sábado, 19 de março de 2016
Grelo duro ou grelo mole?
As mulheres do PT, ao que parece, não têm senso de pudor. Gentinha sem vergonha mesmo. Nenhuma reação quanto à forma que o escroto ex-presidente se utiliza para classificar a tigrada feminina. Lula dividiu as madames em dois tipos: as de grelo duro e as de grelo mole.
Fiquemos assim, então. Na hora de papar alguma é melhor ficar com as de grelo mole. Deixemos as de grelo duro para Lula e companhia. Nós com umas, desde que papáveis, eles com as outras, bem molhadinhas, porém, durinhas.
Hei, Lula, vai tomar no cu!
A propósito, falando em tomar no cu, não se deve esquecer outra das impagáveis manifestações de Lula: aquela em que ele afirma que Pelotas era um polo exportador de viados.
Eis o homem, eis o escroto, eis, em suma, o crapulinski abominável.
Razão maior tem a torcida do glorioso Clube Atlético Mineiro que, em coro espontâneo, mandou-o tomar no cu no dia do jogo contra o Colo-Colo. Postagem anterior mostra o vídeo com a sabedoria dos atleticanos.
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Comportamento rasteiro (Merval Pereira)
O Lula que as gravações
liberadas pela Operação Lava Jato revelam é um político autoritário, com uma
visão nada republicana do país, que exige lealdade e gratidão daqueles que
nomeou, e trata com desdém os adversários e as instituições públicas, e um homem
sexista, que faz piadas de profundo mau gosto e referências grosseiras a
militantes femininas de seu entorno.
O ex-presidente Lula revela ainda um tremendo desprezo pela democracia que diz respeitar, instruindo seus seguidores a agirem com violência contra adversários, para que estes sintam receio de se oporem aos petistas. Diz a seu irmão Vavá, por exemplo, que os “coxinhas” que chegarem perto de sua casa vão levar uma surra dos sindicalistas que estão de guarda.
Uma dessas conversas mais reveladoras do caráter de Lula é justamente com a presidente Dilma, onde diz que "temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado. Temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido, não sei quantos parlamentares ameaçados. Fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre."
Coube ao decano do STF, ministro Celso de Mello, dar uma resposta à altura, pois o presidente atual, Ricardo Lewandowski, não iria falar, embora tenha sido citado diversas vezes. Tanto que iniciou a sessão de ontem lendo a pauta e chamando o primeiro processo, como se nada estivesse acontecendo no país. Celso de Mello pediu a palavra e externou o sentimento majoritário da mais alta Corte de Justiça do país:
“Esse insulto ao Poder Judiciário, além de absolutamente inaceitável e passível da mais veemente repulsa por parte desta Corte Suprema, traduz, no presente contexto da profunda crise moral que envolve os altos escalões da República, reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes que não conseguem esconder, até mesmo em razão do primarismo de seu gesto leviano e irresponsável, o temor pela prevalência do império da lei e o receio pela atuação firme, justa, impessoal e isenta de Juízes livres e independentes, que tanto honram a Magistratura brasileira e que não hesitarão, observados os grandes princípios consagrados pelo regime democrático e respeitada a garantia constitucional do devido processo legal, em fazer recair sobre aqueles considerados culpados, em regular processo judicial, todo o peso e toda a autoridade das leis criminais de nosso País”.
Em outra conversa, Lula faz uma piada sexista sobre sua assessora Clara Ant, que provoca gargalhadas em Dilma: “entraram cinco homens na casa dela, ela pensou que fosse um presente de Deus, mas era a Polícia Federal”. Em outra conversa, com Jaques Wagner, os dois gozam os problemas que a senadora Marta Suplicy teve nas manifestações: "A Marta teve que se trancar na Fiesp. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca.", diz Lula, ao que Wagner responde: "É bom pra nega aprender."
Tanto quando falar com Wagner para que Dilma pressione a ministra Rosa Weber, quanto com o ex-ministro Vanucchi, Lula trata as mulheres de maneira no mínimo grosseira: “Se os homens não têm saco, vamos ver se uma mulher corajosa pode fazer o que os homens não fizeram". E, ao falar sobre a necessidade de mobilizar as mulheres do partido para assediar um juiz de Rondônia acusado de maltratar a mulher, Lula pergunta: “Cadê as mulheres de grelo duro do PT?”.
O ex-presidente Lula mostra bem seu “republicanismo” quando manda o ministro da Fazenda Nelson Barbosa ver o que a Receita Federal está fazendo no Instituto Lula. Cobra de Rodrigo Janot, o Procurador-Geral da República, gratidão por ter sido nomeado, e recebeu de troco o comentário de que ministério não blinda ninguém, e que não deve a Lula gratidão nenhuma.
Com o deputado petista Wadhi Dhamous, que já foi presidente nacional da OAB e está no Congresso graças a uma manobra de Lula, pois era suplente do PT, o ex-presidente mostra toda a sua visão “democrática”, quando fala sobre o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato: “Bicho, eles têm que ter medo. Eles têm que ter preocupação...”.
Enfim, para quem é tido como um grande articulador político, Lula queimou todas as pontes e revelou-se um desqualificado, com um padrão moral rasteiro.
O ex-presidente Lula revela ainda um tremendo desprezo pela democracia que diz respeitar, instruindo seus seguidores a agirem com violência contra adversários, para que estes sintam receio de se oporem aos petistas. Diz a seu irmão Vavá, por exemplo, que os “coxinhas” que chegarem perto de sua casa vão levar uma surra dos sindicalistas que estão de guarda.
Uma dessas conversas mais reveladoras do caráter de Lula é justamente com a presidente Dilma, onde diz que "temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado. Temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido, não sei quantos parlamentares ameaçados. Fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre."
Coube ao decano do STF, ministro Celso de Mello, dar uma resposta à altura, pois o presidente atual, Ricardo Lewandowski, não iria falar, embora tenha sido citado diversas vezes. Tanto que iniciou a sessão de ontem lendo a pauta e chamando o primeiro processo, como se nada estivesse acontecendo no país. Celso de Mello pediu a palavra e externou o sentimento majoritário da mais alta Corte de Justiça do país:
“Esse insulto ao Poder Judiciário, além de absolutamente inaceitável e passível da mais veemente repulsa por parte desta Corte Suprema, traduz, no presente contexto da profunda crise moral que envolve os altos escalões da República, reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes que não conseguem esconder, até mesmo em razão do primarismo de seu gesto leviano e irresponsável, o temor pela prevalência do império da lei e o receio pela atuação firme, justa, impessoal e isenta de Juízes livres e independentes, que tanto honram a Magistratura brasileira e que não hesitarão, observados os grandes princípios consagrados pelo regime democrático e respeitada a garantia constitucional do devido processo legal, em fazer recair sobre aqueles considerados culpados, em regular processo judicial, todo o peso e toda a autoridade das leis criminais de nosso País”.
Em outra conversa, Lula faz uma piada sexista sobre sua assessora Clara Ant, que provoca gargalhadas em Dilma: “entraram cinco homens na casa dela, ela pensou que fosse um presente de Deus, mas era a Polícia Federal”. Em outra conversa, com Jaques Wagner, os dois gozam os problemas que a senadora Marta Suplicy teve nas manifestações: "A Marta teve que se trancar na Fiesp. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca.", diz Lula, ao que Wagner responde: "É bom pra nega aprender."
Tanto quando falar com Wagner para que Dilma pressione a ministra Rosa Weber, quanto com o ex-ministro Vanucchi, Lula trata as mulheres de maneira no mínimo grosseira: “Se os homens não têm saco, vamos ver se uma mulher corajosa pode fazer o que os homens não fizeram". E, ao falar sobre a necessidade de mobilizar as mulheres do partido para assediar um juiz de Rondônia acusado de maltratar a mulher, Lula pergunta: “Cadê as mulheres de grelo duro do PT?”.
O ex-presidente Lula mostra bem seu “republicanismo” quando manda o ministro da Fazenda Nelson Barbosa ver o que a Receita Federal está fazendo no Instituto Lula. Cobra de Rodrigo Janot, o Procurador-Geral da República, gratidão por ter sido nomeado, e recebeu de troco o comentário de que ministério não blinda ninguém, e que não deve a Lula gratidão nenhuma.
Com o deputado petista Wadhi Dhamous, que já foi presidente nacional da OAB e está no Congresso graças a uma manobra de Lula, pois era suplente do PT, o ex-presidente mostra toda a sua visão “democrática”, quando fala sobre o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato: “Bicho, eles têm que ter medo. Eles têm que ter preocupação...”.
Enfim, para quem é tido como um grande articulador político, Lula queimou todas as pontes e revelou-se um desqualificado, com um padrão moral rasteiro.
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sexta-feira, 18 de março de 2016
Lula: onde estão as mulheres de grelo duro do Partido?
Que Lula é escroto, isso todo mundo já sabe. Nos tempos de sua presidência, ao chegar ao Palácio do Planalto, no meio da manhã, perguntava ao assessor especial Marco Aurélio Garcia: "e aí, Marco Aurélio, já tomou no cu hoje?" O indagado não esclarecia se já havia tomado, ou não. Mais provável que sim. As noites, afinal, costumam ser longas, e tépidas as madrugadas, boas para arroubos amorosos.
A escrotice de Lula com as mulheres (de qualquer cor) também é notória. Curioso que havendo ministério devotado aos direitos humanos a aos assuntos das mulheres, a ministra responsável pouco se lixe para tais fatos. Coisa de fâmulos, certamente, que só devem aplaudir e consentir com o patrão truculento, independentemente do que ele faça.
Ou, então, tudo se origina do arraigado costume machista, nascido na Casa Grande para regular as relações com a Senzala, impondo à ministra a conduta, ou o papel, tradicionalmente esperado de mucama: cabeça baixa e sorrisinho amarelo de quem sabe poder tomar um croque, ou beliscão de padre, se ousar outra atitude.
Pior, pode ser privada de conceber um filho do Sinhô, mecanismo perfeito de lavar a mácula negra da descendência, através de numerosas barrigadas de mulatos, embriões de sucessivas gerações de morenos cada vez mais claros.
O texto abaixo, do jornalista Reinaldo Azevedo, mostra à perfeição alguns dos traços que compõem a persona de Lula da Silva, o maior cafajeste que já dirigiu o Brasil em toda sua história. Indiretamente diz bastante, também, sobre a famulagem subserviente, dos que só andam de cabeça em pé para melhor exibirem entre si o próprio nariz marrom.
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A escrotice de Lula com as mulheres (de qualquer cor) também é notória. Curioso que havendo ministério devotado aos direitos humanos a aos assuntos das mulheres, a ministra responsável pouco se lixe para tais fatos. Coisa de fâmulos, certamente, que só devem aplaudir e consentir com o patrão truculento, independentemente do que ele faça.
Ou, então, tudo se origina do arraigado costume machista, nascido na Casa Grande para regular as relações com a Senzala, impondo à ministra a conduta, ou o papel, tradicionalmente esperado de mucama: cabeça baixa e sorrisinho amarelo de quem sabe poder tomar um croque, ou beliscão de padre, se ousar outra atitude.
Pior, pode ser privada de conceber um filho do Sinhô, mecanismo perfeito de lavar a mácula negra da descendência, através de numerosas barrigadas de mulatos, embriões de sucessivas gerações de morenos cada vez mais claros.
O texto abaixo, do jornalista Reinaldo Azevedo, mostra à perfeição alguns dos traços que compõem a persona de Lula da Silva, o maior cafajeste que já dirigiu o Brasil em toda sua história. Indiretamente diz bastante, também, sobre a famulagem subserviente, dos que só andam de cabeça em pé para melhor exibirem entre si o próprio nariz marrom.
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"Que Lula seja asqueroso no trato com
subordinados, incluindo Dilma Rousseff, fica evidente. A sua impaciência se
traduz até nos “alôs”. O único que fala com ele com alguma altivez é Vagner
Freitas, presidente da CUT. Coisa de sindicalistas. Todos os outros se
expressam pra dentro e o chamam de “chefe”.
E não há dúvida de que ele é mesmo chefe de uma organização.
A tradição da qual provem Lula não vê a mulher com bons olhos.
Numa entrevista à revista Playboy, em 1979, o ainda apenas sindicalista Lula
confessou que usava seu cargo na área previdenciária do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Bernardo para pegar as “viuvinhas” dos companheiros mortos.
Diz lá uma frase emblemática sobre o sexo feminino: “O problema de mulher é
você conseguir pegar na mão. Pegou na mão…”, tá fotografada!
Num de seus edificantes diálogos com Dilma, Lula reclama do
mandado de busca e apreensão na casa de Clara Ant, diretora do instituto que
leva seu nome, nestes termos:
LULA: Foram na casa do Paulo Okamotto (presidente do
Instituto Lula), e na casa da Clara Ant. A Clara tava dormindo sozinha, quando
entrou (sic) cinco homens lá dentro. Ela pensou que era um presente de Deus. E,
oh depcepção, era a Polícia Federal.
DILMA: Ela pensou que fosse um presente de Deus? (risos)
Esse é Lula! Ah, ele está só
brincando… Não que este pudesse, mas imagino o barulho que as feminázis não
estariam fazendo se fosse FHC. Essas pilantras obrigaram Fernanda Torres a se
ajoelhar no milho só porque ela ousou dizer que não via crime numa cantada.
Lula está brincando? Ele não
brincava quando pegava as viuvinhas, quando dizia que pegar na mão de uma
mulher dá ao homem o direito de levar o resto, quando confessou que conheceu
primeiro o sogro de Marisa e logo pensou: “Vou papar a nora desse velho”. Há mais.
Numa outra conversa com Paulo
Vannuchi, que foi secretário nacional de Direitos Humanos (!!!), Lula quer que
as mulheres do partido partam pra cima de um procurador de Rondônia. Trata-se
de Douglas Kirchner, que investiga se o ex-presidente praticou tráfico de
influência na sua relação com a Odebrecht. E então ele diz:
Lula: Nós vamos pegar esse de Rondônia agora e vamos botar a Fátima
Bezerra e a Maria do Rosário em cima dele.
Vannuchi: Isso mesmo.
Lula: Sabe, porque… até a Clara Ant (…) porque fica procurando o que
fazer. Faz um movimento da mulher contra esse filho da puta. Porque ele batia
na mulher, levava ela pro culto, deixava ela se fuder, dava chibatada nela.
Cadê as mulheres de grelo duro do nosso partido?
Ah, sim, claro! Como não observar que Lula, o machão que não foi
eleito por ninguém, deu um golpe e tomou a Presidência de Dilma, a primeira
mulher eleita para o cargo?".
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Lula na Casa Vil
Lula foi nomeado por Dilma para o lugar certo. A Casa Vil da presidência da república não poderia ser mais adequada. Ela é o ninho das serpentes. Talvez alguma maldição, ou caveira de burro lá enterrada. Basta conferir as trajetórias dos seus últimos antecessores, todos enrolados com alguma trapaça ou vilania: Jaques Wagner, Erenice Guerra, Gleisi Hoffman, Antônio Palocci e José Dirceu. Todos indignos participantes da mesma confraria.
Se o Brasil possuísse um sistema judiciário preventivo, bastaria à presidente anunciar o nome do novo chefe da Casa Vil e a polícia já poderia ir ao Palácio do Planalto intimá-lo para esclarecimento. Seria uma decisão de natureza axiomática: alguma coisa ele deve ter feito, só não se sabe ainda o que foi, mas é coisa grave. No caso de Lula, então, dados seus antecedentes e a respectiva capivara, o delegado já pode levar as algemas e o camburão. Em seguida, partir direto para a Papuda.
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quinta-feira, 17 de março de 2016
Galo forte vingador...
No mesmo dia em que derrotou o Colo-Colo por três a zero a torcida do Atlético Mineiro - o galão da massa - saudou Lula e Dilma. A voz da massa atleticana é a encarnação do aforismo: a voz do povo é a voz de Deus.
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quarta-feira, 16 de março de 2016
Foda-se a Constituição ou "O estilo é o homem" (Ruy Castro)
Os
presidentes não precisam ser eruditos. Mas, na República Velha, o Brasil teve
um: Washington Luiz, historiador, autor de livros e ensaios. Rodrigues Alves e
Afonso Pena também eram homens cultos. Já o marechal Hermes da Fonseca era
famoso pela burrice, e só. Com a Monarquia ainda na memória, todos os
presidentes daquela época buscavam uma postura que lembrasse a do imperador
recém-derrubado, ereta e digna.
Getúlio e
Dutra eram austeros; Juscelino, exuberante; e Jango, tímido. Mas não se conhece
uma frase deles que não pudesse ser lida por senhoras no café da manhã. E
Janio, sempre três uísques à frente da humanidade, nunca errou uma mesóclise.
Castello
Branco achava-se um intelectual, fazia citações em francês. Costa e Silva era
grosso, mas sóbrio. Médici tinha a profundidade de um manequim de vitrine.
Geisel amarrava a cara para não ter de falar. Figueiredo, sim, deixou frases
para a história ("Prefiro o cheiro de cavalo ao cheiro de povo"), mas
que só chocavam pelo conteúdo. E Sarney, Collor e FHC eram bons de verbo e
divergiam apenas na maneira de mentir –com sinceridade ou cinismo.
Lula, por
sua vez, transferiu a Presidência para o mictório do botequim. Em 2004, ao
ouvir de um assessor que a Constituição o proibia de expulsar um jornalista
estrangeiro, ejaculou, "Foda-se a Constituição!". O único a registrar
a frase foi o repórter Ricardo Noblat, em seu blog. Não era algo a sair em
letra de forma. Mas, hoje, como um ex-presidente em tempos mais liberais, Lula
pode exercer seu estilo.
Está "de saco cheio" quanto a perguntas sobre "a porra" do seu tríplex que não é dele. A história do pedalinho é uma "sacanagem homérica". "Ninguém nasce com 'Eu sou um filho-da-puta' carimbado na testa". E eles que "enfiem no cu tudo o processo". O estilo é o homem. Perdão, leitores.
Lula, o professor
O professor Lula entende muito de ditaduras. Para esclarecer eventuais curiosos, nada melhor que o vídeo abaixo.
Professor Lula da Silva
Lula dá golpe em Dilma (Noblat)
Se faltasse ainda uma prova, talvez a última, de que a presidente Dilma
e o PT são impermeáveis à vontade das ruas, e à vontade a da esmagadora maioria
dos brasileiros expressa em todas as pesquisas de opinião conhecidas até aqui,
agora não falta mais.
Popular com máscara de Lula zumbi |
Menos de 24 horas depois da maior manifestação popular da história do
Brasil que disse “não” à corrupção, “não” a Lula e “sim” ao impeachment de
Dilma, ministros do governo anteciparam que hoje ou amanhã haverá troca de
presidente da República.
Sairá Dilma, que só formalmente continuará no cargo. Entrará Lula para
escapar de uma eventual prisão, de um eventual julgamento comandado pelo juiz
Sérgio Moro, e para barrar o impeachment no Congresso. Dará certo? Eufórico, o
PT acha que dará.
Mais do que isso: os principais líderes do PT entendem que Lula
presidente na prática, embora com título de ministro, é a única saída que resta
para que o Congresso não casse o mandato de Dilma, e para que o PT possa sonhar
em se manter no poder.
Do jeito que vai – ou que ia até ontem -, os dias de Dilma no poder
pareciam contados. Nesta quinta-feira, com a decisão final do Supremo Tribunal
Federal sobre as regras do impeachment, o processo será destravado para começar
a correr na Câmara.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, imagina que em 90 dias a
sorte de Dilma estará selada. O PMDB uniu-se ao PSDB para fazer do vice Michel
Temer o sucessor de Dilma. Partidos que ainda dizem apoiar o governo estão
decididos a largá-lo.
A perder o lugar para Temer, Dilma foi convencida pelo PT a ceder o
lugar a Lula. Somente ele – e isso até seus adversários admitem – poderá
reescrever a crônica de uma queda anunciada. Impeachment bancado pelo PT não é
golpe. Para ele, é ato de legítima defesa.
É também de falta de vergonha, de escrúpulos, de respeito aos
brasileiros e, especialmente, à Justiça, mas não se faz política na maioria dos
lugares com vergonha, escrúpulos e respeito ao povo ou à Justiça. A não ser
quando o povo reage ou a Justiça reage.
A se consumar o impedimento de Dilma e a nova posse de Lula, a Justiça
será provocada por partidos da oposição a declarar se não estamos diante de uma
“ofensa ao princípio de moralidade”. Ou se o ato de nomeação de Lula não
significará uma “fraude processual”.
Porque seja uma coisa ou outra ou ainda uma terceira, é disto que se
trata a levar-se em conta o senso comum. Por senso comum, leia-se “o modo de
pensar da maioria das pessoas com base no conhecimento adquirido a partir de
experiências e vivências”.
Afinal, Lula é suspeito de ter contribuído para o assalto à Petrobras,
de ter enriquecido sendo pago por palestras que não fez, e de ocultar
patrimônio. Delações que estão por vir ou por se revelar deverão deixá-lo em
pior situação do que está.
A fuga que ele está a empreender na direção do Palácio do Planalto lhe
assegurará o privilégio de só poder ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Ali, Lula espera contar com a boa vontade da maioria dos ministros escolhida
por ele e Dilma.
Para dizer o mínimo, é uma desfaçatez. Para dizer o que é de fato, é uma
tentativa de obstruir a Justiça.
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terça-feira, 15 de março de 2016
segunda-feira, 14 de março de 2016
O Brasil renuncia a Dilma (Noblat)
Fora Dilma na Av. Paullista |
Uma vez lavado de certas impurezas de origem pelas manifestações que
marcaram o domingo, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff espera
a última palavra do Supremo Tribunal Federal (STF) para finalmente dar a
partida na Câmara dos Deputados.
Nesta quarta-feira, o STF poderá manter ou revisar as regras que
orientarão o rito do impeachment. Mas isso já não importa tanto.
É bem verdade que a presidente resiste a entregar os pontos. Na última
sexta-feira, a poucas horas de o país tomar conhecimento de mais um capítulo da
delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo,
Dilma improvisou uma entrevista coletiva para dizer que não tem cara de quem
renunciará ao cargo – e, muito menos, de quem está resignada com o fim aparentemente
próximo. Foi um desastre.
Sem a ajuda de marqueteiros (o seu está preso, suspeito de ter sido pago
no exterior por serviços prestados ao PT e à campanha à reeleição), Dilma mal
conseguiu disfarçar o nervosismo.
Estava mais magra do que deveria e mais envelhecida do que há poucas
semanas. Disse sandices como de hábito. Enrolou-se com as palavras e cometeu o
ato falho de afirmar que “não se renunciaria”. “Eu não me renuncio”, garantiu.
Assessores contiveram o riso.
Se não renuncia a si própria e ao cargo, há muito tempo que renunciou a
governar. O primeiro ano do seu segundo mandato foi de ausência de
governo, de inércia da administração pública carente de dinheiro, ideias e
iniciativas.
Enquanto isso o país andou para trás empurrado pela crise econômica mais
nefasta desde os anos 30 do século passado. Só não atingiu ainda o fundo do
poço porque ao poço, talvez, falte fundo.
A Dilma, além de tudo que sempre lhe faltou como talento e brilho, agora
falta apoio para fingir que governa.
Finge governar quando reúne ministros para debater assuntos urgentes,
viaja para entregar as unidades do programa Minha Casa Minha Vida, se lembra de
sobrevoar regiões em estado de calamidade, e transmite recados pelas redes
sociais na impossibilidade de fazê-lo pelo rádio e pela televisão. Teme os
incômodos panelaços.
Mas o país suportará que ela siga fingindo governar assim por mais quase
três anos? Ou, pior: que se meta de fato a governar sujeita a repetir os
trágicos erros do primeiro mandato? Por que seria diferente?
Sob a pressão do PT que cobra um temerário cavalo de pau na condução da
economia; do PMDB que começa a desembarcar do governo sem devolver os cargos
que ocupa; e das ruas impacientes, Dilma leva algum jeito de poder se
recuperar?
Mesmo se levasse jeito, o que não é o caso, sua imagem pessoal de
honradez começa a ser posta em xeque. A figura da faxineira ética durou menos
de um ano.
Está para ser escrita a história da falsa faxineira que se rendeu às
necessidades do PT de roubar e de deixar que roubassem na tentativa de se
eternizar no poder. Rendeu-se, não: compartilhou as necessidades. E
beneficiou-se dos resultados.
É recomendável que as almas sensíveis e os de estômago frágil se retirem
da sala quando trechos da delação gravada de Delcídio puderem ser ouvidos. São
chocantes.
Tanto quanto as conversas com auxiliares de Dilma gravadas por
empresários delatores.
A Lava-Jato não sequestrou o governo como dizem vozes do governo. Lula,
o PT e Dilma foram sequestrados pela própria ambição.
O Brasil, ontem, 13 de março, renunciou a Dilma. Cabe ao Congresso formalizar a
renúncia.
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