Os governistas de Belo Horizonte vêm se utilizando de antiga tática de difamação, muito praticada na campanha de 2004 para a prefeitura da capital mineira. Naquela época eram adversários o deputado tucano João Leite, e o então prefeito petista Fernando Pimentel, que disputava a reeleição (assumira o cargo com o afastamento do titular, de quem era vice). João Leite, famoso ex-goleiro do Atlético Mineiro, era conhecido pela urbanidade de trato, pela extrema religiosidade e pelos seus compromissos em defesa dos direitos humanos. Pimentel era o que é e sempre foi: um burocrata capaz, ou o "bom de serviço" capaz de tudo.
Pois bem, os petistas desenvolveram, com eficiência, a mais feroz campanha de destruição de imagem contra João Leite. Contaram para isso com a ajuda de jornalistas de aluguel e o emprego de sem número de mercenários. Explorando o sentimento popular quanto à insegurança pública, taxaram João Leite de candidato da criminalidade. A defesa histórica que o deputado fazia dos direitos humanos era distorcida de maneira vil. Desenvolveram um discurso sórdido de forma a identificar João Leite como um defensor dos bandidos.
A tática, que estão a repetir contra Aécio, consistia em colocar duplas de mercenários - em geral composta de gente com aparência humilde - para dialogar em altos brados dentro dos ônibus que servem às periferias de Belo Horizonte. O tema central daquele distante 2004 era o suposto comprometimento de João Leite com a bandidagem.
O assunto de hoje está centrado na figura de Aécio. Acusando o senador e ex-governador mineiro das maiores vilanias, buscam criar nas pessoas desinformadas um espírito de rejeição que favoreça dona Dilma. Numa disputa mano a mano, é fundamental ampliar a rejeição ao adversário.
Fingindo estar apenas batendo um papinho ocioso, as duplas contratadas destilam suas canalhices e, terminado o recado, descem do ônibus e pegam outro no próximo ponto. Passam o dia inteiro nesse projeto sistemático de difamação. Os demais passageiros, em geral pouco atentos à verdade, só retém o fel da malícia.
Se estão a fazer isso em Belo Horizonte, provavelmente estarão também em outras grandes cidades pelo Brasil afora.
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