quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vaccari: ministro da Fazenda de Dilma

Dona Dilma não se cansa de criticar e condenar as escolhas alheias, em vez de mostrar ao eleitorado suas próprias opções. Aécio fez uma ousada manobra: apresentou ao público o nome daquele que será seu ministro da Fazenda - Armínio Fraga - caso ele seja eleito no próximo domingo. Armínio é um técnico respeitado e admirado por sua competência, não só aqui no Brasil, como também internacionalmente. Além do mais, é honesto. Ser honesto deve ser obrigação de todos. Mas em vista dos padrões usuais das administrações petistas, já faz um enorme diferencial ter assessores que primam pela integridade.

Dona Dilma, no entanto, não tem coragem de sugerir um nome que seja para seu ministério da Fazenda. Dada a legião de petistas, seria implausível que não houvesse ninguém melhor que Guido Mantega disponível na praça. Suspeita-se que o escolhido, o nome in pectore, é o do tesoureiro do PT - um tal João Vaccari - talvez o especialista que melhor encarne a natureza das relações financeiras que os atuais governistas estabelecem com o erário. Delúbio, outro craque, infelizmente está proibido pela Justiça federal de se credenciar para o cargo. Não que ele não tenha qualificações. Elas são abundantes e extravasam qualquer medida. 

Pela experiência, eficiência e dedicação, no entanto, o melhor indicado seria Vaccari. Seu envolvimento com as negociatas da Petrobrás, dos fundos de pensão, de Itaipu e, sabe Deus que mais, fazem-no o candidato natural para gerenciar a portentosa máquina da fazenda pública. 

No último debate deste segundo turno, dona Dilma poderia esclarecer isso, em vez de ficar preocupada com as escolhas de Aécio. Quem nomeou ministros e dirigentes que foram defenestrados dos cargos, após denúncias da imprensa e, não por investigação oficial, foi dona Dilma. Seu dedo podre só poderá escolher mesmo outras figuras, tão apagadas e medíocres como as que ornamentam seu balofo ministério. 

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