sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"DA MESMA LAIA"...

“Os outros presidentes são todos da mesma laia!” O autor da frase é ele mesmo. Sim, é ele, o atual presidente Lula da Silva, que assim se referiu aos seus antecessores em evento recente na capital mineira. Nem é preciso ir a um dicionário para saber que laia é uma palavra depreciativa sobre alguma característica comum a um grupo de pessoas. Mais que um arroubo eventual em linguagem de sarjeta, no entanto, a assertiva presidencial mostra ao grande público a forma habitual de pensar de um homem carente de qualquer estofo espiritual. Carência, aliás, não só dele como, também, daqueles que o cercam e o seguem caninamente. Não é de se estranhar, então, que a vulgaridade esteja mais presente em sua língua que a própria saliva. A coleção de desatinos daria para fazer um dicionário político-pornográfico.

Do ponto de vista político, a forma lulesca de conceber o mundo (dividido, segundo seus acólitos, entre “nós” e “eles”), mostra a incrível persistência de uma concepção de origem stalinista, mesmo após aquela sangrenta ditadura ter-se dissolvido no tempo. Pois não é que Lula, Zé Dirceu e Dilma (para ficar apenas nos nomes mais notórios), desenterraram do museu das perversões históricas a teoria de Jdanov? Este tal de Jdanov (ex-ministro da cultura do regime soviético), dizia que o ambiente político se dividia em dois campos: os que estão conosco e os outros que, certamente, não estando conosco estão contra nós. Assim, quem estiver “conosco” pode ser o maior patife, o maior gângster ou o maior canalha que, apesar disto, será acolhido no ninho (deixam de ser piratas para virarem corsários do rei). Estão aí os nomes emblemáticos de Sarney, Maluf, Calheiros, Jader Barbalho e toda a quadrilha do mensalão.

Esta gente primitiva reduz o mundo, portanto, a duas possibilidades antagônicas: se não é preto, é branco; se não é amigo, é inimigo; se não é crente, é descrente. A rigidez mental os leva a praticar, ao longo da vida, os maiores desatinos, inclusive tortura e assassinato em massa. Não possuem qualquer limite. Estão aí para demonstrá-lo os exemplos do dia-a-dia. A própria corrupção do governo Lula, com sua frondosa cleptocracia, é uma herança ideológica do stalinismo, conforme se observa na estrutura similar da Rússia atual, ainda marcada pelos hábitos de Stálin. Não é algo fortuito: é parte de um sistema, de um modo bárbaro de ver e de viver. Nada diferente do Hitler e similares que povoaram a história humana. Quem duvidar se ponha a ler, isto é, se não vomitar antes, as manifestações de Zé Dirceu, Dilma e outros asseclas conhecidos que os seguem e defendem. O propósito deliberado destes liberticidas é implantar nos trópicos uma imitação barata e tardia dos regimes totalitários de outrora. O culto à personalidade, ao estilo stalinista, é apenas a parte visível do processo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Educação do campo" ou os fundamentos de algumas insanidades do MST

Para aqueles que duvidam da loucura geral imperante em certos ambientes acadêmicos brasileiros segue abaixo texto (proveniente de Teresinha de Fátima Perin), sobre "Educação e desenvolvimento: a contribuição do MST na construção do conceito de educação do campo". Os leitores não se espantem, contudo: há coisas piores que isto!

"A história do campo no Brasil é marcada até hoje pela invasão e divisão de seu território desde o período colonial. A questão agrária tem gerado confronto por interesses e por concepções distintas de como viver e se organizar em sociedade. O MST materializa esse confronto por projetos antagônicos, representando as mulheres e homens que são vítimas do modelo econômico hegemônico. Organizou, se valendo da construção dos vários movimentos que o antecederam, um projeto para construção de uma sociedade que tenha como lógica o homem. Esse projeto, como todo projeto de sociedade, precisa da educação para dar suporte na construção de valores que sejam coerentes com a visão da sociedade proposta. A Educação do Campo foi construída no decorrer dos anos pelos movimentos do campo em suas práticas de luta. Essa educação, sua ideologia e ação, se fortalecem com a organização do MST, ganhando radicalidade para fazer uma leitura da realidade em sua totalidade, identificando os discursos que podem distorcê-la, como o de crescimento, desenvolvimento sustentável, economia solidária. A Educação do Campo elaborada pelo MST traz, inserido em seu currículo, um projeto de desenvolvimento para avançar na construção de uma sociedade para além do capital. Com a constituição dos Fóruns Estaduais de Educação do Campo, muitos movimento e outras organizações que trabalham com educação no campo vieram compô-lo. Essa ampliação fortaleceu a luta e trouxe, também, os discursos de humanização do capitalismo, influenciando nas diretrizes de ação e de organização da Educação do Campo. Esta pesquisa é uma contribuição para a compreensão, a partir da Educação do Campo realizada pelo MST, de que a Educação do Campo é, antes de tudo, uma ação para superação do modelo capitalista que tem como lógica o lucro, produzindo riqueza para poucos e miséria para muitos."