Os brasileiros podem ficar como Lula: tranquilos! O novo varão de Plutarco é o sujeito mais honesto do país. A primeira e óbvia prova desse fato é a entrevista que ele deu aos blogueiros chapa-branca, aqueles que vivem pendurados nas tetas das estatais para falar bem do governo. A Lula, o honesto, só falta um pouco de coragem de se submeter ao escrutínio de uma entrevista coletiva de verdade, onde estejam representados todos os órgãos de imprensa. Covarde, porém honesto, que provem o contrário. A propósito de coragem, ele deveria fazer uso de aviões de carreira nos seus constantes deslocamentos a Brasília, em vez de se valer dos favores dos grandes empresários que lhe cedem seus jatinhos. O honesto veria a recepção que o espera nos aeroportos. Amostra do ânimo da população sofreu Lulinha outro dia em Angra dos Reis. A movimentação dessa honesta criatura indica que a Lava Jato, e o japonês da federal, já rondam à sua porta com duas tornozeleiras.
Segue abaixo, na íntegra, a reportagem do jornal Estado de São Paulo sobre as declarações de Lula, o honesto, em 20/01/2016. O leitor julgue conforme seu discernimento. Ah sim. Lula, o honesto, afirmou estar "tranquilo". Curiosidade e coincidência: toda vez que alguém acusado de alguma trapaça se declara "tranquilo", é batata; aí há Otis.
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"Em café da manhã com
blogueiros petistas na manhã desta quarta-feira, 20, no Instituto Lula, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ‘não tem uma viva alma mais honesta’ do que ele. O petista começou a
responder perguntas a partir das 10h. Na primeira resposta, Lula falou sobre
investigação de corrupção.
“Se tem uma coisa que
eu me orgulho, neste País, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu.
Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da
igreja católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual, mas eu
duvido”, disse.
Oficialmente, Lula
não é alvo da Operação Lava Jato, a maior investigação contra a corrupção já
realizada no País e que pegou antigos aliados seus, quadros históricos do PT,
como José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil, e João Vaccari Neto,
ex-tesoureiro do partido – ambos estão presos em Curitiba, base da missão Lava
Jato.
Lula já depôs na
Polícia Federal na condição de ‘informante’. “Não existe nenhuma ação penal
contra mim, o próprio (Sérgio) Moro (que conduz as ações da Lava Jato na 1ª
instância) disse que eu não sou investigado”, afirmou. “Em respeito ao
depoimento que eu fiz na Polícia Federal e no Ministério Público, não acho que
existe nenhuma possibilidade de ação penal, a não ser que seja uma violência
contra tudo o que existe neste País.”
Disse ainda. “Estou muito tranquilo”
O petista disse que
‘o governo criou mecanismos para que nada fosse jogado embaixo do tapete nesse
País’. Para Lula, a presidente Dilma Roussef um dia será enaltecida, pelo que
ela criou condições para permitir que ‘neste país todos saibam que têm que
andar na linha’. Segundo o ex-presidente, isto vale do ‘mais humilde ao mais
alto escalão brasileiro’.
Afirmou. “A apuração
de corrupção é um bem desse país.”
“Já ouvi que delação
premiada tem que ter o nome do Lula, senão não adianta”, declarou. “Duvido que
tenha um promotor, delegado, empresário que tenha a coragem de afirmar que eu
me envolvi em algo ilícito.”
O ex-presidente
afirmou que ‘tem uma tese que o Lula faz jogo de influência’. “As pessoas
deveriam me agradecer. O papel de qualquer presidente é vender os serviços do
seu País. Essa é a coisa mais normal em um país”, disse. “Como se o papel de um
presidente fosse ser vaca de presépio.”
Na conversa com blogueiros
petistas nesta quarta-feira, 20, o ex-presidente Lula disse que ‘sempre teve um
tratamento diferenciado’ da imprensa, desde que foi dirigente sindical. “Nunca
fui bem tratado, sempre fui tratado com certo desdém.” Lula falou sobre
processos judiciais que seus advogados têm movido contra jornalistas.
As ações
tiveram início desde que o nome do ex-presidente passou a ser citado em
reportagens sobre a Lava Jato, operação da Polícia Federal e da Procuradoria da
República que levou para a cadeia alguns de seus mais importantes aliados, como
o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu. “Eu comecei a processar.
Diferentemente do que eu pensava há algum tempo. O pessoal dizia: processar não
adianta. As pessoas diziam: você processa Veja, cai tudo na mesma Vara em
Pinheiros e não acontece nada. Não sei se é verdade, mas o pessoal diz isso.
Comecei a processar jornalistas. Quando processo jornal, o dono do jornal se
livra do processo jogando a culpa no jornalista. Então, eu falei: vou começar a
processar jornalista para ver se a gente recupera a dignidade da categoria e as
pessoas verem que quando escrevem alguma coisa prejudicando alguém aquilo tem
consequência. Contratei o Nilo Batista (advogado). Daqui prá frente vou
processar todo mundo, criminalmente, civil, sei lá. Prá ver se a gente consegue
colocar um pouco de ordem na casa.”
Lula
citou um de seus filhos, Fábio. “A desfaçatez é tamanha. Eu tenho um filho,
Fábio, o que fazem com ele é uma violência. Quando eu vejo, meu filho é dono da
Friboi, dono de todas as cabeças de gado, é dono da Casa Branca, do Kremlin, eu
fico imaginnando daqui a pouco o cara que ganhou dinheiro com o corpo do Lenin,
do Mao Tse Tung. Uma desfaçatez tamanha. A gente começou a abrir processo
agora. Eu acho que temos que processar. Vocês estão lembrados, quando eu
cheguei no governo, em 2003, a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)
apresentou um projeto para criar o conselho nacional, a OAB dos jornalistas.
Foi entregue pela Fenaj. O pessoal analisou, vamos dar entrada. Quando demos
entrada foi um cacete que nem a Fenaj defendeu. O jornalista que cobria o
Palácio do Planalto atacava o projeto. Então, eu vou atrás dessas coisas.”
O
ex-presidente afirmou que ‘tudo aquilo que seus advogados entenderem cabível de
processo vai entrar’.
“Um dia
eu ganho um. Antigamente, os jornais tinham dono, você falava com o dono. Hoje
você tem preposto, você tentava resolver alguma coisa, hoje os donos não falam
mais nada, hoje é executivo. A politização da imprensa chegou a tal ordem. Admito
que tenham um lado, que publiquem editoriais, o que quiserem. A única coisa que
não admito é mentira na informação, é mentira. Daqui prá frente vou processar.
Tem muito processo a dar com pau. Vamos cada vez mais, não tem outro jeito. Eu
não gostaria que fosse assim. Quando a gente processa eles a gente não está
sendo democrático. Na verdade, a Justiça existe para fazer reparação. Pensei
que a Dilma ia ser mais bem tratada por ser mulher. Mas é ideológica a coisa, é
uma coisa de pele. Você não tem a minha pele meu caro, então não entra no meu
clube. Te aceito do portão prá fora. As pessoas de mais baixa renda nesse país
não podem ter ascensão que incomoda as pessoas. Eu vou me defender.”