sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dilma, ou o diabo, no meio do redemoinho?


O Estadão republica hoje artigo do The Economist intitulado "Dilma no meio do redemoinho". O texto analisa as vicissitudes e as perspectivas políticas da madame, ainda presidente dessa infernal república em que sobrevivemos. Melhor, no entanto, seria dizer a ex-presidente em exercício, pois foi interditada pelos caciques petistas, conforme anuncia o noticiário do dia.

Voluntária, ou involuntariamente, o título do artigo do The Economist remete o leitor à consumação do destino de Diadorim (no romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa). "O diabo na rua, no meio do redemoinho" é o cenário onde se dá o desfecho final da luta do Bem contra o Mal. Diadorim morre mas, antes, esfaqueia e liquida o demônio personificado.

Se o referido artigo estiver profetizando, dona Dilma é a reencarnação atualizada do espírito do Hermógenes. Resta saber quem fará as vezes de Diadorim. 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Batom na cueca


Muito difícil o exercício de crítica a Dilma, Lula e petismo. Como eles são capazes de tudo, conforme dia a dia mostra o noticiário, resta pouco espaço para os eventuais comentaristas. Essa gente consegue roubar até o espaço crítico da oposição. As vigarices são de tal ordem, e de tal magnitude, que a imprensa diária, ao divulgar os fatos mais recentes, impede que os inconformados se manifestem. Gente de outros tempos diria simplesmente que eles são um bando de sem vergonhas. Só isso. Eles têm a cara estanhada, imune a qualquer rubor.

Talvez a solução seja começar a defendê-los. Advogados fazem isso com perfeição. Assumem a defesa dos maiores crápulas - assassinos e ladrões - e conseguem até absolvições. A cueca pode estar manchada de batom e os causídicos não se intimidam. 

"Cueca com batom? Ah, sim. Fácil de esclarecer. Meu cliente estava ali urinando detrás de uma árvore; a donzela ia passando; tropeçou numa pedra e, por mera coincidência, caiu de boca exatamente onde nosso amigo aqui satisfazia suas naturais necessidades". 

E há aqueles que engolem tal explicação, esquecendo-se que a mancha estava do lado de dentro da cueca. Americanos não possuem tal imaginação para inventar desculpas. Bill Clinton, o puritano devasso, que o diga. Para ele, sexo oral não era sexo.