quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Os dois projetos

Na sua costumeira visão dicotômica - nós contra eles - os petistas não fazem mais que atualizar o preceito de Jdanov, ex-ministro de Stálin, sobre a maneira como o mundo deve ser compreendido: a teoria dos dois campos. 

Pois bem, aceitemos os termos em que a turma quer estabelecer a próxima disputa eleitoral. Vejamos, por exemplo, quem são os apoiadores de dona Dilma.













Evidentemente, há lacunas na foto acima. Cafajestes notáveis, a começar por Lula, teriam lugar de "honra" ao lado de dona Dilma. Mas esse é um problema técnico de difícil superação. Nenhuma imagem, mesmo recorrendo à mais notável tecnologia, cobriria a vasta relação de fanáticos, corruptos, viciados, ladrões, mentirosos, liberticidas, totalitários, traficantes e devassos que se abriga no campo deles. Não é coincidência; há que ter uma lógica a explicar a atratividade mútua que estabelecem. 

Quem tiver alguma dúvida pode fazer o teste: quem são os mais notórios patifes municipais, estaduais ou federais que o leitor conhece? Se não estiverem apoiando Dilma agora, ainda irão fazê-lo no futuro. Antigo bordão publicitário anunciava que "pensou cerveja, pediu Brahma Chopp", numa associação quase que automática entre uma coisa e outra. Igualmente quanto à corrupção nos últimos doze anos; pensou em roubalheira, tem alguém do PT envolvido. Seria quase que uma lei sociológica, ou um carma, ou um destino escrito nas estrelas. Quem sabe, uma praga, uma maldição?

O povo brasileiro deveria fazer um favor a si mesmo: dizer NÃO a eles no próximo domingo. Derrotar essa gente é pavimentar o caminho que os obrigará a frequentar o trabalho e, melhor ainda, abrirá a senda que os levará à Papuda. O drama consumado em 26 de outubro se resume, portanto, à escolha, de um entre dois campos: um governo de homens honestos capitaneado por Aécio, ou uma tirania de gatunos inescrupulosos, sob a batuta de dona Dilma. É uma escolha fundamental à qual ninguém pode se furtar. Pesa contra Aécio o apreço que as massas têm por canalhas. Na primeira eleição direta da história, Barrabás (uma espécie de Lula da época), foi o vencedor. Quem representava a Verdade e o Caminho da salvação acabou vilipendiado no madeiro, sobre o Gólgota, ao lado de Gestas e Dimas. 

A herança maldita que o regime lulo-petista deixará aos pósteros pode ser entendida como uma fratura exposta (título, aliás de grande romance de Jetter Neves), com enxames de varejeiras já rondando as feridas. Nem os generais do período autoritário conseguiram tal façanha. Parabéns, petistas, parabéns. Qualquer que seja o resultado das eleições, o Brasil pagará alto preço pelo que fizeram ao povo brasileiro. 

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