sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Quem vota em Lula?


Divulga-se frequentemente, em especial após a publicação de rotineiras pesquisas de opinião sobre a intenção de voto dos entrevistados, que Lula da Silva seria o favorito caso a eleição presidencial ocorresse hoje.

Fala-se muito que o Nordeste brasileiro secundado pelos bolsões de pobreza no restante do país são redutos inexpugnáveis, inacessíveis enfim, para conservadores e liberais, fadados a serem derrotados pela massa de pobres e analfabetos esparramada pelo país afora. Uma espécie de linha Maginot ou, para ficar numa linguagem tropicalizada, de mandiocal onde somente o criminoso chefe da quadrilha lulopetista consegue cavoucar com sucesso. 

Não é incomum ouvir oposicionistas fazendo críticas ácidas aos eleitores nordestinos vistos como politicamente alienados, e serviçais, tangidos tão somente pelos estímulos pecuniários da bolsa família. Se isso fosse verdade, no entanto, como explicar a fragorosa derrota do PT e seus puxadinhos nas ultimas eleições municipais de 2016?

O voto dos pobres nordestinos não é organicamente petista. Já foi do MDB, do PFL, do PSDB e, até, da ARENA, nos tempos do maior programa social criado no Brasil, o FUNRURAL. O Nordeste é, de fato, governista; tão governista quanto as classes médias que votam, sustentam ideologicamente, justificam os crimes e fornecem quadros políticos para as gestões petistas dispersas pelo território nacional. As universidades públicas são exemplo acabado de tais procedimentos deletérios e reacionários. 

Se a intelectualidade europeia pós-segunda guerra mundial endossou o genocídio comunista conduzido por Stálin, os intelectuais brazucas postaram-se com as quatro patas no chão para serem docemente estuprados pelo psicopata de Garanhuns.  Menos mal se houve gente como Sartre, na França, quando saiu em defesa dos comunistas. Era uma posição política detestável, porém, compreensível. No Brasil, para nossa vergonha civilizatória, seus pensadores se expressam defendendo ladrões vulgares e desqualificados sob qualquer prisma ético ou moral. 

Sob qual promessa busca-se construir um novo projeto eleitoral lulopetista? Esses aventureiros, que se abrigam numa miríade de siglas vazias, quando não roubam na entrada, roubam na saída; e ainda deixam um bilhete avisando que voltarão para roubar o que não conseguiram levar desta vez.