sábado, 30 de abril de 2016

De volta para casa


Após anos circulando por Brasília, dona Dilma resolveu voltar para casa. Tirou a velha máscara, assentou-se na viatura e partiu às gargalhadas.

Vade retro!


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Serra e o ministério de Temer


Se é verdade que o mundo está globalizado, o ministro mais importante de qualquer governo passa a ser o das Relações Exteriores. Uma decorrência lógica, nada mais. Portanto, se o senador José Serra (pelas suas qualidades) assumir a Chancelaria brasileira, poderá ele levar o pais, finalmente, a entrar na modernidade. Muito da grave crise que o Brasil vivencia se deve à forma de sua inserção no jogo de poder mundial. É fundamental para o povo brasileiro se afastar dessas repúblicas bananeiras nefastas, e de regimes ditatoriais com os quais se amancebou, quer na Ásia, quer na África negra e quer na América Latina. Bolivarianismo nunca mais. 

Dilma e petistas cospem no Brasil

"Escarre a verdade", dizia o Raposão ao Alpedrinha, desconfiado que este também tinha "pestiscado" a inglesinha amante daquele. Está em A Relíquia, de Eça de Queirós, a deliciosa passagem.

Os petistas também gostam de escarrar. Mas seu escarro é a gosma nojenta que lhes flutua sempre na boca. Não é a verdade. Nunca foi. O deputado Jair Bolsonaro (contra quem o deputado Jean Wyllis disparou cusparadas),  se tivesse um pouco mais de discernimento mandava fazer exame, para ver se não pegou alguma doença grave ou incurável.

Vale a pena assistir discurso do senador Magno Malta a respeito.

Dilma cospe no Brasil

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Reitores


Segundo me foi relatado certa vez pelo professor Theotônio dos Santos, os reitores de universidades japonesas, caso estejam em qualquer cerimônia, inclusive naquelas com a presença do Imperador, assumem ritualmente a presidência dos trabalhos. Professores, aliás, são os únicos para quem o Imperador se levanta para cumprimentar, numa demonstração de respeito e reconhecimento pelo seu papel na sociedade.

No Brasil, claro, o buraco é mais embaixo. Ao contrário do que acontece no Japão, os reitores brasileiros adoram bajular dona Dilma, de quatro, assim como já o faziam com Lula, em manifestações de apoio ao regime lulo-petista. Saem dos encontros, após as devidas genuflexões, com o nariz marrom, efeito imediato da sabujice desavergonhada. Com a próxima mudança de governo, no entanto, é provável que alterem suas devoções. A eles se juntarão, sem muito esforço, professores que antes eram favoráveis a FHC, mudaram para Lula, seguido de Dilma, e agora se especula os rumos que irão seguir. Fácil descobrir, em vista do oportunismo militante.

Certa vez ouvi de um desses mandarins (estatístico famoso e especialista em avaliação educacional), quando lhe relatava um processo de perseguição política movido por dirigentes acadêmicos subordinados ao PC do B, uma incrível resposta: "Você, infelizmente, escolheu o lado dos que perderam".  O virtuoso mestre, defenestrado há pouco, do governo Dilma, certamente se prepara para voltar ao redil, agora sob o comando de Temer ou de um eventual novo prefeito. Alguns, por largo e proveitoso treinamento, sempre escolhem o lado dos que sempre ganham ou ganharam. 

domingo, 24 de abril de 2016

Palhaços aprovam corrupção


Palhaços e bobos da corte são herdeiros de milenar tradição. São livres para dizer as verdades que outros não podem enunciar, sob o risco de terem a cabeça degolada.

Os palhaços, portanto, assim como os demais humoristas, cumprem importante papel público. Talvez, mesmo, uma função contra-majoritária ao denunciar a falsa roupa do rei, que desfilava completamente nu buscando os aplausos da multidão. A palhaçada foi proclamada por uma criança, certamente um aprendiz de palhaço, que arrostou a opinião bajuladora da maioria e repôs as coisas no seu devido lugar. A magnífica vestimenta real era uma ilusão.

Fiéis a tão honorável costume, palhaços brasileiros resolveram questionar o Tiririca por ter votado a favor do impeachment de dona Dilma. Alguns supõem que Tiririca ficou com inveja das palhaçadas presidenciais, das quais a autodenominação flexionando o gênero é a mais inofensiva, porém, não menos ridícula manifestação. 

Pois bem. uma associação, ou sindicato, de palhaços expeliu uma nota de protesto contra o posicionamento do Tiririca. Sem qualquer preocupação com a roubalheira e o circo monumental erguido pelos petistas para facilitar as divertidas formas de gatunagem, os pândegos partiram pra cima do deputado, em notável palhaçada a favor, ela que é sempre do contra. Haveria, por exemplo, coisa mais engraçada que os casos de Lula: do seu apartamento que não é seu e do seu sítio que também não lhe pertence? Humor puro, eis a verdade. Boca Nervosa, o sambista apalhaçado descreveu bem a situação: "Não é nada meu, excelência eu não tenho nada, isso é tudo de um amigo meu".

Mas vale a pena ler parte da "nota oficial". Segue abaixo o tal protesto questionando Tiririca. Houve pequena revisão, de grátis, como diria o Mussum, para ajustar o texto ao espírito da época.

“Nós, palhaças e palhaços profissionais - brasileiras e brasileiros, estrangeiras e estrangeiros, terráqueas e extraterrestres - engajadas e engajados na defesa da democracia do Brasil, manifestamos nossa mais completa insatisfação e repúdio em relação à postura e ao voto de vossa excelência.”

Viva Carequinha!