sábado, 27 de fevereiro de 2016

Peripécias do óbvio (Fernando Gabeira)


O governo assaltou e arruinou a Petrobrás. A tese mais elementar era esta: parte do dinheiro roubado foi desviada para as campanhas de Lula, Dilma e tutti quanti.

No Brasil, o elementar nem sempre se impõe. Almas generosas dizem: não há provas de que os milhões roubados da Petrobrás foram usados em campanha. Todo o dinheiro foi registrado no TRE: contribuições legais. As empresas que doaram são as mesmas do escândalo. O dinheiro da propina foi simplesmente lavado. As almas delicadas não acreditam que tenha havido dinheiro sujo na campanha e não fazem a mínima ideia de para onde voaram milhões de dólares. E consideram que está tudo bem com a lavagem de dinheiro, embora isso seja um crime punido por lei.

Agora a casa caiu. A prisão do marqueteiro João Santana mostra que ele recebeu dinheiro do escândalo do petróleo como pagamento pela sórdida campanha de 2014.

Fechou-se o quadro. Ele já estava desenhado no celular de Marcelo Odebrecht. Numa das anotações falava que as contas na Suíça poderiam atingir a campanha dela. Quem é ela? Se afirmar que é Dilma, as almas generosas vão dizer: há milhões de outras mulheres no Brasil.

Delcídio Amaral já havia advertido Dilma de que a prisão de Marcelo Odebrecht atingiria sua campanha, porque a empresa pagou a João Santana no exterior. Mercadante teria dito: a Odebrecht é problema do Lula. Solidariedade zero entre eles.

Agora, vão dizer que o dinheiro de Santana foi ganho em campanhas no exterior. Ele fez algumas, no universo da esquerda latino-americana. Todas pagas regiamente. Acontece que ele enviou o dinheiro do Brasil. Por que as campanhas lhe pagariam aqui? Acontece que recebeu durante a campanha de Dilma. Por que as campanhas de fora pagariam fora do tempo?

E como se não bastasse: que outras campanhas levaram dinheiro de propina de Keppel Fels, que tem um estaleiro no Brasil, opera com a Petrobrás, e seu lobista Swi Skornicki, destinatário de um bilhete da mulher de João Santana, Mônica, orientando-o a depositar os dólares no exterior?

As descobertas da Lava Jato apenas demonstram com provas uma tese cristalina: roubaram para permanecer no poder e acumular fortunas. Mas, sobretudo, para prosseguir no governo, entupindo as campanhas de dinheiro sujo.

Tecnicamente, a Lava Jato seguiu o caminho real: o dinheiro. É em torno da grana que eles giram como mariposas.

Além da cooperação suíça, as autoridades norte-americanas foram rápidas em enviar seus dados. Os suíços mantiveram sua disposição de colaborar.

Enfim, o cerco se fechou, uma parte considerável do mundo se alia ao povo brasileiro no esforço não só de punir os responsáveis, mas também de recuperar o dinheiro roubado.

E o governo, os políticos, os brasileiros, em tudo isso? O que era apenas uma tese que já balançava Dilma se tornou um fato comprovado com documentos. Aliás, mais documentos do que em outros casos da Lava Jato.

Se fosse uma partida de xadrez, diria que o governo levou um xeque-mate. Antes apenas se falava que a campanha de Dilma foi feita com dinheiro roubado. Agora todos sabem.

Mas o PT não é um jogador de xadrez comum , e não só porque atropela regras. Ele se distancia da própria realidade. Xadrez? Não estou vendo o tabuleiro. Antena no sítio de Atibaia? Lula não usa celular. Prisão do marqueteiro? O PT não tem marqueteiro, é apenas um senhor que nos ajuda.

De qualquer forma, será difícil acordar todas as manhãs, num país mergulhado em crise econômica, e pensarmos que ele está nas mãos de um grupo que roubou para vencer.

E não será apenas uma certeza política. Estarão lá, diante de nós, as contas no exterior, os dólares enviados, as transferências, conversões – enfim, toda a trajetória do fio condutor a que eles estão ligados: a grana.

De qualquer forma, o episódio é um momento de otimismo, na medida em que precipita a queda de Dilma. Como as crises estão entrelaçadas, uma solução política poderia dar algum alento à economia e se um projeto de transição sério fosse levado até 2018.

O PSDB voltou do recesso dizendo que votaria os projetos de interesse do País ao lado do governo. Isso me parece correto, pois sempre fui contra as pautas-bomba que explodem no bolso dos contribuintes. No entanto, não se deve acreditar ser esse o grande problema da oposição. Seu problema é não focar na saída da crise: o impeachment. E não trabalhar com uma ideia mais clara da transição.

Olhando para o futuro próximo, não faz sentido dizer que vota a reforma da Previdência só se o PT votar também. É um tema inescapável na transição.

Orientar-se pela posição do PT é, de uma certa forma, antecipar uma disputa em 2018. Não sabemos direito como será 2018 nem se haverá PT. O problema é achar um rumo para a transição e fazê-la acontecer com a queda de Dilma.

Os acontecimento da semana mostram que o jogo de empurrar com a barriga é apenas um esforço para levar Dilma até 2018, tudo bonitinho, faixa passada. A realidade, por meio de uma investigação competente, com apoio internacional, mostrou mais uma vez que é preciso pegar o touro à unha.

Os que esperam 2018 deveriam considerar apenas como ele será muito pior se nada for feito. Com que cara o Brasil chegará lá, dirigido por um governo corrupto, incompetente, politicamente nulo?
Quem sabe faz a hora ou espera acontecer? Ao contrário da canção, às vezes, acho melhor esperar acontecer. Mas, no caso específico, há um sentido de urgência.

Continuar com esse governo vai desintegrar o País. Uma terrível animação de Hong Kong já mostra a Baía de Guanabara poluída, atletas vomitando, a estátua do Cristo Redentor fazendo toneladas de cocô. É uma peça de humor. Mas se parece muito com o pesadelo que vivemos no Brasil.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Japonês estraga prazeres




MST deveria invadir latifúndio de Lula em Atibaia

O conceito de latifúndio é relativo; depende da localização e das circunstâncias. A fazenda de Lula em Atibaia, por exemplo, pelos padrões da região, é uma gigantesca propriedade improdutiva, cuja área é equivalente a dezenas de campos de futebol. O que se faz ali no dias que correm? Nada de útil socialmente. O dono fica a, chapadão, andar de pedalinho em forma de cisne em lagoa local, enquanto milhares de famílias não têm onde morar e nem plantar um feijãozinho para o de comer. 

Quantas dessas famílias poderiam estar bem instaladas a produzir morangos, que é uma das tradições da região? O morango é um típico produto de pequenas áreas de terras. O MST tem a obrigação de invadir o latifúndio lulista em Atibaia. Ah, sim, e ainda aproveitar para beber, grátis, algumas garrafas dos excelentes vinhos de sua adega. Fazer o mesmo que fizeram na fazenda de FHC em Buritis-MG, no início de 2002. Um viva aos camponeses e aos proletários de Atibaia. Camaradas, a luta continua!


MST ocupa mansão de FHC em Buritis

MST acampado na fazenda de FHC em Buritis

MST socializando os vinhos de FHC em Buritis

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Lula perdeu mais uma chance de se explicar. E o PT também (Noblat)


Dez minutos, ainda mais em cadeia nacional de rádio e de televisão, teria sido tempo mais do que suficiente para Lula pedir desculpas por seus erros e apartar-se das suspeitas que o cercam.
Uma vez que o pedido soasse sincero (e ninguém melhor do que Lula para mentir como se dissesse a verdade), o distinto público até teria sido capaz de perdoá-lo. Quando nada a rejeição a ele diminuiria.
Temos um povo sensível a pedidos de desculpas; um povo religioso que valoriza o perdão; e um povo também meio bobo, convenhamos.
Em seguida, ele poderia ter explicado por que nomeou para a Petrobras os principais diretores que a assaltaram, detendo-se por fim sobre os casos do tríplex no Guarujá e do sítio de Atibaia.
Lula está sendo acusado de quê? De ocultação de patrimônio? De promiscuidade com as empreiteiras que ganharam muito dinheiro durante seus governos e reformaram de graça para ele o tríplex e o sítio?
Sem que ninguém pudesse lhe fazer perguntas incômodas nem contestá-lo de imediato, Lula ofereceria suas versões para tais episódios. Porque ele já deve tê-las.
Por que não pediu desculpas nem se explicou? Só por que lhe faltou humildade? De fato, ele só é humilde para pedir votos. Certa vez, em Belém do Pará, beijou a mão do senador Jáder Barbalho à caça de votos.
Lula não pediu desculpas porque o personagem que ele encena não combina com um pedido de desculpas. Não deu explicações porque receia ser contrariado por fatos apurados ou a serem apurados pela Lava-Jato.
Sua admissão de erros limitou-se a uma pequena frase que cito de memória: “É verdade que erramos, mas acertamos muito mais”. E pronto. A humildade fingida cedeu a vez ao discurso mistificador de sempre.
Chegou ao ponto de culpar a "gente que não gosta de dividir a poltrona do avião" pela falta de credibilidade do governo para tirar a economia da crise mais grave de sua história.
Não lhe criará problemas culpar pela incompetência do governo a “gente que não gosta de dividir a poltrona de avião”. Lula só voa em jatinhos alugados e pagos pelos outros. Não divide poltrona.
Antes de aparecer no programa, Lula havia sido apresentado pelo discurso de um locutor que resume o estado de perplexidade em que vive o PT, sem argumentos críveis para defender seu chefe.
Disse o locutor: "Os que hoje tentam manchar sua história, Lula, são os mesmos de ontem. Os preconceituosos que nunca aceitaram suas ideias e suas origens. Mas não vão conseguir. As ofensas, as acusações, a privacidade invadida. Tudo isso passa, Lula".
Tudo passa, de fato. Até mesmo Lula.
Por pouco não foi lembrada a infância miserável de Lula, sua saída do Nordeste para o Sul na boleia de um caminhão, e a morte de sua primeira mulher em um hospital público.
À falta do marqueteiro João Santana para dizer ao PT e a Lula o que eles deveriam dizer, o partido produziu um dos piores programas dos seus 36 anos de existência. Com direito, no final, a coreografia de bailarinos.
A resposta foi imediata: em 14 capitais, e dezenas de cidades país a fora, ouviu-se o barulho furioso de um poderoso panelaço. Talvez o maior desde que virou moda saudar Dilma, o PT e Lula com panelaços.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O piloto do naufrágio finge que a culpa é dos afogados (Augusto Nunes)


Na missa negra celebrada nesta terça-feira, disfarçada de programa eleitoral do PT, Lula ensina que o naufrágio econômico só existe porque os afogados insistem em lamentar o que aconteceu. Como recita o Exterminador do Plural, os culpados pelo buraco em que o país se meteu são “as pessoas que falam em crise, crise, crise, repete (sic) isso todo santo dia”.
Essa conversa de 171 confirma que, na cabeça baldia do ex-presidente, qualquer problema desaparece se a palavra que o identifica deixar de ser pronunciada. Foi por isso que o restante do sermão não reservou uma única e escassa vírgula ao triplex do Guarujá, ao sítio em Atibaia ou à segunda-dama Rosemary Noronha. O pregador teima em acreditar que basta ignorar uma encrenca para que a encrenca suma.

O mestre e seus discípulos ainda não entenderam que as coisas mudaram depois da Lava Jato. Se espera que as delinquências que protagonizou sejam esquecidas, é bom esperar sentado. Bem mais sensato seria providenciar um esconderijo reformado por empreiteiros amigos ─ antes que chegue o Japonês da Federal.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A ressentida e a vigarista (Augusto Nunes)


Quem merece tais assombrações?


“Não quero morrer amanhã e tudo isso ficar na tumba, eu quero falar e fechar a página”, disse Mirian Dutra para justificar a punhalada desferida nas costas de Fernando Henrique Cardoso, com quem teve um caso amoroso quando trabalhava na TV Globo em Brasília e o ex-presidente era ainda senador. O romance durou seis anos. Durou quase 30 o silêncio quebrado nesta semana por duas entrevistas. O pote até aqui de mágoa, esse vai durar para sempre, avisa o caótico desfile de denúncias contraditórias, acusações explícitas ou insinuadas, fatos e fantasias irrompendo de braços dados, cobranças indevidas e cachos de queixumes. Tudo somado, está claro que Mirian Dutra é uma prisioneira do ressentimento.

Não há cura para esse oitavo pecado capital. Primo da ira, do orgulho e da cobiça, o ressentimento costuma ser equivocadamente confundido com a inveja, da qual é irmão. As diferenças superam as semelhanças.Invejar, por exemplo, pode ser intransitivo; a inveja frequentemente dispensa objetos diretos. Ressentir (que segundo os dicionários significa “sentir novamente”) é verbo necessariamente transitivo. É sempre conjugado contra alguém, alguma coisa, alguma entidade. No caso de Mirian Dutra, os alvos do ressentimento são FHC, que responsabiliza por não ser feliz, e a TV Globo, que obstruiu
os caminhos que a levariam ao sucesso profissional.

“A memória do ressentido é uma digestão que não termina”, constatou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O ressentido pensa todo o tempo no ajuste de contas. E invariavelmente acredita que sua infelicidade resultou de erros cometidos por outros. A mulher ressentida precisa acreditar que seu único erro foi amar demais. Aos 55 anos, segue enxergando no espelho uma jovem ingênua apaixonada pelo sedutor desalmado que, depois de induzi-la a dois abortos, tratou de afastá-la do país quando o filho Tomás nasceu, para manter em segredo um pecado que, descoberto, colocaria em risco o projeto presidencial acalentado desde criancinha. Com a cumplicidade da Globo, que ampliou a sequência de erros com a decisão de não renovar o contrato vencido em novembro.

As estações do calvário impostas pela emissora de TV são de espantar o mais cruel legionário romano. Redesenhada pela memória de uma ressentida juramentada, a vida mansa em capitais europeias virou desterro, o expediente curto ficou com cara de menoscabo e o salário de milhares de dólares tornou-se um quase nada se comparado ao tamanho do talento sufocado. “Sou a última exilada”, comunicou a desterrada de araque. Haja conversa fiada. Até o gramado do Congresso sabia da relação extraconjugal entre o senador e a jornalista. Em 1994, Ruth Cardoso foi informada pelo próprio marido do que ocorrera. E Mirian reiterou anos a fio que um biólogo era o pai do menino que FHC sempre tratou como filho.

Além das quantias em dinheiro com que foi contemplado desde o dia do parto, o fruto do romance malogrado ganhou do ex-presidente um apartamento avaliado em 200 mil euros. Em 2009, Fernando Henrique assumiu publicamente a paternidade de Tomás. Meses depois, dois exames de DNA atestaram que o pai biológico era outro. Amparado nos laços afetivos, FHC não mudou de ideia. “Ele sempre será meu filho”, explicou. Mirian contestou a autenticidade dos exames, afirmou que a admissão de paternidade nunca foi oficializada, culpou FHC pela fragilidade dos vínculos que unem Tomás à mãe e acusou o objeto do ressentimento de ter forjado contratos com uma empresa com braços no exterior para consumar as remessas de dinheiro.

“Mas os recursos sempre saíram da renda dele”, ressalvou. Foi o que ressaltou o ex-presidente na nota divulgada no mesmo dia da entrevista publicada pela Folha. Com a elegância possível, a vítima do acesso de cólera dissipou as zonas de sombra produzidas pela entrevistada, rebateu as acusações, declarou-se pronto para outros testes de DNA e deixou claro que, por mais constrangedoras que tenham sido as declarações, não tem motivos para preocupar-se com o que diz a ex-namorada. De novo, FHC fez o contrário do que Lula faz. Mas o PT reagiu à providencial reaparição de Mirian Dutra com a euforia dos colonos de velhos faroestes que, entrincheirados no círculo de carroções atacados por índios, ouvem o clarim que anuncia a chegada da cavalaria americana.

Apavorados com as evidências de que as bandalheiras no sítio em Atibaia e no triplex do Guarujá anteciparam a morte política de Lula, alguns devotos da seita agonizante se empoleiraram na manifestação de ódio da ex-amante sem esperança para convencer o país de que nada do que o chefe fez é mais grave do que FHC foi acusado de fazer. Como no PT não há limites para o cinismo, nem para o ridículo, querem que o ex-presidente seja investigado pela Operação Lava Jato. Se houver algo a apurar sobre Fernando Henrique, que venham as investigações. Mas que sigam adiante, e em ritmo menos exasperante, os inquéritos e processos que cuidam dos crimes cometidos por Lula e sua amante Rosemary Noronha. O Brasil decente exige que seja concluído o que a Operação Porto Seguro começou em 23 de novembro de 2012.

Faz três anos e três meses que o país que presta aguarda o desfecho do escândalo em que o chefe supremo se meteu ao lado de Rose ─ e a punição dos delinquentes que embolsaram milhões de reais com o tráfico de influência e o comércio de pareceres pilantras. Faz três anos e três meses que os que cumprem as leis são afrontados pela mudez malandra do farsante que promoveu uma gatuna de quinta categoria a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Faz três anos e três meses que o Estado Democrático de Direito é desafiado pelo poço de arrogância que nunca deu um pio sobre a chanchada pornopolítica que estrelou em dupla com a Segunda Dama.

Abalroado pela divulgação parcial das patifarias desvendadas pela Operação Porto Seguro, o reizinho enfim destronado reprisou o ritual a que obedece quando pilhado em encrencas de bom tamanho: emudeceu, evadiu-se da cena do crime e foi para o exterior esperar que a poeira baixasse. Três semanas depois, recuperou a voz para dizer que nada tinha a dizer sobre “assuntos íntimos”. De lá para cá, não recitou uma única e escassa palavra aproveitável sobre o caso de polícia que apresentou ao país, além da Primeiríssima Amiga, os bebês de Rosemary.

Foi o primeiro escândalo que Lula não pôde terceirizar. Não houve intermediários entre os parceiros de alcova. Não há bodes expiatórios a mobilizar. É compreensível (e intolerável) que fuja como o diabo da cruz de pelo menos 20 perguntas sem resposta:

1. Onde e quando conheceu Rosemary Noronha?
2. Como qualifica a relação que manteve com Rose durante pelo menos 12 anos?
3. Por que escolheu uma mulher sem experiência administrativa para chefiar o gabinete presidencial em São Paulo?
4. Por que pediu a Dilma Rousseff que mantivesse Rose no cargo?
5. Por que Rose foi incluída na comitiva presidencial em mais de 20 viagens internacionais?
6. Por que Rose usava passaporte diplomático?
7. Por que o nome de Rosemary Noronha nunca apareceu nas listas oficiais de passageiros do avião presidencial divulgadas pelo Diário Oficial da União?
8.  Todo avião utilizado por autoridades em missão oficial é considerado Unidade Militar. Os militares que tripulavam a aeronave sabiam que havia uma clandestina a bordo?
9. Por que Marisa Letícia e Rose nunca foram incluídas numa mesma comitiva?
10. Quais eram as tarefas confiadas a Rose durante as viagens?
11. Como foram pagas e justificadas as despesas de uma passageira que oficialmente não existia?
12. Por que nomeou a pedido de Rose os irmãos Paulo e Rubens Vieira para cargos de direção em agências reguladoras? Conhecia os nomeados?
13. Por que Rose tinha direito ao uso de cartão corporativo da Presidência ?
14. Por que foram mantidos em sigilo os pagamentos feitos por Rose com o cartão corporativo ?
15. Como se comunicava com Rose? Por telefone? Por e-mail?
16. Sabia das reuniões promovidas por Rose no escritório da presidência? Depois das reuniões, era informado sobre o que fora decidido pelos integrantes da quadrilha?
17. Por que os honorários dos advogados de Rose são pagos pelo Instituto Lula?
18. Encontrou-se com Rose nos últimos 3 anos e 3 meses?
19. Nunca soube de nada?
20. O que foi que disse em casa?

Sem medo da sordidez do PT, FHC replicou imediatamente ao que disse a ex-amante ressentida. Favorecido pela tibieza da oposição oficial, Lula jamais comentou o que fez a concubina vigarista.