quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Da mesma laia

As torpes manifestações atuais de Lula da Silva (sobre políticos da oposição), não passam de repetida exibição de um único e mesmo filme que se reproduz ininterruptamente. Em outubro de 2009 o texto abaixo foi publicado no jornal O TEMPO, a propósito de declarações do infame chefe da quadrilha, não por coincidência, em Belo Horizonte. Parece que o Pé-de Pato gosta de insultar Minas e os Mineiros toda vez que aqui comparece. Rosnou sobre os ex-presidentes, desqualificando-os, como sendo eles da mesma "laia":

“Os outros presidentes são todos da mesma laia!” O autor da frase é ele mesmo. Sim, é ele, o atual presidente Lula da Silva, que assim se referiu aos seus antecessores em evento recente na capital mineira, em outubro de 2009. Nem é preciso ir a um dicionário para saber que laia é uma palavra depreciativa sobre alguma característica comum a um grupo de pessoas. Mais que um arroubo eventual em linguagem de sarjeta, no entanto, a assertiva presidencial mostra ao grande público a forma habitual de pensar de um homem carente de qualquer estofo espiritual. Carência, aliás, não só dele como, também, daqueles que o cercam e o seguem caninamente. Não é de se estranhar, então, que a vulgaridade esteja mais presente em sua língua que a própria saliva. A coleção de desatinos daria para fazer um dicionário político-pornográfico.

Do ponto de vista político, a forma lulesca de conceber o mundo (dividido, segundo seus acólitos, entre “nós” e “eles”), mostra a incrível persistência de uma concepção de origem stalinista, mesmo após aquela sangrenta ditadura ter-se dissolvido no tempo. Pois não é que Lula, Zé Dirceu e Dilma (para ficar apenas nos nomes mais notórios), desenterraram do museu das perversões históricas a teoria de Jdanov? Este tal de Jdanov (ex-ministro da cultura do regime soviético), dizia que o ambiente político se dividia em dois campos: os que estão conosco e os outros que, certamente, não estando conosco estão contra nós. Assim, quem estiver “conosco” pode ser o maior patife, o maior gângster ou o maior canalha que, apesar disto, será acolhido no ninho (deixam de ser piratas para virarem corsários do rei). Estão aí os nomes emblemáticos de Sarney, Maluf, Calheiros, Jader Barbalho e toda a quadrilha do mensalão.
 

Esta gente primitiva reduz o mundo, portanto, a duas possibilidades antagônicas: se não é preto, é branco; se não é amigo, é inimigo; se não é crente, é descrente. A rigidez mental os leva a praticar, ao longo da vida, os maiores desatinos, inclusive tortura e assassinato em massa. Não possuem qualquer limite. Estão aí para demonstrá-lo os exemplos do dia-a-dia. A própria corrupção do governo Lula, com sua frondosa cleptocracia, é uma herança ideológica do stalinismo, conforme se observa na estrutura similar da Rússia atual, ainda marcada pelos hábitos de Stálin. Não é algo fortuito: é parte de um sistema, de um modo bárbaro de ver e de viver. Nada diferente de Hitler e similares que povoaram a história humana. Quem duvidar se ponha a ler, isto é, se não vomitar antes, as manifestações de Zé Dirceu, Dilma e outros asseclas conhecidos que os seguem e defendem. O propósito deliberado destes liberticidas é implantar nos trópicos uma imitação barata e tardia dos regimes totalitários de outrora. O culto à personalidade, ao estilo stalinista, é apenas a parte visível do processo."

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Pois bem, talvez não seja hora de se ficar debatendo teorias políticas. Mas, para aqueles que têm alguma dificuldade para entender melhor o que se passa, vale a pena ler o que segue. Refletindo sobre o fenômeno totalitário no Brasil, chamado por ele de totalitarismo tardio, o professor Giusti Tavares advertiu e explicou: 

“como resultado de um processo de extrema e brutal simplificação da realidade, a vida política é percebida em termos de um permanente enfrentamento entre dois polos – o de amor e o de ódio, o de bem e o de mal, o de verdade e o de erro, o de amigo e o de inimigo – diante dos quais a neutralidade ou a indiferença não são apenas suspeitas mas criminosas.

Um exemplo deste mecanismo de manipulação psicológica totalitária, combinando exclusivismo e envolvimento, foi a fórmula concebida por Jdanov em 1946, e logo conhecida como Teoria dos Dois Campos. Ela alimentou eficazmente, ao longo da guerra fria, a satelitização, pelo Partido Comunista da URSS, das denominadas “democracias populares” e dos partidos comunistas do Ocidente. O mundo inteiro, em todos os seus aspectos, estava dividido em dois campos: na filosofia e na ciência, opunham o idealismo e o materialismo; na arte, o subjetivismo burguês e o realismo socialista; na política, o imperialismo e o socialismo, cada um com seus aliados. Como não se reconhecia outra alternativa política – tertius non datur – quem não pertencia explícita e ativamente a um dos campos, situava-se no campo do adversário.

Lamentavelmente, a teoria dos dois campos não está sepultada. É ainda empregada, pelo sectarismo totalitário, como recurso para desqualificar não apenas os inimigos como também os independentes e mesmo os relutantes.

A existência de grupos primários vigorosos e de associações intermediárias voluntárias inviabiliza o totalitarismo simplesmente porque este não pode funcionar se os indivíduos retêm lealdades alternativas ou sequer compartilhadas com aquela que devem ao partido e ao Estado. É esse o motivo pelo qual o totalitarismo não reconhece como legítimos quer a diversidade de interesses particulares quer o pluralismo de concepções alternativas acerca de fins políticos ou mesmo do interesse público. No totalitarismo, a família e os grupos e associações intermediárias voluntárias são de certo modo debilitados e convertidos em condutos que fazem convergir para o partido e para o Estado a lealdade total dos indivíduos. A estrutura social tende a ser reduzida, por um processo de radical simplificação, a dois polos: de um lado uma massa de indivíduos atomizados e isolados e, de outro, o Estado, ou melhor, o partido, dominador e educador.”



(in O Totalitarismo Tardio, de José Giusti Tavares).


Os dois projetos

Na sua costumeira visão dicotômica - nós contra eles - os petistas não fazem mais que atualizar o preceito de Jdanov, ex-ministro de Stálin, sobre a maneira como o mundo deve ser compreendido: a teoria dos dois campos. 

Pois bem, aceitemos os termos em que a turma quer estabelecer a próxima disputa eleitoral. Vejamos, por exemplo, quem são os apoiadores de dona Dilma.













Evidentemente, há lacunas na foto acima. Cafajestes notáveis, a começar por Lula, teriam lugar de "honra" ao lado de dona Dilma. Mas esse é um problema técnico de difícil superação. Nenhuma imagem, mesmo recorrendo à mais notável tecnologia, cobriria a vasta relação de fanáticos, corruptos, viciados, ladrões, mentirosos, liberticidas, totalitários, traficantes e devassos que se abriga no campo deles. Não é coincidência; há que ter uma lógica a explicar a atratividade mútua que estabelecem. 

Quem tiver alguma dúvida pode fazer o teste: quem são os mais notórios patifes municipais, estaduais ou federais que o leitor conhece? Se não estiverem apoiando Dilma agora, ainda irão fazê-lo no futuro. Antigo bordão publicitário anunciava que "pensou cerveja, pediu Brahma Chopp", numa associação quase que automática entre uma coisa e outra. Igualmente quanto à corrupção nos últimos doze anos; pensou em roubalheira, tem alguém do PT envolvido. Seria quase que uma lei sociológica, ou um carma, ou um destino escrito nas estrelas. Quem sabe, uma praga, uma maldição?

O povo brasileiro deveria fazer um favor a si mesmo: dizer NÃO a eles no próximo domingo. Derrotar essa gente é pavimentar o caminho que os obrigará a frequentar o trabalho e, melhor ainda, abrirá a senda que os levará à Papuda. O drama consumado em 26 de outubro se resume, portanto, à escolha, de um entre dois campos: um governo de homens honestos capitaneado por Aécio, ou uma tirania de gatunos inescrupulosos, sob a batuta de dona Dilma. É uma escolha fundamental à qual ninguém pode se furtar. Pesa contra Aécio o apreço que as massas têm por canalhas. Na primeira eleição direta da história, Barrabás (uma espécie de Lula da época), foi o vencedor. Quem representava a Verdade e o Caminho da salvação acabou vilipendiado no madeiro, sobre o Gólgota, ao lado de Gestas e Dimas. 

A herança maldita que o regime lulo-petista deixará aos pósteros pode ser entendida como uma fratura exposta (título, aliás de grande romance de Jetter Neves), com enxames de varejeiras já rondando as feridas. Nem os generais do período autoritário conseguiram tal façanha. Parabéns, petistas, parabéns. Qualquer que seja o resultado das eleições, o Brasil pagará alto preço pelo que fizeram ao povo brasileiro. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vaccari: ministro da Fazenda de Dilma

Dona Dilma não se cansa de criticar e condenar as escolhas alheias, em vez de mostrar ao eleitorado suas próprias opções. Aécio fez uma ousada manobra: apresentou ao público o nome daquele que será seu ministro da Fazenda - Armínio Fraga - caso ele seja eleito no próximo domingo. Armínio é um técnico respeitado e admirado por sua competência, não só aqui no Brasil, como também internacionalmente. Além do mais, é honesto. Ser honesto deve ser obrigação de todos. Mas em vista dos padrões usuais das administrações petistas, já faz um enorme diferencial ter assessores que primam pela integridade.

Dona Dilma, no entanto, não tem coragem de sugerir um nome que seja para seu ministério da Fazenda. Dada a legião de petistas, seria implausível que não houvesse ninguém melhor que Guido Mantega disponível na praça. Suspeita-se que o escolhido, o nome in pectore, é o do tesoureiro do PT - um tal João Vaccari - talvez o especialista que melhor encarne a natureza das relações financeiras que os atuais governistas estabelecem com o erário. Delúbio, outro craque, infelizmente está proibido pela Justiça federal de se credenciar para o cargo. Não que ele não tenha qualificações. Elas são abundantes e extravasam qualquer medida. 

Pela experiência, eficiência e dedicação, no entanto, o melhor indicado seria Vaccari. Seu envolvimento com as negociatas da Petrobrás, dos fundos de pensão, de Itaipu e, sabe Deus que mais, fazem-no o candidato natural para gerenciar a portentosa máquina da fazenda pública. 

No último debate deste segundo turno, dona Dilma poderia esclarecer isso, em vez de ficar preocupada com as escolhas de Aécio. Quem nomeou ministros e dirigentes que foram defenestrados dos cargos, após denúncias da imprensa e, não por investigação oficial, foi dona Dilma. Seu dedo podre só poderá escolher mesmo outras figuras, tão apagadas e medíocres como as que ornamentam seu balofo ministério. 

Coração Valente

O blog do Ricardo Setti publicou o artigo que segue abaixo. Quem desejar maiores esclarecimentos, procure aquele blog, no portal da VEJA. Nele será encontrado o programa político da VAR-Palmares, e os fundamentos das idéias esquisitas de dona Dilma e sua turma.
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"Não faltava mais nada, mais nada, nadinha mesmo na campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Agora, volta e meia ela aparece diante de cartazes dos tempos em que integrava a luta armada, o que lhe valeu o qualificativo marqueteiro de “Coração Valente”.

A ideia foi escandalosamente roubada por marqueteiros de uma outra campanha, como mostrarei abaixo. Mas isso não é nada.

Os cartazes da “Coração Valente”, como o que vocês verão logo abaixo querem insinuar que Dilma, quando integrava a luta armada contra a ditadura militar, “plantava a liberdade” para, hoje, “colher democracia”.





Com todo o respeito à figura da presidente, a candidata Dilma está MENTINDO. Repito: MEN-TIN-DO.

A organização armada a que ela pertencia, a VAR-Palmares — antes ela pertenceu à minúscula Polop, depois à Colina, que acabou se fundindo na Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares –, de fato enfrentava a ditadura militar, mas apelando para a violência e a luta armada. Não há notícia, em lugar algum, que os “guerrilheiros” da VAR-Palmares, ou terroristas, como os chamava o regime militar, tenham, em qualquer tempo, pregado as liberdades democráticas tais como as conhecemos.

A organização chefiada pelo ex-capitão do Exército Carlos Lamarca pregava a luta armada como forma de chegar ao poder, que seria exercido, em nome dos “trabalhadores”, por um partido único.

Não há um parágrafo, uma frase, uma linha que seja no “programa de luta” da VAR-Palmares de Dilma defendendo eleições diretas, o pluripartidarismo, o direito à livre expressão do pensamento, a liberdade de imprensa, a liberdade partidária, a livre organização sindical, a garantia dos direitos individuais, a supremacia da lei e o primado da Justiça, a independência dos Poderes — nada, nada, nada, absolutamente nada de tudo aquilo que a Humanidade aperfeiçou e que se chama democracia, “o pior regime que existe, excetuado todos os demais”, na frase imortal do grande estadista britânico Sir Winston Churchill.

Se vocês não acreditam e quiserem conferir se há qualquer inverdade no que escrevo, encham os pulmões, munam-se de coragem e paciência e cliquem no link que vou oferecer a seguir onde está o documento-base da VAR-Palmares, um tijolaço de 35 páginas datilografadas em espaço um.


Não bastava, porém, passar a falsa informação de que uma organização cujos fundamentos de chegar ao poder fundavam-se na na violência armada pregava a “liberdade” e queria que o país desembocasse em uma “democracia”.

O “Coração Valente” que os marqueteiros tentam pespegar em Dilma foi escandalosamente furtado da campanha da então senador Heloísa Helena (PSOL-AL), candidata à Presidência da República em 2006, conforme está no cartaz abaixo:




Os registros a respeito são in-des-men-tíveis.

Vejam, por exemplo, um vídeo de campanha de Heloísa Helena postado a 28 de setembro de 2006, sob o título “Heloísa Helena Coração Valente”.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lula e Dilma

Acuse os outros daquilo que você mesmo faz, eis a lição leninista cumprida com rigor por Lula e Dilma. Um vulgar cachaceiro chegado ao bestialismo se considera, agora, juiz do pensamento e da conduta alheios. A imagem abaixo mostra-o escornado após alguma farra.



Outra mais é quase que definitiva na sua expressividade, dispensando acréscimos à sua foto-biografia.



A última piada, de mau gosto, é evidente, foi Lula tachar os tucanos de nazistas durante comício em Pernambuco. Logo ele, que declarou em entrevista à Playboy que era admirador de Hitler. As obscenidades, pelo visto, estão mais presentes em sua língua que a própria saliva. Ninguém, por óbvio, se espantou minimamente com o vomitado. Dali só sai lixo. A outra, coitada, não passa de emanação tardia do stalinismo rombudo que aqui brotou e vicejou com gosto, desde o primeiro quartel do século XX. Ao que parece, também é chegada numa marafa, conforme se vê ao lado, saindo de farra promovida em Lisboa. Os olhos inchados carecem de explicação. O guarda costa parece ser o mesmo que atendia ao Inácio, certamente por experiência.


Enfiada em sua indumentária de campanha - quase sempre com ridículo paletozinho vermelho, daqueles de cagar em pé - quando não está emburrada, está com aquele sorriso paralisado, imóvel, talvez por excesso de botox. Se fosse possível um cruzamento entre ambos (vá lá a fantasia perversa), a cria resultante seria destinada, sem nenhuma dúvida, a algum circo de horrores, repleto de monstruosidades.      
Esse tipo de gente tem a capacidade de suscitar às suas vítimas, não só um horror espiritual e intelectual mas, também, um horror epidérmico e orgânico. 

As leis e as salsichas

Bismarck, chanceler da Prússia nos idos do século XIX, já ensinava que não seria bom que se soubesse como são feitas nem as leis, nem as salsichas. O risco de um ataque de vômito seria muito grande. Na salsicharia do Palácio do Planalto as costumeiras carnes utilizadas exalam o odor esperado, coerentes com o apodrecimento geral daquele ambiente. Não surpreende ninguém que o empreendimento seja comandado por gente da estirpe de Lula e Dilma. Estes são apenas a parte visível do iceberg. Dando-lhes suporte está uma multidão cuja natureza é similar à deles: uma horda. 

Os resultados finais das eleições seguem em aberto. Apesar de resultados recentes de pesquisa indicarem um empate técnico entre Aécio e dona Dilma, é mais provável que os indecisos e os que admitem votar em branco ou votar nulo optem, ao final, pelo candidato oposicionista. Se quisessem escolher a candidata oficial, eles já o teriam feito, em vista da maciça propaganda martelada dia e noite, há mais de uma década, por todos os meios de comunicação. Caberá a largas frações das chamadas classes médias o papel decisivo nesse confronto entre a civilização e a barbárie.   

Como já versejava, em 1960, um poeta obscuro e amargo, porém, sagaz, em seu soneto "3 de Outubro" (que era a data das eleições antigamente):

Ei-los vendilhões da pátria escravizada,
Ei-los a disputar a marmita e a gamela.
Imorais fariseus arautos da embrulhada,
A preparar ao povo a cangalha e a sela.

E esse povo imbecil que tomba na esparrela,
Que não compreende a fraude, não entende nada,
Não vê que essa canalha a própria pança zela,
E quer ver a caveira à plebe degradada.

No fim da apuração o eterno resultado,
Que desde oitenta e nove a nação avassala,
Levando ao poder o patife e o tarado.

C'o ajuda do eito vil e os votos da senzala,
Caco se elege e Ali-Babá é deputado,
Numa competição de rifa e de cabala.

Os bancos públicos na berlinda

Os petistas acusam Aécio de ser contra os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES). Seria fácil rebater tal palhaçada. Bastaria citar o caso do assalto que a turma cometeu contra o Banco do Brasil, comandado de dentro pelo ex-diretor Henrique Pizzolato, em parceria com Marcos Valério, Zé Dirceu e Genoíno (condenados pelo STF, no processo do mensalão). 

O caso do BNDES e seus vultosos empréstimos aos empresários-companheiros são amplamente conhecidos. O referido banco repassou bilhões aos amigos, a juros que nem mãe cobra de filho.

Quanto à Caixa, basta relembrar a aquisição (outro assalto) do Panamericano, banco que pertencia ao grupo Silvio Santos. O Panamericano estava literalmente falido, mas os dirigentes da Caixa não conseguiram descobrir, antes da operação de compra, o total do rombo da arapuca. Não fizeram auditoria? Quer dizer, um negócio que envolvia bilhões de reais foi conduzido com a leveza inefável de monges budistas. O espeto ficou com o povo brasileiro. 

Essa gente nefasta, portanto, deveria ser questionada por suas operações desonestas e, no mínimo, temerárias envolvendo dinheiro público. Aécio deve, sim, colocar no centro da discussão as práticas e os negócios que os bancos públicos estabeleceram com a iniciativa privada nos últimos doze anos. E tudo, como não podia deixar de ser, com o olhar distante e complacente do Banco Central. 

Aécio e o erro estratégico

A última pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra queda de Aécio e subida de dona Dilma. Considerando-se as variações dentro da margem de erro, ambos permanecem estatisticamente empatados. Deixando de lado eventuais críticas metodológicas, os números devem ser cotejados com a condução da campanha dos candidatos. No caso de Aécio, sua queda se deu concomitante com o estilo assumido pelo seu programa eleitoral. 

Deixando de lado o tom crítico, incisivo, sem meias palavras que deveria permear todo discurso oposicionista, Aécio parece que vacilou, retornando ao velho estilo nhém-nhém-nhém peculiar dos tucanos, gastando seu precioso tempo de TV a mostrar a família (mãe, irmã, filha e esposa), colhendo ainda seus depoimentos sobre ele, obviamente favoráveis. Tremendo erro estratégico. Quem tem mulher vistosa não deve ficar exibindo-a, principalmente para aqueles propensos à inveja. Velho ditado ídiche afirma: "se você tem uma mulher bonita, você não é bom amigo". 

Aécio deveria ter-se mirado no exemplo do Eike Batista. Muito do ódio por ele amplamente suscitado se deve à sua imagem de homem bem sucedido e, notadamente, por um privilégio inalcançável à maioria dos homens: foi casado com Luma de Oliveira, a linda e graciosa artista de todos os carnavais. Luma, então, quando se apresentou em público certa vez com uma coleira contendo o nome do marido, levou a inveja das massas ao paroxismo. Comparada com as barangas com quem a maioria é casada, soa absolutamente detestável um homem jovem, inteligente, poderoso e charmoso ter como companheira aquela que foi exibida na televisão.  

Campanha eleitoral contra o PT deve ser mantida em tensão permanente. A capacidade de mentir e de fraudar dados e informações dos petistas é incalculável. A questão da vacina para cavalos e das calúnias que a turma vem fazendo a Armínio Fraga, são esclarecedoras sobre o estilo da moçada. 

Seria fácil rebater aos críticos de Armínio como futuro ministro de Aécio. Armínio é uma pessoa respeitável e admirada no mundo inteiro. Dona Dilma deveria, isso sim, justificar a gangue que a acompanha: Sarney, Maluf, Newtão, Renan Calheiros, Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio, Vaccari, Paulo Roberto Costa, Lula e mais uma infinidade de trapaceiros cuja enumeração exigiria um volume igual ao de uma lista telefônica.

A vacina para cavalos que foi contabilizada como gasto de saúde durante o governo de Aécio, em Minas Gerais, mereceu uma nota oficial da FUNED (segue abaixo). Este é um exemplo definitivo da má fé, da desonestidade intelectual e do maucaratismo dos petistas. Contra essa canalha, não se pode dormir no ponto.


                                   NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FUNED:


“Em relação à contestação da candidata do Partido dos Trabalhadores no debate realizado na Rede Record no último dia 19 de outubro, que questionou a inclusão de despesas com Vacina para Equinos como gasto em Saúde, conforme teria sido apontado por um Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, esclarecemos que:
A Fundação Ezequiel Dias é um dos 04 (quatro) produtores nacionais de soros antitóxicos. Atualmente, toda a produção de soros do país passa em algum momento pela FUNED, através de um processo de produção compartilhada entre os laboratórios oficiais, autorizado pela ANVISA,
Para cumprir com esta importante missão, mantém uma Fazenda Experimental em Betim, onde são criados 129 equinos (número atual).
O processo de produção dos soros inicia-se na extração do veneno dos animais peçonhentos e, posterior, inoculação nos cavalos para produção de anticorpos.
Posteriormente, parte do plasma destes animais é extraído e processado, de modo a gerar o produto final (soro).
Mensalmente são produzidos 1.200 litros de plasma, possibilitando uma produção anual exclusiva da FUNED de cerca de 150.000 doses/ano.
Em função da manutenção da qualidade dos produtos, a FUNED mantém um programa profilático e vacina todos os equinos da Fazenda São Judas Tadeu com a vacina tríplice.
Esta vacina protege contra Influenza Equina, Encefalomielite Equina e Tétano. A recomendação técnica preconiza a revacinação de todo o rebanho anualmente.
Sendo assim, a vacinação em questão É ESSENCIAL para a geração de um produto de saúde, sendo portanto compreendida como gasto em saúde.
A afirmação feita pela candidata é infeliz, pois demonstra ou um uso inadequado da informação para fins eleitorais ou um desconhecimento do Sistema Nacional de Saúde, em especial de um processo tão crítico para o país, para o qual a FUNED, um laboratório de Minas Gerais, tem sido o grande parceiro estratégico do Ministério.
Cabe ressaltar que é devido a atuação da FUNED na produção compartilhada que está sendo possível a manutenção dos estoques e a garantia do sucesso do Programa Nacional de Imunização e da saúde da população brasileira.” 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Os partidos na Constituição da Alemanha



Após a trágica experiência do período hitlerista, o povo alemão acordou para as consequências de se permitir o funcionamento de organizações como o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães - o Partido Nazista.

O Brasil também ainda acordará de sua letargia. A atual campanha eleitoral coloca a nu a natureza totalitária e predatória do Partido dos Trabalhadores - o PT. Um remédio constitucional, para permitir ao Brasil se precaver contra os atentados às instituições, está posto no artigo 21 da Constituição da República Federal da Alemanha que segue abaixo. Os constitucionalistas brasileiros, que apreciam tanto as doutrinas alemãs, bem poderiam por a circular tão singela formulação. 

"Artigo 21

[Partidos]

(1) Os partidos colaboram na formação da vontade política do povo. A sua fundação é livre. A sua organização interna tem de ser condizente com os princípios democráticos. Eles têm de prestar contas publicamente sobre a origem e a aplicação de seus recursos financeiros, bem como sobre seu patrimônio.

(2) São inconstitucionais os partidos que, pelos seus objetivos ou pelas atitudes dos seus adeptos, tentarem prejudicar ou eliminar a ordem fundamental livre e democrática ou por em perigo a existência da República Federal da Alemanha. Cabe ao Tribunal Constitucional Federal decidir sobre a questão da inconstitucionalidade.

(3) A matéria será regulamentada por leis federais".

domingo, 19 de outubro de 2014

Petrolão: mais além que um assalto

O famoso professor de matemática, Delúbio Soares, podia não dominar bem todas as quatro operações, mas tinha estranha capacidade profética. Segundo ele, após alguns anos, o caso do mensalão ainda viraria piada de salão. E não é que o professor estava certo? Perto do petrolão, a gatunagem em que ele, Marcos Valério, Zé Dirceu, Genoíno e dezenas de outros se envolveram, parece coisa de pivete principiante. Pode-se até vê-los com a mesma complacência creditada a Santo Agostinho, também ele afeito, na juventude, a alguns reprováveis malfeitos. Furtar frutas dos quintais dos vizinhos, porém, era o máximo a que se permitia o futuro santo, bispo de Hipona. 

As roubalheiras patrocinadas no regime de Lula e Dilma, após o treino com a mensalão, adquiriram escala industrial. Mais que roubar, no entanto, o projeto buscava destruir a ordem institucional, um pré-requisito para a revolução política que a turma almejava. 

Os petistas já o declararam inúmeras vezes: não se constituíram para administrar as crises de uma sociedade capitalista. Sua missão seria, isso sim, construir as bases de um mundo socialista, tal qual eles o entendiam e persistem em entender. Caberia, então, fazer tudo para apodrecer as bases normativas que organizam o povo brasileiro. Somente nesta perspectiva se pode compreender o assalto sistemático aos valores (inclusive os monetários), aos costumes, às instituições, às leis e, sobretudo, à Constituição, violações estas em que os petistas e associados foram autores, e o Brasil a grande vítima. 

O enfrentamento dessa gente deveria começar com emenda à Constituição que colocasse fora da lei todas as organizações cujos membros, velada ou explicitamente, atentem contra a democracia constitucional. Os crimes políticos cometidos pelo petismo nos últimos doze anos (curiosamente o mesmo período de duração do regime nazista), precisam ser enfrentados na sua raiz. Assim como se fez no pós guerra o julgamento de Nuremberg, há que se julgar agora os atos dessa gangue proto-fascista encabeçada por Lula. A Papuda, Deus o queira, os espera.