comércio e no mundo dos negócios é que comércio não tem regra. Então, é tudo oportunidade. Pode ter, sim, mesmo na crise, boas oportunidades no Brasil. A gente enxerga essas oportunidades, elas existem, nós estamos estudando. Temos um projeto [de shopping] pronto aqui para lançar em Jacarepaguá que eu tenho certeza que será um sucesso. Nós só não demos início ainda porque estamos olhando o cenário macroeconômico, ou seja, como vai ficar o câmbio, a taxa de juros.. Essa taxa de 14%, se você se financiar com ela, você quebra. Essa taxa existe para você não fazer nada. O Brasil vai ter que baixar essa taxa de juros logo porque nem o Governo brasileiro aguenta pagar uma taxa tão alta. Agora, enquanto estiverem reajustando a luz em 100%, não tem como segurar a inflação: o Banco Central não é mago. Os buracos que criaram neste País são tão grandes que a gente não sabe nem como vão fechar as contas da nação: se o buraco vai ser de 100, 150 ou de 200 [bilhões de reais].

Vários de seus concorrentes estão hoje nos jornais vendendo ativos…

Nós não estamos vendendo ativos.

Sim, mas você acha que vai haver um movimento de consolidação no setor de shoppings?

Não é um bom momento para vender ativos porque está tudo depreciado. Quem está apertado financeiramente tem que vender. Os bancos batem na nossa porta sempre, trazendo uma série de negócios e dizendo que nossa situação financeira é muito boa para comprar alguém. E eu digo a eles que nossa situação financeira não é tão boa: é razoável. Porque com 14% de juros, nenhuma empresa está em boa situação financeira, concorda?


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

TEMER - Presidente (Fora Dilma)

A mensagem se renova 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Impeachment e cenários possíveis (Cesar Maia)

CONSEQUÊNCIAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS DO PEDIDO DE IMPEACHMENT ACEITO PELO PRESIDENTE DA CÂMARA DE DEPUTADOS!
     
1. Um momento que o Brasil nunca viveu antes: os presidentes do poder executivo e do poder legislativo estão sob processos de impeachment. A fragilização dos dois poderes tira de ambos poder de decisão e autoridade.
    
2. O impeachment da presidente foi apresentado por dois juristas renomados. A assessoria técnica-jurídica da Presidência da Câmara de Deputados entendeu que o pedido de impeachment tem base legal.
    
3. A tramitação do processo de impeachment, antes da votação final autorizando, passa por uma grande comissão especial, abertura de prazos para a defesa da presidente, retorna à comissão especial que analisa e debate, até que opina e encaminha ao plenário, que obedecerá novos prazos de contraditório, até ser colocada em votação.
    
4. Esse processo nunca ocorrerá em prazo inferior a seis meses, devendo a conclusão ocorrer no entorno da metade de 2016. Durante todo esse processo prevalecerá a incerteza com os desdobramentos políticos, econômicos e sociais relativos.
    
5. O processo político será estressado em nível parlamentar e especialmente nas ruas. A mobilização nas ruas estimulada pelas redes por um lado e por associações e sindicatos por outro e, claro, por militantes partidários, naturalmente tenderá à radicalização.
    
6. Haverá um amplo desdobramento internacional dividindo ainda mais a América Latina e afundando a credibilidade presidencial e parlamentar brasileira.
    
7. Se as previsões para 2016 eram muito ruins, certamente haverá um deságio sobre elas, tornando-as mais graves. A imprevisibilidade e os riscos indicarão que o fundo do poço pode ter qualquer profundidade.
    
8. Não haverá como projetar cenários. O quadro geral será de um clima de salve-se quem puder.

Fulanizando (argh!) a oposição


Dona Dilma é impagável, em todos os sentidos possíveis. Em surpreendente contradição com os pressupostos analíticos dos que se consideram marxistas-leninistas (como é o caso da insigne dama), ela quer reduzir a luta política  do impeachment a um embate entre personalidades: ela e o deputado Eduardo Cunha. 

Ora, madame, não se faça de trouxa, nem a nós muito menos. Decisões intrinsecamente corretas podem ser tomadas pelo pior dos bandidos ou, como declarou o ex-ministro Miguel Reale, Cunha escreveu certo por linhas tortas. É a mesma coisa quando se quer desclassificar as denúncias, que jorram aos borbotões no conjunto das delações premiadas, dentro do processo da operação Lava Jato. É uma piada grotesca questionar a validade dos depoimentos incriminadores da quadrilha do PT, sob a alegação de serem os denunciantes criminosos confessos. 

Quem, então, tem legitimidade para denunciar os acontecimentos e fatos desenrolados no interior de quadrilhas? Por óbvio, somente os que a elas pertencem. Quando dom Tomazo Busceta - antigo chefão da Máfia - entregou seus antigos parceiros de crimes, ficou a pergunta: algum outro personagem teria os pressupostos para fazê-lo? Ou alguém esperava que o Santo Padre fosse a fonte das denúncias? Somente quem acessa a caverna de Ali-Babá tem condições de reportar o que nela acontece. O Papa, por suposto, não costuma frequentar tais lugares sórdidos. Não poderia, portanto, servir de testemunha para nada. 

Dona Dilma e sua quadrilha só poderiam ser mostrados em toda sua crua nudez por algum cúmplice, o que parece ser o caso dos últimos acontecimentos de Brasília, esta Sodoma rediviva. Nesse antro de perdição em que consiste a capital da república brasileira, o mais limpo tem sarna. Além do mais, não é o deputado Eduardo Cunha que quer o fim do governo petista, a ser obtido por meio do impeachment. É o povo brasileiro, na proporção de dois em cada três, que o quer. 

Se a frase de Ulisses Guimarães estiver correta ("o Congresso sempre faz aquilo que o povo quer"), a obtusa madame irá antecipadamente para o lixo da história, ao qual já está há muito condenada, juntamente com a escória ou, para pedir emprestada uma expressão famosa, do lumpenproletariat que a cerca e sustenta, ao custo de "salsichões e alho", que podem ser trocados na atualidade por mortadela e tubaína (é necessário reler O 18 brumário de Luiz Bonaparte). 

Dona Dilma é uma figura nefasta. Só não é pior que seu mentor e líder. Provavelmente tentará colocar seus mirmídones nas ruas, para intimidar e afrontar a população, tentando evitar aquilo que a vasta maioria dos brasileiros mais quer: impeachment já!  Ninguém suporta mais sequer vê-la falando abobrinhas na televisão. Esta a razão pela qual muitos preferem ficar na janela, bem sonhando que, em vez da velha frigideira, ali estaria o carão cínico da tia velha.   

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

RENÚNCIA: SAÍDA PARA O BRASIL (Publicado no jornal O TEMPO, em 1°/12/2015)




As enrascadas em que o PT se meteu levaram o presidente Fernando Henrique Cardoso a sugerir como saída (em prol do país e da governabilidade), a renúncia de dona Dilma a seu cargo. Seria dada à Nação a oportunidade de se recompor, política e administrativamente, agora sob nova direção no poder Executivo. Ficaríamos livres dos Bumlai, dos Lulas, dos escândalos em série e outras mazelas deploráveis. Ainda mais recentemente, Marco Aurélio Melo, ministro do Supremo Tribunal Federal, frente às trapalhadas de Renan Calheiros no Senado, e Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados, repetiu a mesma recomendação: que renunciassem para que o Congresso Nacional se reorganizasse de maneira a melhor responder aos anseios do país.

Na vasta lista dos que precisam ser afastados faltam, contudo, os nomes daqueles que se hospedam nos tribunais superiores. Ou eles são todos anjos? O papel extraordinariamente positivo do judiciário da primeira instância (basta ver o exemplo da operação Lava Jato), não pode camuflar as responsabilidades dos que se encontram na mais alta magistratura, em relação à grave crise que engolfa o Brasil. No julgamento da Ação Penal 470 - o tristemente célebre mensalão - o então ministro Joaquim Barbosa chegou ao ponto de acusar o atual presidente do STF, Ricardo Levandowski, de estar fazendo manobras e chicanas para beneficiar os mensaleiros. Pelo que foi mostrado ao vivo durante o julgamento, não foi sem razão o questionamento de Joaquim Barbosa. 

Casos notórios de "embargo auricular" são de conhecimento público, em especial no âmbito do TSE. Para muitos causa espécie a romaria pidona que indicados para os mais altos cargos do Judiciário tenham que fazer. Ficam, durante semanas, a mendigar o voto dos senadores que lhes garantirão a aprovação. De fonte assim tão espúria, aliás, pode resultar um magistrado isento, como seria de esperar? 

As desassombradas declarações do senador Delcídio Amaral sobre alguns juízes mostram como estes são vistos pelos que os patrocinaram. Ao que parece, o líder do governo Dilma apenas vocalizou concretamente a realidade da peita, o que a tantos soava como mera plausibilidade, porém com não desejada desconfiança. Oxalá pudessem os ilustres ministros dos tribunais superiores receberem, da parte da população, o mesmo reverencial respeito devotado ao juiz Moro que, é bom relembrar, chegou a seu cargo mediatizado pelo concurso público. Se ainda há juízes nas várias Curitibas brasileiras ("ainda há juízes em Berlim"), o mesmo não se pode dizer dos tribunais de Brasília. Aqui, ao contrário, prevalece uma pomposidade vazia nos interstícios de ampla teia de cumplicidades.


Os áulicos de todos os tipos - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário - deveriam sofrer um surto de grandeza e renunciar a seus cargos em prol da Pátria. No ambiente de cinismo geral, isso pode parecer ingênua utopia. E é, mas direciona o sentimento popular na busca de uma solução com a mesma tessitura. Não se pode é achar que um dos poderes da república esteja, solitariamente, imune às injunções que afetam os demais. 

Neurônio em parafuso (Augusto Nunes)


“No primeiro dia, nós falamos com a… a primeira coisa que nós fizemos foi falar, além de nos preparar no dia anterior, foi falar com a primeira-ministra da Noruega, que estava contribuindo para um fundo, para o nosso Fundo de Florestas, com 650 mil dólares, aliás, desculpa, milhões de dólares. Fiquei modesta. A Alemanha também tem uma contribuição, para o fundo, de 100 milhões de dólares ─ no caso da Alemanha é euros, não é? ─ de euros”.

Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, mostrando em Paris que o neurônio solitário ainda não sabe direito se a Alemanha usa euros ou dólares e continua tentando entender a diferença entre milhares e milhões.

Meu nome é Bumlai, não é Lili


Bumlai. Olhem para mim.
Eu me chamo Bumlai. 
Eu comi muito doce. 
Vocês gostam de doce? 
Eu gosto tanto de doce.

E não se esqueçam: amigo de Lula é a mãe.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O amor sincero é lindo


Amor é mais  forte que a morte

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A língua da Pátria Educadora: Cerveró é bom pra caralho!


O linguajar de estiva cultivado por Lula da Silva contaminou o Senado da  República. Deve ser a tal Pátria Educadora em processo. A Folha de São Paulo publicou parte da transcrição do educativo diálogo entre Delcídio Amaral e Bernardo Cerveró. Aqui não é ver, mas ler, para crer. 

"Na gravação que levou Delcídio do Amaral (PT-MS) à cadeia, o senador petista e Bernardo, filho de Nestor Cerveró, tecem elogios ao caráter do ex-diretor da Petrobras, condenado pelo juiz Sergio Moro a 12 anos e três meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


— Agora, bicho, com todo respeito, o teu pai é gente boa pra caralho, e os caras passando a perna nele… — diz o senador, lamentando que todos que cresceram por influência dele na Petrobras estão lhe “dando um nó”.
Bernardo, responsável por entregar o áudio comprometedor à Lava Jato, confirma:
— É um cara ético, né?"

Irmãos de fé: Lula e Delcídio Amaral


Lula e o companheiro idiota. "Uma loucura", como disse o primeiro gangster ao saber que o segundo foi engaiolado.


É bonita a amizade

Pasadena: a mentira e a piada (O Antagonista)


Em Paris, Dilma Rousseff repetiu que não indicou Nestor Cerveró para a diretoria da área internacional da Petrobras e que não estava inteiramente informada quando aprovou a compra da refinaria de Pasadena, o pior negócio da história do capitalismo mundial, pelo menos para a própria empresa, os seus acionistas e os contribuintes.
Disse Dilma, segundo o Estadão: "Ele (Cerveró) vem falando isso durante a CPI da Petrobras. Eu acredito que é uma forma de tentar confundir as coisas. Não só eu não sabia de tudo, como foi detectado - e isso todos os conselheiros que estavam comigo no Conselho da Petrobras podem atestar - que quando soubemos que ele não havia dado todos os elementos para nós, eu fui uma pessoa que insisti para ele sair". (OBS: para "punir" Cerveró dona Dilma nomeou-o, então, para a diretoria financeira da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás).
Quem melhor desmascarou Dilma Rousseff foi o humorista inglês John Oliver, quando começaram os panelaços. Vale a pena ver de novo:
Dilma e a corrupção na Petrobrás

domingo, 29 de novembro de 2015

Rainha do Pântano

Aposentos do hotel Bristol


Se Delcídio Amaral é o Rei do Pantanal, dona Dilma é com justiça a Rainha do Pântano. O mundo nebuloso onde ela vive não impede que tenha - às custas do povo brasileiro - acesso a tudo do bom e do melhor. O amor ao luxo, a ostentação e aos palácios por parte da madame é algo incompreensível, ainda mais num momento de tão grave crise como a vivida pelo Brasil. Enquanto muitos ficam catando moedinhas nos cantos dos armários, para ajudar a comprar alguma coisa no sacolão da esquina, a horrenda criatura sassarica como uma flaneur pelos amáveis boulevards parisienses. 


Maria Antonieta dizia aos famintos de sua época: "se vocês não têm pão, comam brioches!" Dona Dilma faz imitação barata da decapitada rainha francesa: "se vocês não têm grana, peçam uma bolsa-família". E tratem de ficar satisfeitos com a merreca, rosnou impaciente.   


E lá se foi hotel adentro a tia velha empoar a gaforinha.

Baile da ilha Fiscal: a breguice continua


O rei do Pantanal, a rainha e as princesas