terça-feira, 14 de outubro de 2014

Os que tomam a espada, morrerão à espada

Na narrativa bíblica há um momento em que Jesus é preso pelos sequazes de Caifás. Reagindo em defesa do Divino Mestre, Simão Pedro toma da espada e ataca Malcos (serviçal do templo), decepando-lhe a orelha. Giovani Papini relata o episódio em seu delicioso "As testemunhas da Paixão", livro ainda hoje constante do Index vaticano de obras proibidas por evidente heresia. Papini, com enorme graça, investiga o destino de personagens secundárias do drama bíblico, como Malcos, Simão Cirineu e o próprio Pilatos.

Voltando ao episódio da prisão do filho de Deus, Ele, imediatamente, repele o ato de Pedro, admoestando-o: 

 "Embainha a tua espada; pois todos os que tomam a  espada, morrerão à espada." (Mateus 26:52).

Esse notável episódio aflora novamente à memória, trazido pela queixa do ministro Gilberto Carvalho a respeito do sentimento de repulsa, cada vez mais intenso, que a população brasileira vem devotando ao PT e seus candidatos nas presentes eleições. O ministro reclama do visível ódio aos petralhas (sic), identificados pelo povo brasileiro com a ladroagem e a corrupção (o que é difícil de contestar, dados os fatos notórios). 

Ora, qual seria, então, o desejo do ministro? O que ele esperaria encontrar após anos e anos de práticas deletérias já amplamente demonstradas pelo petralhas (corroboradas a cada dia, sempre, com mais uma novidade escabrosa), tendo produzido, até, inafastável condenação da cúpula petista pela STF?

O PT sempre viveu pela espada. Sua concepção política de natureza totalitária nunca lhes permitiu avaliar, com equilíbrio e respeito pelos adversários, as eventuais disputas democráticas numa ordem constitucional pautada pela divisão dos poderes e pelo respeito aos direitos humanos. Sua semeadura sempre esteve impregnada de ódio. Quem os conhece desde o princípio (ou não o podendo fazer diretamente por questão de idade, conhecê-los pelo estudo), encontrarão toneladas de provas a demonstrar o caráter odiento de suas pregações. Rancorosos e invejosos, contaminam qualquer debate político civilizado que se queira travar.

Quem viveu pela espada, morrerá pela espada, eis uma verdade milenar. Os petistas só estão a colher o resultado daquilo que plantaram a vida toda. Pelo menos uma lição positiva eles irão deixar, confirmando a proposição de Strindberg: para amar o bem é necessário que se odeie o mal. O Partido dos Trabalhadores, assim como o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, representam, ambos, o mal. Seus adversários encontrarão no espelho, e com sinal invertido, o modelo que deverá ser seguido para, futuramente, dirigir a nação brasileira sem os malefícios agora observados.   

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