tag:blogger.com,1999:blog-70591624245939810012024-03-13T10:49:17.931-07:00Professor Antônio MachadoCríticas e comentários sobre os acontecimentos politicos nacionais e regionais. Serão abordadas ainda as questões energéticas, ambientais e educacionais, com sugestões de leituras e resenhas de obras sobre estes temas.Unknownnoreply@blogger.comBlogger1462125tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-25944399042402720652021-04-16T03:50:00.000-07:002021-04-16T03:50:22.228-07:00Os sabichões do Supremo<p> Nas histórias em quadrinhos do Brucutu há uma hilariante coleção de personagens: o rei Guz, a rainha Umpa e mais outras ridículas figuras dentre as quais se destaca o Grande Sabichão. Este é o sábio, o feiticeiro, o <i>factotum </i>da aldeia. Nada escapa à sua percuciente análise do que seja o correto caminho da cura dos malefícios que eventualmente aparecem, sejam eles físicos ou espirituais. Ao contrário do que acontece no Supremo Tribunal Federal da pátria, no qual se pavoneiam onze sabichões, a tribo pré-histórica de Brucutu<i> </i>só tem um exemplar deste sábio. Talvez essa diferença numérica seja um indicador de potência civilizatória: mais sofisticado o grupo humano, em qualquer tempo e lugar, mais sabichões serão necessários para a manutenção da lei e da ordem, além do bem estar e segurança de todos.</p><p>Quem sabe o Brasil não esteja a necessitar de mais sabichões, para ilustrar e fortalecer seu máximo tribunal? O Sinédrio judaico possuía, naqueles tempos bíblicos, um total de 71 membros. Os pouco mais que uma dezena de magistrados, do Supremo atual, estão muito aquém daquele número. No entanto, vem recebendo tal carga de demanda que criou-se uma situação quase desumana, verdadeira exploração do outro, análoga à condição de escravo. Os sabichões do Supremo, qualquer um pode notar, aparentam evidente ar de canssaço , obrigados a ler enfadonhos relatórios uns para os outros. Possivelmente, estão remoendo dentro de si enquanto pensam na vasta coleção de processos estocados nos depósitos e gavetas de suas repartições; e sofrem antecipadamente com a torturante imagem de que algum dia precisarão ouvir a mesma xaropada; muito mais choro e ranger de dentes que horas de seda e ouro. <br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-66177281239174001952020-07-15T02:18:00.000-07:002020-07-15T02:18:19.790-07:00Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-58950075341070021542020-07-13T12:18:00.002-07:002020-07-13T12:18:43.473-07:00Harmonia e cacofonia<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ministros do Supremo Tribunal Federal, bem como presidentes do Senado e da Câmara dos deputados, não se cansam de, dia sim, dia não, proclamar as altas virtudes da separação dos poderes, a fim de justificarem suas abusivas intromissões no campo de competência do presidente da república. Tais manifestações de tão altos juízes togados criam, ao contrário da harmonia estipulada constitucionalmente, uma infernal cacofonia. Algo parecido com uma orquestra composta por vuvuzelas, caxirolas e berimbaus agrupados num bando de dimensões equivalentes ao somatório do número de magistrados das Cortes Superiores. Obedecido o critério, isso vai pra lá de meia centena de participantes, todos vuvuzelando, caxirolando e berimbausando. Nem Dante imaginou ruídos tão infernais para seus condenados. Seria esta, de fato, a mais perfeita imagem de cacofonia, com a orquestra de vuvuzelas, caxirolas e berimbaus comandada por um ensandecido Barbarícia. Somente este, postado como maestro da turma, demônio indecente que era, portava instrumento diferente daqueles outros, ao fazer de tuba o traseiro rodopiante, conforme apontou o memorável poeta florentino. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Harmonia, ao contrário, exige instrumentos de outra ordem. No paraíso a bem aventurança é gozada não apenas pela presença de Deus, mas pelas melodias harmoniosas que brotam do violino de Bach, e se espalham eternamente pelo éter, para gáudio das almas escolhidas, aquelas que buscaram com sinceridade cultivar a harmonia como princípio, em todas as oportunidades com as quais se depararam em vida. </span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"> </span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-7305926987456658052019-06-26T06:45:00.000-07:002019-06-26T06:50:08.217-07:00Queima de pneus, morte de inocente<!--[if !mso]>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ricardo Kertzman publicou em seu blog - no dia 18 de
junho do corrente – o texto que segue abaixo. Pouca coisa há a acrescentar às
suas considerações. Talvez, apenas, a cobrança da responsabilidade de notórios
dirigentes acadêmicos e sindicais, patronos da selvageria que se viu no dia 14
de junho. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Que os piromaníacos fazem parte da comunidade universitária da UFMG ninguém
duvida. A queima de pneus resultou na torturante morte de uma mulher de 53 anos,
mãe de oito filhos, que seguia para o trabalho habitual de faxineira no centro
da capital mineira. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A imprensa, ao que parece, não noticiou qualquer
manifestação de solidariedade à família enlutada provinda da Reitoria nem dos
sindicatos de professores e dos funcionários e, muito menos, dos inúmeros grupos
de estudantes intoxicados, estes, não pela fumaça venenosa de pneus em chamas, mas
pelo discurso de ódio gestado no gramscismo que impregna as salas de aulas. Os
alunos, na sua trajetória pela vida poderão, para seu infortúnio, dizer, amanhã,
que aprenderam muitas coisas na universidade, inclusive a matar inocentes. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">E
nem precisarão pedir desculpas pela participação comissiva nem omissiva no
resultado do homicídio daquela pobre vítima. Afinal, se a cúpula da instituição
pouco, ou nada fez nessa direção, ficam todos desobrigados de proporcionar
qualquer reparo à família enlutada, mesmo que apenas moral. Nota-se que um
silêncio cúmplice une todos os partícipes. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O Ministério Público bem poderia
chamar a si a apuração da responsabilidade criminal e civil dos envolvidos,
direta ou indiretamente, no trágico episódio<span style="color: #dd9933;">. </span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #dd9933;">---------------------------------------------------------------</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 28.05pt; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Mulher,
pobre e preta só servirá como cadáver a ser explorado sendo de esquerda (</span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ricardo Kertzman)</span></span> </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;"></span><span style="color: #6b6b6b;"> </span></span></span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Edi Alves Guimarães
não é ninguém. Ou melhor não era, pois faleceu nesta segunda-feira, dia 17 de
Junho, após quatro dias internada na UTI.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Edi era pobre, mãe
de oito filhos e uma trabalhadora comum, destas que enfrentam horas e horas
para ir e voltar do trabalho todos os dias.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Você nunca ouvira
falar dela antes, e provavelmente jamais ouvirá outra vez. Foi morta, asfixiada
pela fumaça de pneus queimados na Av. Antônio Carlos, em Belo Horizonte.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Para seu azar, e
azar ainda maior da prole que aqui ficou, Edi foi assassinada por terroristas
travestidos de “manifestantes”.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Por quê? Ora,
porque</span><b><span style="color: #6b6b6b;"> “Xô, Bolsonaro”; “Reforma da
Previdência, não” </span></b><span style="color: #6b6b6b;">e</span><b><span style="color: #6b6b6b;"> “Moro corrupto”</span></b><span style="color: #6b6b6b;">servem de desculpa
para a esquerda brasileira matar.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Em 2014, Santiago
Ilídio Andrade, de apenas 49 anos, também trabalhava quando foi assassinado por
“militantes” que estavam no local.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Santiago era o
cinegrafista da Band, atingido na cabeça por um foguete disparado contra
policiais militares.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Em ambos os casos,
os assassinos foram tratados como meros manifestantes ou militantes políticos,
protestando democraticamente nas ruas.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Imagino o que não
teria acontecido caso os mortos fossem petistas ou psolistas, acidentalmente
abatidos por policiais ou militares das Forças Armadas.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Imagino o que não
teria acontecido acaso os mortos vestissem camisetas com o Che Guevara ou Lula
Livre estampados.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Toda morte violenta
choca, mas algumas, para alguns, mais que as outras, pois há que se levar em
conta o </span><i><span style="color: #6b6b6b;">pedigree</span></i><span style="color: #6b6b6b;"> do(a)
falecido(a).</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Mulher, pobre e
preta só serve como defunto a ser politicamente explorado se for de esquerda
e/ou vestir camiseta e boné do MST.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Gay, pobre e preto
idem. Do contrário, que o anonimato, o esquecimento e a impunidade tomem conta
do infeliz.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Já passou da hora
de termos uma lei que puna severamente e que equipare a terroristas esses
assassinos hediondos.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Quantos não perdem
a vida tentando chegar a um hospital, sitiado por pneus queimados e arruaceiros
vândalos interditando ruas, avenidas e estradas?</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Em muito menor grau
e prejuízo, quantos não perdem nascimentos, casamentos, batizados, formaturas e
viagens?</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Datas que não se
repetem, dinheiro que não se recupera, corpos mutilados e vidas que se perdem
como se tudo fosse normal e corriqueiro como se chatear com o miado do gato
vizinho.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Mas ai de quem
propuser uma lei assim. Será taxado pela esquerdopatia canina como fascista,
ditador, intolerante e sei lá mais o quê do jargão monotemático das bestas.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">O Brasil prefere a
covardia ao enfrentamento. Prefere as mortes ao embate político. Prefere matar
e morrer, pois mais fácil assim.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Em mais dois ou
três dias, ninguém falará (alguém falou?) mais da Edi. Afinal de contas, ela
não era assim uma Brastemp, ou melhor, uma Marielle Franco.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 9.35pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #6b6b6b;">Pobre coitada.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-24060735057610156532019-05-01T07:29:00.000-07:002019-05-14T01:03:07.553-07:00Universidades e rinocerontes<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em curiosa passagem de sua autobiografia, Paulo Duarte dizia que as universidades haviam sido invadidas pelos rinocerontes, ali pelos idos de 1970. Homem refinado e profundamente envolvido com a política e a educação, Paulo Duarte, um dos fundadores da USP, tinha credenciais suficientes para julgar os acontecimentos derivados daqueles, dos quais participara ou testemunhara. Sua atuação foi decisiva - junto com os Mesquita e seu prestigioso jornal - para a vinda das missões estrangeiras que ajudaram a instalar a jovem e pioneira universidade paulista. Outro relato a respeito desses tempos, agora sob a perspectiva de um dos mestres franceses (Claude Lévi-Strauss em seu monumental ensaio<i> Tristes Trópicos</i>), permite enriquecer a visão sobre a dinâmica e o ambiente da época. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sim, os rinocerontes invadiram as universidades. Problema maior decorrente de tal fato é a fecundidade das bestas. Multiplicaram-se prodigiosamente, ao estilo de Ionescu (felizes, quase deuses), passando a fazer parte indissociável da paisagem onde se instalaram. Agora, transitam não só pelos campi universitários mas, também, desfilam altaneiros por outros espaços das cidades. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O governo Bolsonaro terá enormes dificuldades com essas alimárias. Qualquer ameaça, por menor que seja, de esvaziar o cocho habitual, provocará imensa resistência, em especial dos docentes, alunos e técnicos administrativos. As reações ao contingenciamento anunciado pelo Ministério da Educação servirão de alerta para o governo federal. Este poderá ter na manga alguns trunfos. Por que, não, reduzir drasticamente os gastos com os chamados Serviços de Terceiros? Limpeza, vigilância, conservação e outros, como manutenção e alimentação, bem poderiam ser executados pelos alunos das instituições públicas, em escala de rodízio. Tais atividades estariam inclusas no plano de ensino das diferentes unidades acadêmicas. Uma multidão de gente terceirizada ficaria disponível para trabalhar em outros ramos e entidades existentes na sociedade. Seria uma forma de combater parte da herança senhorial e escravocrata que nos avassala. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um passeio pelos campi permite construir uma imagem desse anacronismo. Enquanto milhares de alunos dessas madraçais estudam os textos sagrados do gramscismo, inumeráveis e opacas figuras, como sombras vivas, manejam suas vassouras e baldes d'água pelas salas, banheiros e corredores para que os sinhozinhos e sinhazinhas se sintam alegres e confortáveis ao longo de estafante dia de trabalho e estudo (ufa!). </span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-9218520513938451522019-04-22T03:41:00.000-07:002019-06-27T05:06:52.609-07:00O STF recrudesceu <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em tempos já idos e vividos, quando um general das antigas se incomodava por qualquer dá cá esta palha do dia a dia, ele ameaçava recrudescer. Este curioso verbo é dicionarizado como "transformar em algo ou alguém mais intenso: tornar-se mais forte, exacerbar. Reviver os sintomas mais intensos e alarmantes da doença; agravar-se". </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Dois ilustres ministros do STF passaram, então, do cogitado ao executado: recrudesceram, e saíram a prender qualquer cidadão no qual enxergassem alguma conduta delitiva, principalmente, se se referisse a algum reparo às inumeráveis presepadas com as quais os onze sábios do supremo sinédrio nos brinda quase que diariamente. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">No período pascal ficaria bem lembrado o julgamento do Divino Mestre pela gangue comandada por Anás e Caifás. Pai e filho se preocupavam sobremaneira com o rumo dos negócios praticados à sombra das arcadas do templo. Pela primeira e única vez, o filho do Eterno se enfureceu e saiu a chicotear o bando de traficantes que contavam, certamente, com o apoio decisivo dos empreiteiros de então. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A hipótese não é absurda. Naqueles tempos, palácios, estradas, termas, diques, canais, fortalezas e similares eram construídas por gente especialmente devotada a tais empreendimentos. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A narrativa maçônica sugere a relevância dos construtores para a vida humana em termos de segurança, conforto e prática devota. Centra-se, para isso, na trajetória do arquiteto Hiran Abif, um empreiteiro dos bons e do bem, assassinado por concorrentes, ao que parece, invejosos do seu poder e competência. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Nada mais corriqueiro, portanto, que os vínculos orgânicos que empreiteiros de todos os tipos e calibre estabeleciam com os donos do poder secular e temporal. Afinal, se obras precisam ser realizadas, é necessário que alguém as encomende e, principalmente, pague por elas. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">É claro que havia riscos no negócio. Calígula, por exemplo, que foi um grande realizador de obras monumentais durante seu curto reinado (segundo Suetônio), costumava mandar decapitar os empreiteiros que não fossem eficientes. Esse costume um tanto bárbaro, bem poderia ser recuperado em nome do interesse público. Seria um estímulo irresistível. É tentador pensar, igualmente, nos juízes escorchados por desídia ou venalidade.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Voltando ao começo. É possível que os arroubos de virilidade, vistos no recrudescimento de dois juízes <i>fakes </i>do STF, sejam prenúncio de novos e arejados tempos. Quem sabe tudo não seja mais que insidiosa manobra para permitir por linhas transversas um efetivo questionamento sobre o anacronismo do próprio Supremo e de suas inconveniências?</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">DiasTóffoli e Alexandre Moraes estão se autoimolando em benefício da morigeração do judiciário. A incompreensão a respeito deles é a mesma que cerca Judas Iscariote, único da troupe do Divino Mestre a perceber que alguém deveria traí-Lo, para que se cumprisse a profecia. Os demais apóstolos queriam, primeiramente, obter as glórias do Paraíso. Não iriam por em risco a oportunidade ímpar de se ajeitarem entre os eleitos. Deixaram para o ecônomo o triste encargo da renúncia pessoal em prol dos demais. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Fantasia? Talvez não... Longa vida a Tóffoli e Moraes pela notável garantia que estão dando às liberdades públicas. Mesmo que por linhas tortas, aliás, tortíssimas. Pela traição que cometeram contra a Constituição estão contribuindo com a democracia, tal qual o Iscariote com os mistérios da Salvação. Que a dupla continue a recrudescer.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"> </span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-62875413597910555322019-04-20T04:02:00.000-07:002019-04-21T23:51:09.608-07:00Dias Tóffoli e Monteiro Lobato<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Não há como não se espantar com
situações onde a vida imita a arte. Monteiro Lobato, tão censurado por
energúmenos esquerdistas, tinha tal peculiar capacidade de escrever, ao contrário
de romancistas tradicionais. Sua prosa parece antecipar os fatos históricos e,
não, o sucedê-los. Veja-se, por exemplo, o incrível e profético “O presidente
negro ou o choque das raças”, publicado décadas antes da posse do presidente
Obama, nos Estados Unidos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">O caso, agora, do enrolado ministro, e
presidente do STF, faz lembrar, e muito, o delicioso “causo” do marido da
professora, do conto <i>O Chupim</i>, obra prima de sátira aos costumes do engenhoso
paulista, conterrâneo por acaso do espertíssimo ministro, teúdo e manteúdo da diligente patroa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A revista digital Crusoé afirmou que
o ministro Dias Tóffoli recebe uma mesada de R$ 100 mil de sua mulher, a
advogada Roberta Maria Rangel. Os repasses, segundo a reportagem, saem de uma
conta de Roberta no banco Itaú com destino a outra mantida em nome do casal no
banco Mercantil do Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Os repasses, de acordo com a
publicação, foram realizados ao menos desde 2015 e somam R$ 4,5 milhões. Dos R$
100 mil mensais depositados pela mulher de Toffoli, diz a revista, metade (R$
50 mil) é transferida para a ex-mulher do ministro, Mônica Ortega, e o restante
é utilizado para custear suas despesas pessoais. Nada de comparável com a avareza de dona Zenóbia, que controlava até os míseros ceitis com os quais o maridão do conto de Lobato comprava um eventual maço de cigarros, vício deplorável, segundo a professora. Ainda de acordo com a reportagem, a
conta é operada por um funcionário do gabinete de Tóffoli.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A revista revela que, em 2015, a área
técnica do Mercantil encontrou indícios de lavagem de dinheiro nas transações
efetuadas na conta do ministro, mas a diretoria do banco ordenou que as
informações não fossem encaminhadas para o Coaf, órgão de inteligência
financeira do Brasil. Todos os bancos são obrigados a comunicar ao Coaf
transações suspeitas de lavagem de dinheiro. O ministro Dias Tóffoli,no entanto,
não se manifestou sobre o caso. Essa é a parte do mundo real. A parte artística,
imaginosa, se for possível assim dizer, vem no relato abaixo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">O romance do chupim </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Monteiro Lobato</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Ouvíamos no cine a música precursora da
primeira fita, quando entrou na sala um curioso casal. Ela, feiarona, na idade
em que a natureza começa a recolher uma a uma todas as graças da mocidade, como
a lavadeira recolhe as roupas do varal. Tirara-lhe já a frescura da pele e o
viço da cor, deixando-lhe em troca as sardas e os primeiros pés de galinha.
Tirara-lhe também os flexuosos meneios de corpo, a garridice amável, os tiques
todos que, somados, formam essa teia de sedução feminina onde se enreda o homem
para proveito multiplicativo da espécie. Quase gorda, as linhas do rosto
entravam a perder-se num empaste balofo. Certa pinta da face, mimo que aos
dezoito anos inspiraria sonetos, virara verruga, com um sórdido fio de cabelo
no píncaro. No nariz amarelecido o <i>pince-nez</i> clássico da
professora que se preza. Em matéria de vestuário, suas roupas escuriças, mais
atentas à comodidade do que à elegância, denunciavam a transição do “moda” para
“fora da moda”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Ele, bem mais moço, tinha um ar vexado
e submisso de “coisa humana”, em singular contraste com o ar mandão da
companheira. O estranho do casal residia sobretudo nisso, no ar de cada um,
senhoril do lado fraco, servil do lado forte. Inquilino e senhorio; quem manda
e quem obedece; quem dá e quem recebe. Ela falava do alto; ele ouvia de baixo e
mansinho; caso evidente em que cantava a galinha e o galo chocava os pintos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Meu amigo apontou o homem com o beiço e
murmurou:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Um chupim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Chupim? — repeti interrogativamente,
estranhando a palavra que ouvia pela primeira vez.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Quer dizer, <i>marido de
professora</i>. O povo alcunha-os desse modo por analogia com o
passarinho-preto que vive à custa do tico-tico. Conheces?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Lembrei-me da cena tão comum em nossos
campos do tico-tico a pajear um graúdo filho de chupim, e pus-me a observar o
casal com maior interesse, mormente depois de começada a fita, relíssima
salgalhada francesa. Já eles não tiravam os olhos da tela, salvo o marido, que
para melhor ouvir algum comentário da esposa não se limitava a dar-lhe ouvidos,
dava-lhe olhos também.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Os chupins — prosseguiu o meu
cicerone — são homens falhos, ratés da virilidade — a moral, está claro, que a
outra lhes é indispensável para o bom desempenho do cargo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Cargo?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Cargo, sim. Eles desempenham o cargo
importantíssimo de maridos. Em troca as esposas ganham-lhes a vida e dirigem os
negócios do casal, desempenhando todos os papéis normalmente atribuídos aos
machos. Tais mulheres apenas fazem aos maridos a concessão suprema de
engravidarem por obra e graça deles, já que é impossível a revogação de certas
leis naturais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Quando a mulher vai à escola, fica o
chupim em casa cocando os filhos, arrumando a sala ou mexendo a marmelada. Há
sempre para eles uma recomendaçãozinha à hora da saída para a aula.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— As vidraças da frente estão muito
feias. Você hoje, quando as Moreiras saírem, passe um pano com gesso. (As
Moreiras são as vizinhas da frente.)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“O chupim acostuma-se à submissão e
acaba usando em casa as saias velhas da mulher, para economia de calças.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Para aí, homem de Deus! Do contrário
acabas contando a história de um que chegou a dar à luz um crianço!...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A fita chegara ao fim. Surgiu o galo
vermelho da Pathé, que boleou o pescoço num coricocó mudo e sumiu-se para dar
lugar ao reacender das lâmpadas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A mulher ergueu-se, espanejou-se e
saiu, seguida do chupim solícito. Acompanhamo-los de perto, estudando o caso, e
na rua, depois que os perdemos de vista, o meu amigo retomou o assunto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">— Em matéria de chupins conheço um caso
interessante. Que segui desde os primórdios.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Eduardinho Tavares, filho de tio e
sobrinha, nascera sem tara aparente, a não ser extrema dubiedade de caráter,
uma timidez de menina do tempo em que a timidez nas meninas era moda. Espécie
de criatura intermediária entre os dois sexos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Em criança brincava de boneca, de
preferência às nossas touradas, ao jogo dos ‘caviúnas’, ao ‘pegador’. Em
meninote, enquanto os da sua idade descadeiravam gatos pela rua, lia <i>Paulo
e Virgínia</i> à sombra das mangueiras, chorando sentidas lágrimas nos lances
lacrimogêneos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Fomos colegas de escola, e lembro-me
que um dia lá nos apareceu Eduardo com um pagagaio de miçanga verde, obra sua.
Eu, estouvado de marca, ri-me daquilo e escangalhei com a prenda, enquanto o
maricas, abrindo uma bocarra de urutau, rompia num choro descompassado, como
choram mulheres. Irritado, dei-lhe valentes cachações. Eduardo não reagiu;
acovardou-se, humilhou-se, feito o meu carneirinho. Só procurava a mim dentre
cem companheiros. Acamaradamo-nos daí por diante, o que não me impediu de o
fazer armazém de pancadas. Por qualquer coisinha, uma cacholeta. Ele ria-se,
meigo, e cada vez mais me rentava. Pus-lhe o apelido de Maricota. Não se
zangou, gostou até, confessando achar mais graça nesse nome do que no seu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Hoje eu estudaria esse tipo à luz de
Freud, como caso deveras notável; naquele tempo feliz de sadia ingenuidade
limitava-me a tirar partido da sua submissão, transformando-o em peteca, em
escravo, em coisa de que a gente põe e dispõe.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Saídos do colégio continuamos camaradas,
de modo que pude acompanhá-lo por um bom pedaço da vida afora. Nunca perdeu a
timidez donzelesca. Fugia às meninas, sobretudo se eram românticas, ou
acentuadamente mulheris — o meu gênero.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Fez-se misógino.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Por essas alturas casei-me — casei-me
com a moça mais feminina da época, uma romântica escapulida a Escrich, dessas
que têm medo às baratas e caem de fanico se um rato lhes corre pela sala — o
meu gênero, enfim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Eduardo permaneceu solteiro, sempre às
sopas do pai, até que este morreu e lhe deixou de herança uns prédios, mais uns
títulos. Sem tino comercial, passaram-lhe a perna, comeram-lhe casas e
apólices; quando o pobre rapaz abriu os olhos estava a nenhum. Recorrendo a mim
para um bom conselho de arrumação de vida, vi que não dava para coisa nenhuma —
e receitei-lhe a professora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Casa-te. Incapaz de ação como és,
tua saída única se resume em tirar partido da tua qualidade de macho. Casa com
moça rica, ou, então, com mulher trabalhadeira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Nada valeu o conselho. Eduardo não
tinha jeito para requestar mãos femininas, quer bem aneladas, quer muito
calejadas. Embaraçava-o a irredutível timidez.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Mas o diabo as arma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Um belo dia apareceu na terra uma
professora nova, mais ou menos ao molde desta de há pouco. Tipo de mulheraça
máscula, angulosa, ar enérgico, autoritária. Gostava de discutir política,
entendia de cavalos, lia jornais, tinha ideias sobre a seca do Ceará e o
saneamento dos sertões. Apesar de bem conservada, andava perto dos quarenta,
não fazendo nenhum mistério disso. Se não se casara até então, não é que fosse
infensa ao matrimônio: não achara ainda o seu tipo de homem, dizia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Pois não é que o raio da pedagoga vê
Eduardo e se engraça dele? Examina-o fulminantemente, como quem examina um
cavalo; mira-o de alto a baixo, interpela-o, dá-lhe balanço às ideias e aos
sentimentos, pesa-lhe o valor monetário, pede-lhe, ou, antes, toma-lhe a mão,
leva-o à igreja e casa-o consigo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Foi um relâmpago tudo aquilo. Em três
tempos namorado, noivado, casado e metido no gineceu, o pobre moço, quando
abriu os olhos, estava chupim para todo o sempre.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Dona Zenóbia sabia avir-se com a vida.
Ganhava-a folgadamente. Além da escola particular que dirigia, tinha a juros um
pequeno capital que não cessava de crescer, colocado a quatro ou cinco por
cento ao mês, sob garantias de toda ordem. Casada, continuou à testa dos
negócios; o marido, se aparecia nominalmente nalguma transação, era proforma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Encaramujado em casa da professora,
Eduardinho foi sonegado ao mundo e o mundo acabou esquecendo Eduardinho. Nunca
mais o viram na rua, ou nas festas, sem ser pelo braço da mulher, na atitude
encolhida daquele chupim do cinema.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Um filho nasceu-lhes nesse entretempo,
e começa aqui o mais engraçado da comédia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“A tantas, dona Zenóbia deu de gabar as
qualidades artísticas do esposo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Eduardo era um grande talento
literário, capaz de obras deveras notáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Vocês — dizia ela às professoras do
colégio — não sabem que tesouro perderam. Eduardo saiu-me uma verdadeira
revelação. É dessas criaturas privilegiadas que possuem o dom divino da arte,
mas que às vezes passam a vida inteira sem se revelarem a si próprias. Aqueles
seus modos, aquela timidez: gênio puro, minhas amigas! Vocês hão de vê-lo um
dia aparecer qual meteoro, alcançar a glória e cair como um bólide dentro da
Academia. Está escrevendo um romance que é um suquinho! Lindo, lindo!...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Esse romance levou meses a compor-se.
Todos os dias, no quarto de hora de folga que juntava as professoras na saleta
de espera, dona Zenóbia vinha com notícias da obra.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Está ficando que dá gosto! O
capítulo acabado esta manhã parece uma coisa do outro mundo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“E desfiava o enredo. Era o caso dum
moço loucamente apaixonado por uma donzela de cabelos loiros e olhos azuis. A
primeira parte do romance ia toda na pintura desse amor, lindo como não havia
outro, puro poema em prosa. E dona Zenóbia revirava os olhos, em êxtase.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“As outras professoras acabaram por
interessar-se a fundo pelo romance de Eduardo — <i>Núpcias fatais</i> —,
o qual virara folhetim vocalizado aos pedacinhos, dia a dia, pela pitoresca
dona Zenóbia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“A notícia correu pela cidade e isso
acabou reabilitando Eduardo da sua fama de Zé-faz-formas, <i>pax-vóbis</i> e
mais apelidos deprimentes de que é fértil o povo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Como a gente se engana! — diziam; —
Parecia uma lesma de pernas, ninguém dava nada por ele e no entanto é um
romancista!...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“As professoras davam à trela e o
enredo das <i>Núpcias fatais</i> corria de boca em boca pela cidade,
os lances de efeito gabados, com citação das melhores tiradas. <i>O
Popular</i>, noticiando o aniversário do moço, consagrou-o — ‘festejado homem
de letras’.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Dona Zenóbia sabia dosar a narração de
modo a manter as professoras suspensas nos lances mais comoventes. Houve um
trecho que as pôs pálidas de espanto. Era assim: Lúcia fora pedida pelo rival
de Lauro, o galã infeliz. O pai de Lúcia e toda a família queriam o casamento,
porque o monstro era riquíssimo, tinha casa em Paris, iate de recreio e um
título de conde prometido pelo papa. Já o triste do Lauro, coitado, para cúmulo
de desgraça, perdera uma demanda e estava mais pobre que Jó. As cartas em que
ele contava isso a Lúcia eram de chorar! Todos contra o mísero e tudo a favor
do monstro...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“O pai fizera uma cena horrível.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Antes ver-te morta do que ligada a
esse miserável... poeta!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“E a coitadinha, alanceada no mais
dolorido do coração, doida de amor, chorava noite e dia, encerrada no fundo de
escura cela.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Pobre mártir! — exclamavam com um nó
na garganta as compassivas professoras. — Por que não há de sair a sorte grande
para um desditoso destes? Peça ao seu marido, dona Zenóbia, que lhe faça sair a
sorte, sim?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Não pode. Prejudicaria o desfecho e,
ademais, não é estético — respondeu preciosamente dona Zenóbia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“E assim corria o tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“O romance era à moda antiga, em vários
volumes, sistema <i>Rocambole</i>. Já tinha acontecido o diabo. A moça
fugira de casa, raptada em noite de tempestade pelo cavaleiro gentil; mas o
dinheiro do monstro vencia tudo: foram presos e encarcerados, ela num convento,
ele num calabouço infecto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Mas quem pode vencer o amor? O
cavaleiro conseguira, iludindo os guardas, abrir um subterrâneo que ia ter ao
convento. Que tarefa ingente! Como as professoras deliraram acompanhando a obra
desesperada do homem - toupeira, a escavar com as unhas em sangue a terra fria!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Venceu, porém; alcançou o pavimento da
cela onde Lúcia chorava de amor e conseguiu falar-lhe. Que lance este, quando
Lúcia percebe o estranho murmúrio da voz subterrânea que a chamava! Era a
redenção, afinal!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Entendem-se e combinam a fuga. Um
barqueiro esperá-los-ia em tal lugar, à meia-noite etc. etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Dona Zenóbia parava nos trechos mais
empolgantes, deixando a assembleia ora em lágrimas, ora em arroubos de
indizível êxtase. Às vezes, quando estava de saia preta, em seus dias de
azedume, não adiantava a novela um passo sequer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Hoje, descanso. Eduardo está com um
pouco de dor de cabeça e não escreveu uma linha...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“As professoras ficavam pensativas...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Chegou por fim o dia da fuga, ponto
culminante da obra. Dona Zenóbia, perita na arte de armar efeitos, anunciou-o
de véspera.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— É amanhã o grande dia!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Mas escapam, dona Zenóbia? — indagou
uma torturada do romantismo, com a mão no seio palpitante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Não sei...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Pelo amor de Deus, dona Zenóbia! Eu
não posso mais! Se o monstro ganha a partida ainda esta vez, diga logo, porque
eu tiro umas férias e vou para a roça esquecer este maldito romance que já me
está deixando histérica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Paciência, filha! Como posso saber o
que lá se passa na imaginação do artista?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Mas peça a ele, peça por nós todas,
que desta vez não deixe os espiões do monstro descobrirem os fugitivos. Pelo
menos agora. Mais tarde vá, mas agora eles precisam de uns meses de recompensa.
Arre, que também é demais!...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“No dia seguinte dona Zenóbia apareceu
sorridente. As professoras em ânsias, ao vê-la assim, criaram alma nova.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Então? — exclamaram palpitantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Dona Zenóbia fez um muxoxo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Esperem lá. A coisa não vai a matar.
Eduardo neste momento atinge o ponto culminante da obra. Deixei-o com o olhar
em fogo — o fogo da inspiração! —, os cabelos revoltos, a cabeça febril. É o
momento supremo do <i>fiat!</i> Toda obra depende deste fecho de
abóbada. Como a solução do caso vem das profundas do subconsciente estético, e
ainda não viera até a hora de eu sair, pedi-lhe que me comunicasse o resultado
pelo telefone. Esperemos...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“As moças puseram os olhos no céu e as
mãos no peito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Meu Deus! — disse uma. — Estou com o
coração aos pinotes! Se Lauro é preso, se os emboscados o matam... O monstro é
capaz de tudo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Nisto vibrou a campainha do telefone.
Dona Zenóbia piscou para as amigas estarrecidas e foi atender.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Ficaram todas no ar, imóveis, trocando
olhares de interrogação, enquanto no compartimento vizinho dona Zenóbia
conversava com o grande artista.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Ele não para de chorar, Zenóbia. A
meu ver é cólica o que ele tem. Desde que você saiu que é um berro só. Já fiz
tudo, dei chá de erva-doce, dei banho quente — nada! Berra que nem um bezerro!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Você já cantou o Guarani?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Cantei tudo, o Guarani, o ‘Tutu já
lá vem’, o ‘Somos da pátria a guarda’... Mas é pior.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Deu camomila?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— A camomila acabou. Quis mandar a
negrinha buscar um pacote na botica, mas não achei o dinheiro...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Lerdo! E aqueles dois mil-réis de
ontem? Não sobrou metade? “— É que... é que comprei um maço de cigarros...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Sempre o maldito vício! Olhe, atrás
do espelho, perto da saboneteira azul, está uma pratinha de quinhentos. Mande
buscar a camomila, mas no Ferreira, que a do Brandão não presta, é falsificada.
Ferva uma pitada numa xícara d’água e dê às colherinhas. Dê também um clister
de polvilho. Mudou os paninhos?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Três vezes, já.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Verde?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Verde carregado, como espinafre.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Bem. Eu hoje volto mais cedo. Faça o
que eu disse, e fique com ele na rede. Cante a ária da <i>Mignon</i>, mas
não berre como daquela vez, que assusta o menino. Em surdina ouviu? Olhe: ponha
já as fraldas sujas na barrela. Escute: veja se tem água no bebedouro dos
pintos. A marmelada? Ora bolas! Deixe isso para amanhã. Bom, até logo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Dona Zenóbia largou o fone e voltou às
companheiras, que continuavam suspensas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Estes artistas!... — começou ela. —
Que é que vocês pensam que Lauro fez?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Fugiu! — disse uma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Deixou-se prender! — aventou outra.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Suicidou-se! — declarou a terceira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Ninguém adivinha. Lauro rompeu o
pavimento, entrou na cela e depois de uma grande cena resolveu fazer-se
frade!...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Foi um oh! geral de desapontamento.
Aquele fim imprevisto decepcionara a todas. Protestaram, e dona Zenóbia,
condoída, voltou atrás.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“— Estou brincando. Eduardo está hoje
com uma dor de cabeça danada e eu o aconselhei a descansar um bocadinho. Ficou
para outro dia o fim. Esperemos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“O romance do chupim tem hoje onze
anos. Já é menino de escola. Chama-se Lauro e, para reabilitação do sexo
barbado, puxou o caráter da mãe.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FACEA2; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="background: #facea2; color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">(Pesquisa e
adequação ortográfica: Iba Mendes)</span></i><span style="color: black; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-20719683005686035982019-04-10T11:44:00.000-07:002019-05-27T04:53:09.841-07:00O novo ministro da Educação e sua equipe<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Com a nomeação de novo ministro da Educação - professor Abraham Weintraub - o presidente Bolsonaro indica que vai conseguir botar alguma ordem no caos ministerial onde chafurdam os burocratas ideologizados e cevados no lulopetismo nos últimos 16 anos. Parafraseando o Mestre Darcy, c</span></span><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">uidado, ministro, com a</span></span> nuvem, não de gafanhotos, mas de "supervisores, orientadores, psicólogos, sociólogos, fonoaudiólogos, logopedistas, nutrólogos, curricólogos, audivisiólogos, comunicólogos" e outros que tais que infestam seu ministério. São capazes de babar nas escadas para que outros caiam e quebrem o pescoço. A escolha de sua equipe, como primeira sinalização para se estabelecer os melhores rumos da nossa educação, já enche de esperanças aqueles que pretendem acabar com a desonestidade orgânica do multitudinário sistema escolar do Brasil. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Chama a atenção o fato do novo ministro não se cercar, nos cargos estratégicos, de nenhuma pedagoga desmiolada, conforme era comum, por exemplo, no Conselho Nacional de Educação, nos tempos do lulismo, onde já tiveram assento figuras como aquela dama protonazista que reeditou, em plena Avenida Paulista, formidável queima de livros (similar à ocorrida em Berlim, em 1933), e uma outra, especialista em penteados afros e crítica feroz de Monteiro Lobato, considerado racista por causa de personagens, frutos de ingênua fabulação, contidas em sua obra literária infantil. Seria uma piada se não fosse digno de choro envergonhado e convulsivo. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não é preciso fazer longas elucubrações para se perceber a gravidade e a extensão dos problemas educacionais do país. Em seu livro seminal - <i>Nossa escola é uma calamidade</i> - editado naquele distante 1984, pela editora Salamandra - o professor Darcy Ribeiro fez uma crítica devastadora às pedagogias desvairadas que até então se praticavam nesse portentoso, ineficiente e, sobretudo, caro sistema escolar em todos os seus níveis: da educação fundamental, conforme se diz hoje, à pós graduação, das redes públicas municipal à federal, passando pelas redes estadual e particular. Ao que parece, os velhos vícios tão finamente percebidos por </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Darcy Ribeiro, em linha de continuidade com o pensamento de Anísio Teixeira, ainda continuam em vigor. Talvez, até piorados, se feita uma comparação justa. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Com o novo ministro e sua nova equipe ficam a expectativas de sucesso. Somente uma advertência final: reitere-se o necessário cuidado com os que se definem como pedagogos, educadores ou consultores que não ajuntam pedras, somente palavras; a eles, nenhuma função relevante. Dar-lhes espaço é o caminho mais curto para a inexorável ruína. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-46969537437875419182019-03-14T02:28:00.000-07:002019-03-14T02:33:27.360-07:00Tiburi, a escatológica<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Paris, o cu do mundo, é famosa pela sujeira e pela fedentina de suas ruas. Não é um conceito novo sobre a cidade. Montaigne já havia apontado, em seus Ensaios, tais peculiaridades urbanas, bem compartilhadas, aliás, com a italianíssima Veneza e seus canais parecidos com cloacas. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Correm vagas notícias que fescenina filósofa petista (uma dita Tiburi), vai se mudar de mala e cuia para a tradicionalíssima capital francesa. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Neste ambiente sempre houve clima para todo tipo de extravagância, como eleger o cu para objeto de devoção e reflexão (vá lá a concessão). Talvez possa ela, pela afinidade temática, se aproximar do pensamento de Pierre-Thomas-Nicolas Hurtaut, autor de popular obra - L'art de péter ou A arte de peidar - publicada originalmente em 1751, há quase três séculos, portanto. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Peidar, disse Hurtaut, pode se transformar em verdadeira "arme sociale". Maior afinidade que essa entre o francês e a brasileira, dificilmente será encontrada. Alguém pode alegar que Barbarícia, o demônio peidorreiro de Dante, tem precedência histórica no tocante aos usos do cu. Fica o registro para posterior investigação. O fato é que Tiburi fez a coisa certa. De Paris para Firenze o trajeto é rápido. Durante o percurso dá para afinar a própria trompa. Em homenagem à ex-candidata ao governo do Rio de Janeiro pelo PT, segue abaixo o soneto ao olho do cu, de coautoria entre Verlaine e Rimbaud. </span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Sonnet du Trou du Cul </div>
<br />
Arthur Rimbaud et Paul Verlaine <br />
<br />
<br />
Obscur et froncé comme un oeillet violet<br />
<br />
Il respire, humblement tapi parmi la mousse<br />
<br />
Humide encor d’amour qui suit la fuite douce<br />
<br />
Des Fesses blanches jusqu’au coeur de son ourlet.<br />
<br />
<br />
Des filaments pareils à des larmes de lait<br />
<br />
Ont pleuré, sous le vent cruel qui les repousse,<br />
<br />
À travers de petits caillots de marne rousse<br />
<br />
Pour s’aller perdre où la pente les appelait.<br />
<br />
<br />
Mon Rêve s’aboucha souvent à sa ventouse ;<br />
<br />
Mon âme, du coït matériel jalouse,<br />
<br />
En fit son larmier fauve et son nid de sanglots.<br />
<br />
<br />
C’est l’olive pâmée, et la flûte caline,<br />
<br />
C’est le tube où descend la céleste praline :<br />
<br />
Chanaan féminin dans les moiteurs enclos !<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-75193451164852007452019-03-08T05:03:00.000-08:002019-03-08T05:03:16.482-08:00Mulheres e política<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Presume-se que nesta data sejam rememoradas situações, e épocas, que permitam refletir a respeito do modo de viver das mulheres em todo o planeta. Um dos efeitos perseguidos diz respeito à construção de práticas solidárias frente à barbárie e o preconceito que atingem mais as mulheres que quaisquer outros setores da sociedade. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A participação feminina na vida política da comunidade é um dos pontos que mais merece a atenção de todos. Nas casas congressuais de qualquer nível, bem como no âmbito dos poderes executivo e judiciário, a presença das mulheres é desproporcionalmente menor que sua força demográfica. Uma das teses mais debatidas, aliás, é a que postula uma suposta melhoria do ambiente político, em decorrência da maior presença de mulheres como executivas, senadoras, deputadas ou vereadoras. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Focando o olhar na experiência brasileira recente, no entanto, uma nuvem de dúvidas pairaria sobre nossas cabeças. Mulheres como Dilma Rousseff, Ideli Salvati, Gleisi Hoffman, Jandira, Maria do Socorro, Vanessa Graziotim, Marta Suplicy e outras damas da mesma estirpe, se ocupassem majoritariamente o Congresso, ou as demais funções do governo, levariam o Brasil à destruição e à sua inviabilidade como nação. Nem Lula, chefe da quadrilha que assaltou os cofres públicos da nação, foi tão nefasto ao país. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Verdade que o mundo político abriga mulheres do maior valor. Elas são, entretanto, minoria dentro de uma minoria. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Boa parte das autoproclamadas lideranças das mulheres estão mais preocupadas com quotas que as beneficiem do que exercer o genuíno papel que se espera de lideres autênticos. Exemplo dramático está no silêncio constrangedor, das supostas lideranças feministas, quanto à mutilação genital feminina, que já atingiu mais de 120 milhões de crianças e jovens africanas.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Talvez - quem sabe? - tenhamos que esperar o presidente Bolsonaro tuitar as pavorosas imagens das mutiladas, para tornar pública e visível a nefanda prática e aí, então, lutar contra o desprezo pela integridade das mulheres, onde quer que estas se encontrem. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este dia 8 de março seria um bom dia para sinalizar, mais uma vez, a exigência da defesa daquelas pobres mulheres africanas; vale relembrar que o dia 6 de fevereiro é a data internacional de repúdio à MGF, data que passou em branco na sociedade brasileira. Alguma, das madames acima referidas, deu um pio sequer a respeito do assunto? Nem elas, que são brancas, nem as supostas lideranças negras mergulhadas em seus estéreis solilóquios raciais. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-23580203665435659342019-03-07T01:54:00.001-08:002019-03-07T01:54:10.205-08:00Alemães e o Brasil: a vocação mercenária<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Um jornalista alemão, dias atrás, publicou matéria em que criticava o atual governo brasileiro. Pela forma adotada por ele parece que o fez a soldo. Recebeu pronta resposta do ministro Ricardo Sales, do Meio Ambiente. Aqui, agora, apenas um pequeno comentário lateral.</span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">A vocação mercenária alemã é antiga. Pode ser rastreada em episódios que se perdem na história brasileira. O pitoresco caso de Hans Staden - arcabuzeiro a serviço das tropas portuguesas em luta contra os Tupinambá, em meados do século XVI - produziu famoso livro que foi lido até por Montaigne, conforme se depreende dos seus Ensaios.</span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">No início do século XIX, no bojo dos conflitos vinculados ao processo de independência do Brasil, Dom Pedro I usava, para se proteger, de um fornido magote de soldados oriundos de Hamburgo, mercenários, por suposto. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Não deve, pois, causar maior espanto encontrar na atualidade figuras, como o tal jornalista, retomando o papel de novo arcabuzeiro ou de novo pretoriano da guarda pessoal dos autoritários de sua devoção. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">É, tão somente, uma vocação esparramada ao longo dos tempos.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-77868091716639106272019-02-28T04:16:00.000-08:002019-05-27T04:56:48.214-07:00Cotas raciais<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O debate sobre as chamadas cotas raciais, tipo específico de política social compensatória, de clara natureza neoliberal, volta à ordem do dia. Esse tipo de orientação - é bom recordar - nasceu no seio de governos "direitistas" americanos, sobressaindo-se aí o período em que os Estados Unidos foram presididos por Richard Nixon. O antigo programa televisivo chamado <i>Vila Sésamo</i>, por exemplo, bem como o <i>busing</i> (dispersão e matrícula de alunos por diferentes escolas localizadas em bairros de diversificadas bases sócioeconômicas e demográficas), configuraram uma resposta política ao retrato da educação americana delineado pelo Relatório Colleman. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Soa algo irônico que os corifeus das cotas raciais de hoje tenham como inspiração doutrinária um notório conservador como Nixon. Algo parecido com a feroz defesa do FGTS que dele fazem líderes ditos de "esquerda". O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, criação genial do ministro Roberto Campos, ainda no tempo em que dirigia o Brasil o marechal Castelo Branco, foi apropriado de tal maneira pela pelegada sindical que até assento na Constituição Federal de 1988 ele, o Fundo, ganhou. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A imitação, ou o louvor de obras alheias, nada tem de mal em si mesmo. Tem, até, algo de virtuoso e de humildade política e filosófica ao reconhecer que uma coisa é boa, independentemente de sua autoria.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">É possível, no entanto, que a prática do mimetismo leve seus praticantes às tênues fronteiras que separam a flexibilidade do ridículo e da crueldade. O barroquismo mineiro apresenta curiosos exemplos. Um deles, que causa sincera admiração é a patética imitação de paredes de azulejos em igrejas barrocas. Não os havendo, pintava-se uma tábua com reproduções daqueles, e tudo ficava como se azulejos fossem. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Agora, o Brasil está a testemunhar as perniciosas invectivas de frades desocupados e de mulatos atrevidos no sentido de criar privilégios para os seus, reservando-lhes vagas nas instituições públicas de educação e, claro, polpudos cargos na frondosa burocracia governamental. E tudo chancelado e coordenado pelos que deveriam ser os primeiros a denunciar o renascimento espiritual do nazismo. Classificar alguém pela taxa de melanina da pele, ou pelo tipo de cabelo, ou pela espessura dos beiços, ou pelo nariz arreganhado só faz legitimar os caçadores de judeus, tal qual se deu no terrível período do nazifascismo alemão. Um nariz adunco era um passaporte garantido para um campo de concentração. Circuncidado, então, já ia direto para os fornos crematórios.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-33888238397728628642019-02-26T04:21:00.000-08:002019-02-28T03:21:30.432-08:00Macho e fêmea humanos<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 115%;"></span></b></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">A literatura médica, facilmente encontrável em páginas da
internet, é bastante popular e isenta de ambiguidade. Uma simples conversa com
ginecologistas ou urologistas pode comprovar tal fato. Fêmeas humanas não fazem
exame de próstata pela simples razão de não possuí-la. Já os machos humanos não
fazem o denominado exame de papanicolau, pela óbvia justificativa de não
possuírem colo do útero. Vejamos o significado de tais exames.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 115%;">Exame
papanicolau</span></b></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">“Papanicolau é um exame de rotina da mulher que se baseia
em uma análise citopatológica, isto é, das células do colo do útero. Sua função
é identificar possíveis alterações para que os tratamentos sejam realizados com
antecedência, evitando complicações mais sérias”</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">“O e<b><span style="font-weight: normal;">xame papanicolau</span></b>,
também chamado de esfregaço cervicovaginal ou colpocitologia oncótica cervical,
é um dos testes mais conhecidos pela população feminina. É ele que faz o
rastreamento do câncer de colo de útero, o terceiro tipo de câncer que mais
mata mulheres no Brasil”.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>O que é a próstata</b></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">“A
próstata é uma glândula, do tamanho de uma noz, presente no corpo do
homem. Essa glândula começa a se desenvolver, aumentando de tamanho, durante a
adolescência, devido à ação da testosterona, até chegar ao seu tamanho
médio, que é de aproximadamente 3-4cm na base, 4-6 na parte céfalo-caudal, e
2-3 na parte ântero-posterior”. </span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Onde a próstata se localiza</b></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">“A
próstata está localizada entre a bexiga e a pélvis do homem, estando à frente
do reto, que é a porção final do intestino, e, por isso, é possível sentir a
próstata através do exame de toque retal, realizado pelo médico”. </span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">“A função
da próstata no organismo é produzir parte do líquido que forma o esperma,
ajudando a alimentar e proteger os espermatozóides”.</span></span><br />
</div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">O que distingue um macho de uma fêmea não são suas roupas
ou adereços nem as atividades às quais se devotam. Muito menos, e isso é
fundamental, a imagem que cada um faz de si mesmo. O critério a ser considerado
universalmente é bem mais simples. Homem, ou macho, é aquele que se submete ao
exame de próstata; mulher, ou fêmea, é aquela que se submete ao exame de
papanicolau. Cirurgias ou amputações não modificam a realidade essencial dos
dois sexos. </span></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-50635615309046719462019-02-07T02:58:00.000-08:002019-02-07T02:58:13.067-08:00A capivara de Lula da Silva<br />
<span style="font-size: large;">A capivara de Lula, ao que parece, vai dando filhotes. Agora há pouco, o noticiário informa que ele recebeu nova condenação em processo criminal vinculado à Operação Lava Jato, em Curitiba. Não surpreendeu ninguém que o velho delinquente fosse mais uma vez apenado (já o fora em momentoso processo ainda percorrendo trâmites recursais).</span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Nelson Hungria dizia que "ninguém tem carta branca para cometer</span><br />
<span style="font-size: large;">crimes", isso lá pelos idos de 1942, quase oito décadas atrás. Lula da Silva, certamente, pensa o contrário, pois que se considera imune a qualquer punição pelos seus atos, em linha de confronto com o grande jurista. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">O mais ilustre penalista brasileiro recomendava ainda que "a aguilhada da pena devia atingir o criminoso para que ele acertasse o passo ao ritmo da ordem jurídica". É duvidoso, no entanto, esperar qualquer mudança de comportamento de alguém com o perfil de Lula da Silva. Somente a biologia, no devido tempo, poderá transformá-lo. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-57502519352239803172019-02-06T08:53:00.000-08:002019-05-27T05:04:00.353-07:00Mutilação genital feminina: dia internacional<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">O dia 6 de fevereiro é a data na qual se evoca o Dia Internacional de Tolerância Zero com a Mutilação Genital Feminina (MGF). Se é verdade que a chamada "matriz africana" contribuiu para os avanços civilizatórios compartilhados com o restante do mundo, a mutilação genital de meninas e moças cultivada por inumeráveis povos africanos, não passa de ato de barbárie impossível de ser justificado por qualquer pretexto idôneo. Alguns, os mais cínicos, arriscam justificar as mutilações das mulheres comparando-as com a prática imemorial do povo judeu, que faz a circuncisão dos homens. Nada mais falso. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">A verdade é que aqueles que navegam nas águas acríticas do multiculturalismo não conseguem dar explicações satisfatórias; preferem o silêncio que, no caso, tem sabor de cumplicidade com aquelas práticas e com quem as executa. São as mães e avós que conduzem o nefando ritual, apelando para estiletes, cacos de vidro e outros materiais cortantes. Falar que não se obedece ao mais elementar princípio de assepsia soa macabro, como se cuidados de higiene fossem suficientes para legitimar a infâmia que atinge, no seu cerne, os mais elementares princípios universais dos direitos humanos. Importante reiterar que a dignidade da pessoa humana é a rocha que sustenta a regulação da vida em qualquer ponto do planeta. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Números apurados por entidades insuspeitas, como a Anistia Internacional, indicam haver no mundo mais de 120 milhões de mulheres genitalmente mutiladas. Tal magnitude permitiria, até, equiparar a MGF ao genocídio, tal como conhecido e praticado, em locais e momentos históricos sobejamente conhecidos. Cabe lembrar, finalmente, que não apenas na África negra meninas sofrem tamanha brutalidade; ela persiste, também, em países asiáticos e, mesmo, na América do Norte e na Europa onde prosperam comunidades africanas ou africanizadas. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Não causaria espécie a ninguém se o Brasil, para onde correram muitos africanos nos últimos tempos, apresentasse a mesma deplorável ocorrência. Se médicos devem informar às autoridades sobre a incidência de determinadas moléstias, deveriam, igualmente, comunicar ao SUS constatação ou suspeita de mutilação genital de crianças e adolescentes. </span><br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-15188977079364038042019-01-25T11:57:00.000-08:002019-02-05T08:28:49.162-08:00Acidente em Brumadinho<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A mineradora Vale protagonizou, há algumas horas, mais um grave acidente ambiental, agora em Brumadinho, município da região metropolitana de Belo Horizonte. O rompimento de uma barragem de rejeitos minerários em tudo lembra aquele ocorrido no município de Mariana, considerado até agora o mais grave acidente ambiental do Brasil. A contaminação do rio São Francisco projeta, para as populações a jusante, impactos da maior significação. Vão se tornando tragédia acidentes que afetam duas das maiores bacias hidrográficas do Brasil.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Talvez tenha chegado a hora de convocar os acionistas da Vale a uma participação mais efetiva na resolução de crises provocadas pela empresa, consoante a responsabilidade objetiva que possuem, e da qual parecem querer se esconder. Cabe lembrar aqui que o controle acionário da Vale pertence aos notórios fundos de pensão das estatais. Se a satisfação dos acionistas é uma da pedras de toque do mundo empresarial, aos bônus deve corresponder, por outro lado, os simétricos ônus. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mais que nunca, urgem respostas para o povo brasileiro. Uma delas seria erigir um Museu dos Acidentes. Para que nunca sejam esquecidos aqueles que deixaram sua marca funesta nas pessoas e no meio ambiente. Um marco, um símbolo permanente dos danos sofridos pelo país. Talvez isso ajude a todos, no futuro, servindo de alerta e de orientação sobre os rumos a seguir. </span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-8605565172329766122019-01-17T13:39:00.001-08:002019-01-17T13:39:30.207-08:00Adélio Bispo Ravaillac: de quem é o braço que operou o punhal?<!--[if !mso]>
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Ravaillac: vida e infortúnio</b></span></span>
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<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">(Origem: Wikipédia)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"> </span></span></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Nascimento</b>:1578<b> </b><b>
</b></span></span></div>
</td>
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<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br />
<br />
</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
</td>
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<td style="height: 24.75pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 108.05pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Morte </b></span></span></div>
</td>
<td style="height: 24.75pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 157.8pt;" valign="top" width="210">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_maio" title="27 de maio"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">27 de maio</span></a>
de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1610" title="1610"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1610</span></a> (32 anos)<br />
<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris" title="Paris"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Paris</span></a><u>
</u></span></span></div>
</td>
</tr>
<tr style="height: 24.75pt; mso-yfti-irow: 2;">
<td style="height: 24.75pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 108.05pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</td>
<td style="height: 24.75pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 157.8pt;" valign="top" width="210"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></td>
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<tr style="height: 12.35pt; mso-yfti-irow: 3;">
<td style="height: 12.35pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 108.05pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Ocupação
</b></span></span></div>
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<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor" title="Professor"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">professor</span></a>
</span></span></div>
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<td style="height: 24.75pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 108.05pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Causa
da morte </b></span></span></div>
</td>
<td style="height: 24.75pt; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 0cm; width: 157.8pt;" valign="top" width="210">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Tortura" title="Tortura"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Tortura</span></a>
</span></span></div>
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<tr style="height: 12.35pt; mso-yfti-irow: 5; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td colspan="2" style="background: gainsboro; height: 12.35pt; padding: 3.75pt 0cm 3.75pt 3.75pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>François Ravaillac</b> (<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Angoul%C3%AAme" title="Angoulême"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Angoulême</span></a>,
<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Circa" title="Circa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">c.</span></a>
de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1577" title="1577"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1577</span></a>
— <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris" title="Paris"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Paris</span></a>,
<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_Maio" title="27 de Maio"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">27 de Maio</span></a>
de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1610" title="1610"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1610</span></a>)
foi o assassino de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_IV_de_Fran%C3%A7a" title="Henrique IV de França"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Henrique IV</span></a>, Rei de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a" title="França"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">França</span></a>,
em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/14_de_Maio" title="14 de Maio"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">14 de Maio</span></a>
de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1610" title="1610"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1610</span></a>.
</span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><input checked="" type="checkbox" /></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Biografia</b></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">A família
Ravaillac estabeleceu-se em <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Angoumois&action=edit&redlink=1" title="Angoumois (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Angoumois</span></a>
no início do século XVI e possuía em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Angoul%C3%AAme" title="Angoulême"><span style="color: windowtext;">Angoulême</span></a>, desde esta época, escritórios de
política através dos quais muitas famílias burguesas chegaram inicialmente a
cargos públicos ou judiciários e depois até mesmo à nobreza. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">François
Ravaillac começa sua vida primeiramente como servidor e a seguir torna-se
professor. Muito religioso, tenta entrar na Ordem dos "<i><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Feuillants" title="Feuillants"><span style="color: windowtext;">Feuillants</span></a></i>". Seu noviciado
fracassa devido a suas "<i>visões</i>". Tenta então entrar para a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus" title="Companhia de Jesus"><span style="color: windowtext;">Companhia de Jesus</span></a>
em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1606" title="1606"><span style="color: windowtext;">1606</span></a>, não sendo aceito por já ter
pertencido a outra religião. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1609" title="1609"><span style="color: windowtext;">1609</span></a>,
tem uma visão ordenando que convença <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_IV_de_Fran%C3%A7a" title="Henrique IV de França"><span style="color: windowtext;">Henrique IV</span></a>
a converter os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Huguenotes" title="Huguenotes"><span style="color: windowtext;">huguenotes</span></a>. Incapaz
de encontrar-se com o rei, interpreta a decisão real de invadir os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos_Espanh%C3%B3is" title="Países Baixos Espanhóis"><span style="color: windowtext;">Países Baixos
Espanhóis</span></a> como o início de uma guerra contra o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa" title="Papa"><span style="color: windowtext;">Papa</span></a>.
</span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"></span></span><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">O Assassinato de Henrique IV</span></span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/14_de_Maio" title="14 de Maio"><span style="color: windowtext;">14 de Maio</span></a> de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1610" title="1610"><span style="color: windowtext;">1610</span></a>,
Ravaillac rouba uma faca dum <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Albergue" title="Albergue"><span style="color: windowtext;">albergue</span></a>. Esconde-se
na <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Rue_de_la_Ferronnerie&action=edit&redlink=1" title="Rue de la Ferronnerie (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Rua
de la Ferronnerie</span></a>, em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris" title="Paris"><span style="color: windowtext;">Paris</span></a> (no atual <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Quartier_Les_Halles_(Paris)" title="Quartier Les Halles (Paris)"><span style="color: windowtext;">Quartier des
Halles</span></a>; as armas de Henrique IV, esculpidas no chão, indicam hoje o
local exato do <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Regic%C3%ADdio" title="Regicídio"><span style="color: windowtext;">regicídio</span></a>). Aí espera
pela passagem da carruagem real, já que o rei havia decidido dirigir-se ao
Arsenal para visitar seu ministro <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Maximilien_de_B%C3%A9thune" title="Maximilien de Béthune"><span style="color: windowtext;">Sully</span></a>
que estava enfermo. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Às quatro
horas da tarde, o rei chega. De repente, o cortejo fica bloqueado devido a um
congestionamento. Haviam duas carroças bloqueando a passagem: Ravaillac
aproveita a chance e atira-se sobre o rei. Dá-lhe dois golpes de faca: o
primeiro desliza entre duas <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Costela" title="Costela"><span style="color: windowtext;">costelas</span></a>, o outro
atinge a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Car%C3%B3tida" title="Carótida"><span style="color: windowtext;">carótida</span></a> direita. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ravaillac
descreveu desta forma em seu depoimento: <i>"Procurou o Rei no Louvre...ao
vê-lo sair do coche, seguiu-o até os Inocentes, perto do local onde outrora o
encontrara fortuitamente, quando ele não lhe quis falar, e vendo seu coche
detido por causa de umas carroças, Sua majestade no fundo voltando o rosto e
inclinando para o lado do Duque de Epernon, deu-lhe uma punhalada nas costas
passando o braço por cima da roda do coche</i>".</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ravaillac
refugia-se em seguida em um porão na Rua des Lombards, bem próximo ao local do
atentado,<sup><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Ravaillac#cite_note-2"><span style="color: windowtext;">[2]</span></a></sup> mas é rapidamente encontrado e
subjugado. É levado ao <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=H%C3%B4tel_de_Retz&action=edit&redlink=1" title="Hôtel de Retz (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Hôtel
de Retz</span></a> para evitar um <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Linchamento" title="Linchamento"><span style="color: windowtext;">linchamento</span></a> e conduzido à <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conciergerie" title="Conciergerie"><span style="color: windowtext;">Conciergerie</span></a>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Após a
morte do Rei Henrique IV, tido como o "bom rei", a França é tomada
por um sentimento de comoção. A população se volta fortemente contra o
regicida, intentando prosseguir com sua vingança. Ravaillac, por sua vez, tem a
tranquila serenidade dos justiceiros, assumindo atitude que o acompanhará
durante todo o processo, mesmo diante dos suplícios mais tenazes a que seria
submetido.<sup><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Ravaillac#cite_note-3"><span style="color: windowtext;">[3]</span></a></sup> </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 3;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Processo, tortura e execução</b></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Fato a se
destacar é que nas monarquias de direito divino, a exemplo da Francesa, o
monarca era considerado como o pai de todos os seus súditos. Logo, o regicídio
contra Henrique IV também se reveste de parricídio. O interrogatório e o
processo, por essa razão, demandavam celeridade e rigidez, a fim de oferecer
respostas à população enlutada e de dar exemplo acerca das consequências que se
destinariam a alguém que cometesse esse tipo de crime. Os principais objetivos
dos interrogatórios foram descobrir as motivações e os eventuais cúmplices do
ato. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">O
processo de Ravaillac vai durar somente 10 dias, o que parece pouco, ao se
pensar em todos os inquéritos, depoimentos e acareações que poderiam ter sido
feitos. O interrogatório de Ravaillac não serviu de fio condutor para a verdade,
pois este manteve por todo o tempo sua afirmação de que agira sozinho, guiado
somente por revelações da eterna providência. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Sua
sentença rezava: <i>"Foi dito que o Tribunal declarou e declara o dito
Ravaillac devidamente atingido e condenado pelo crime de lesa-majestade divina
e humana, em primeiro grau, pelo muito cruel, abominável e detestável
parricídio cometido na pessoa do Rei Henrique IV, de muito boa e muito louvável
memória. Para reparação do qual o condenou e condena a fazer penitência pública
em frente da porta principal da Igreja de Paris, onde será levado e conduzido
numa carroça em camisa, segurando um brandão a arder com o peso de duas libras,
dizer e declarar que infeliz e premeditadamente cometeu o dito mui horrível,
abominável e detestável parricídio e atingiu o dito rei com duas punhaladas no
corpo, de que se arrepende, pede perdão à Deus, ao rei e à justiça; daí
conduzido à praça de Grève e sobre um cadafalso que ali será erguido, lhe será
aplicado o suplício das tenazes nos mamilos, braços, coxas e interior das
pernas, a mão direita segurando a faca com a qual cometeu o dito parricídio
será queimada em fogo de enxofre e nos sítios em que for atenazado, será
lançado chumbo fundido, óleo fervente, pez ardente, cera e enxofre fundidos conjuntamente.
Feito isto, seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos, os seus
membros e seu corpo consumido no fogo, reduzidos a cinza e lançados ao
vento."</i><sup><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Ravaillac#cite_note-4"><span style="color: windowtext;">[4]</span></a></sup> </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Antes do
interrogatório, Ravaillac é preso à <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Roda" title="Roda"><span style="color: windowtext;">roda</span></a>. A roda é girada e
Ravaillac agredido. Suas pernas são esmagadas para fazê-lo falar e são feitos
cortes em seu torso, braços e costas. Uma mistura de chumbo derretido, óleo,
vinagre e sal foi derramada sobre seu corpo para fechar as feridas.
Colocaram-lhe a seguir um <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Culote&action=edit&redlink=1" title="Culote (página não existe)"><span style="color: windowtext;">culote</span></a>
úmido e o aproximaram do fogo. O culote encolhe, para fazer com que os ossos
das pernas, já quebrados, movam-se ; toda sua pele é retirada e ele é
queimado vivo. Na verdade, Ravaillac ainda permaneceu vivo e nunca confessou a
existência de cúmplices em seu crime. Foi, a seguir, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquartejamento" title="Esquartejamento"><span style="color: windowtext;">esquartejado</span></a> por quatro cavalos. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ao final,
Ravaillac foi decapitado, seu corpo queimado e as cinzas jogadas ao vento. </span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Seus
parentes foram condenados ao <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%ADlio" title="Exílio"><span style="color: windowtext;">exílio</span></a> e um <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dito" title="Édito"><span style="color: windowtext;">édito</span></a> foi promulgado proibindo a qualquer
pessoa do reino de se chamar Ravaillac. </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">No
extrato do texto da condenação do Grande Parlamento, tem-se:"<i>Ordena que
a casa onde nasceu seja demolida, aquele a quem pertence seja previamente
indenizado sem que nas suas fundações possa no futuro ser construída outra
casa. E na quinzena após a publicação da presente sentença a som de trompa e
grito público na cidade de Angoulême, seu pai e sua mãe saiam do reino com a
proibição de nunca mais voltarem sob pena de serem enforcados e estrangulados
sem outra forma ou figura de processo. Proíbe seus irmãos, irmãs, tios e outros
a usarem daqui para o futuro o dito nome de Ravaillac, ordena-lhes que mudem
para outro sob as mesmas penas."</i><sup><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Ravaillac#cite_note-5"><span style="color: windowtext;">[5]</span></a></sup> </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Apesar de
seus familiares serem condenados conjuntamente pelo crime de Ravaillac, os
mesmos não foram escutados durante o julgamento. Estima-se que por uma
conveniência para a celeridade do julgamento, considerando que trazer seus
familiares demoraria duas a três semanas. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">A
sentença, além de condenar o assassino, também buscava condenar algumas
doutrinas recentes que defendiam o regicídio. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Este
assassinato desencadeou uma enorme polêmica. Por um lado, levantou-se a
suspeita de que os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADta" title="Jesuíta"><span style="color: windowtext;">jesuítas</span></a> teriam
incitado Ravaillac ao regicídio. Por outro lado, este ato teria sido inspirado
por uma conspiração de que teriam participado <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_de_M%C3%A9dicis" title="Maria de Médicis"><span style="color: windowtext;">Maria de Médicis</span></a>
(esposa do rei), <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_Henriqueta_de_Balzac_d%E2%80%99Entragues" title="Catarina Henriqueta de Balzac d’Entragues"><span style="color: windowtext;">Henriqueta
d'Entragues</span></a> (Marquesa de Verneuil) e o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Louis_de_Nogaret_de_La_Valette" title="Jean Louis de Nogaret de La Valette"><span style="color: windowtext;">Duque
d'Epernon</span></a>; teriam agido em nome da Espanha. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>A tese do complô</b></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em
Janeiro de 1611, Madame <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jacqueline_d%27Escoman&action=edit&redlink=1" title="Jacqueline d'Escoman (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Jacqueline
d'Escoman</span></a>, que havia conhecido Ravaillac, denuncia o Duque d'Epernon
como responsável pela morte de Henrique IV. Por causa disso ela será jogada na
prisão pelo resto de seus dias. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em seu
livro "<i>L'Étrange Mort de Henri IV</i>" ("<i>A Estranha Morte
de Henrique IV</i>") (1964), <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Philippe_Erlanger&action=edit&redlink=1" title="Philippe Erlanger (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Philippe
Erlanger</span></a> pretende que, em sua chegada a Paris, Ravaillac foi alojado
na casa de <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charlotte_du_Tillet&action=edit&redlink=1" title="Charlotte du Tillet (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Charlotte
du Tillet</span></a>, amante do Duque d'Epernon. Para ele, o assassinato foi
"<i>teleguiado</i>" pelo Duque, por <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_Henriqueta_de_Balzac_d%E2%80%99Entragues" title="Catarina Henriqueta de Balzac d’Entragues"><span style="color: windowtext;">Henriqueta
d'Entragues</span></a> e por <a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charlotte_du_Tillet&action=edit&redlink=1" title="Charlotte du Tillet (página não existe)"><span style="color: windowtext;">Charlotte
du Tillet</span></a>. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Uma análise médica atual</b></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Segundo a
maior parte dos <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Psiquiatra" title="Psiquiatra"><span style="color: windowtext;">psiquiatras</span></a> que se
interessaram pelo caso, François Ravaillac apresenta o perfil típico do doente <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofr%C3%AAnico" title="Esquizofrênico"><span style="color: windowtext;">esquizofrênico</span></a> <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%B3ico" title="Paranóico"><span style="color: windowtext;">paranóico</span></a>. Inteiramente voltado para sua
idéia fixa há muito tempo, Ravaillac já teria se deslocado duas vezes de
Angoulême até Paris, a pé, acreditando poder encontrar-se facilmente com o rei
para dissuadi-lo de invadir os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos_Espanh%C3%B3is" title="Países Baixos Espanhóis"><span style="color: windowtext;">Países Baixos
Espanhóis</span></a> (atual <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9lgica" title="Bélgica"><span style="color: windowtext;">Bélgica</span></a>). É apenas na
terceira vez que ele passa à ação. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em
diferentes momentos apresenta comportamentos contraditórios. Ao mesmo tempo em
que se mostrou "envergonhado" e culpado o suficiente somente pelo
fato de pensar em assassinar o Rei, não se permitiu comungar na ocasião. Tal
fato indicaria que talvez não fosse capaz de consumar o crime. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Provavelmente
neste século XXI, ele teria sido declarado « irresponsável por seus
atos » e colocado em um hospital especializado para ser tratado.<sup><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Ravaillac#cite_note-6"><span style="color: windowtext;">[</span></a></sup></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span><div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">PS: A fonte desta postagem não é lá muito rigorosa. Permite, porém, especular sobre fatos de ontem e de hoje com curiosas semelhanças. Essa questão sobre de quem seria o braço que conduziu a mão de Ravaillac - sempre se suspeitou do jesuíta - continua aberta. Como ainda está para ser esclarecida a cadeia de comando que levou um tal Adélio Bispo a apunhalar o presidente Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018, na cidade de Juiz de Fora.</span></span> </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-8088795011854013432018-12-12T03:02:00.000-08:002018-12-14T02:43:08.140-08:00As acusações de abuso sexual a líder religioso: outra Escola Base?<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O caso da Escola Base, em São Paulo, no início dos anos 90 do século passado, expôs a dignidade e a honra do casal que dirigia aquela instituição de educação infantil. Foram acusados de praticarem atividades sexuais com as crianças postas aos seus cuidados. Há relato pormenorizado feito pelo jornalista Alex Ribeiro sobre o assunto (Cf. o livro "Os abusos da imprensa", publicado pela Editora Ática, no ano 2.000).</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Acusações das mais cabeludas destruíram a vida dos donos e dos demais professores da escolinha. Ao final de todas as provações, os mestres foram absolvidos. Mas, e daí? As acusações já eram uma condenação. Não há qualquer presunção de inocência, conforme deveria ser a praxe. Caiu na boca do leão (como ocorria na antiga Roma), está ferrado.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O momentoso caso de agora - as acusações ao médium e líder espiritual de Abadiânia - sinaliza penoso prognóstico para o "suspeito" de inumeráveis crimes contra a dignidade sexual das mulheres . Para estudiosos dos crimes contra a honra, um prato cheio para bem ilustrar teses e monografias.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-58642971742464430012018-12-12T02:40:00.000-08:002018-12-12T02:40:10.326-08:00Freud e a psicanálise silvestre<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">No artigo "<i>Psicanálise Silvestre", </i>em que discorre sobre a má compreensão a respeito do assunto por parte de neófitos, Freud tece alguns comentários que deveriam, ainda hoje e mais que nunca, ser levados em consideração. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Procurado por duas mulheres já maduras, que lhe relataram os "conselhos" recebidos de outro médico bem jovem para uma delas, recém divorciada (voltar a conviver com o ex-marido, arrumar um amante ou, então, masturbar-se), Freud assinala, de início, que o "conceito do que é sexual vai muito além de sua posição vulgar". Tão má compreensão científica pode acarretar danos aos pacientes, bem como ao próprio médico. </span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Deixemos, então, que o grande pensador austríaco fale por si, segundo conferência pronunciada em 1905:</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">"Longos anos de experiência me ensinaram - como podem ensinar a qualquer outro - a não aceitar de imediato como verdade o que os pacientes, especialmente os pacientes nervosos, relatam acerca de seus médicos. Não apenas facilmente se torna o especialista em doenças nervosas o objeto de muitos dos sentimentos hostis de seus pacientes, qualquer que seja o método de tratamento que empregue; ele deve também, muitas vezes, resignar-se a aceitar, por uma espécie de projeção, a responsabilidade pelos desejos reprimidos ocultos de seus pacientes nervosos. É um fato melancólico, mas significativo, que tais acusações em nenhum outro lugar encontrem crédito mais prontamente do que entre os outros médicos" (p. 207, 208 do vol. XI, das obras completas de Freud, editadas pela Imago).</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-45489324906122216212018-12-10T03:40:00.000-08:002018-12-13T00:18:20.128-08:00Olavo de Carvalho, Santo Josemaría Escrivá e o apostolado dos palavrões<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em favor de Olavo de Carvalho, no uso de palavrões, pode-se invocar, igualmente, o insuspeito depoimento de outro santo da Igreja, o espanhol Josemaría Escrivá, agora já no século XX, quatro séculos após Santo Thomas Morus.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">No ponto 850, de seus <i>Caminhos</i>, cultiva o por ele denominado <i>Apostolado dos Palavrões, </i>ao orientar jovens discípulos.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em tom provocativo afirma o criador da <i>Opus Dei</i>:</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"Que conversas! Que baixeza e que ... nojo! E tens de conviver com eles, no escritório, na universidade, no consultório ... no mundo. Se pedes por favor que se calem, ficam caçoando de ti. Se fazes má cara, insistem. Se te vais embora, continuam.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A solução é esta: primeiro, pedir a Deus por eles e desagravar; depois ... ir de frente, varonilmente, e empregar o <i>apostolado dos palavrões</i>. Quando te vir, hei de dizer-te, ao ouvido, um bom repertório".</span></span><br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-23252665914874949352018-12-10T03:23:00.000-08:002019-05-01T07:35:07.813-07:00Olavo de Carvalho e Santo Thomas Morus<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O ilustre pensador Olavo de Carvalho é conhecido, também, por suas irreverências e uso de linguagem obscena.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em seu favor pode-se avocar o exemplo de Santo Thomas Morus, mártir da Igreja , beatificado por Leão XIII, em 1886, e canonizado por Pio XI, em 1935.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em sua célebre "<i>Responsio ad Lutherum</i>", o padroeiro dos intelectuais e dos professores questiona o monge alemão por sua contestação a um tratado teológico de autoria de Henrique VIII, rei da Inglaterra. Além de usar os mais chocantes palavrões disponíveis, repete-os e, ainda, os floreia.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A justificativa dada por Morus para o emprego da linguagem chula foi simples: responder com puras contestações eruditas à baixeza de Lutero seria conceder-lhe uma honra imerecida, motivo que o levou, então, a fazê-lo nos termos a seguir.</span></span><br />
<br />
<i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"Enquanto continuardes a dizer essas desavergonhadas mentiras, a outros será permitido que joguem de volta na vossa boca cheia de merda, verdadeiro depósito de toda merda, a sujeira e merda inteira que vossa execrável podridão vomitou, e esvaziar todos os esgotos e privadas na vossa coroa despida da dignidade da coroa sacerdotal, em prejuízo da qual decidistes bancar o palhaço". </span></span></i><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Para maiores informações, vale a pena consultar, no original, os textos do iracundo santo.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">(<i>The complete works of St. Thomas More</i>, ed. John M. Headley, vol. V, New Haven: Yale University Press, 1969, pag. 181 ss.) </span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-79729725913677120512018-12-03T05:58:00.000-08:002018-12-03T05:58:01.734-08:00As funções do professor (Bertrand Russel)<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">A
educação conduzida pelo Estado “é, obviamente
necessária, mas, de maneira igualmente óbvia, envolve certos perigos contra os
quais deve haver certas precauções. Os males que há a temer puderam ser vistos,
em sua plena magnitude, na Alemanha nazista, podendo, ainda hoje, ser observados
na Rússia. Onde tais males prevalecem, homem algum pode ensinar, a menos que
subscreva um credo dogmático que poucas pessoas de inteligência livre são
capazes de aceitar sinceramente. Não apenas deve ele subscrever um tal credo,
mas, ainda, ser indulgente diante de abominações, abstendo-se de manifestar
suas opiniões a respeito de assuntos correntes”.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-10893967231220307262018-12-03T05:00:00.000-08:002018-12-03T07:13:02.647-08:00Proudhon: Confissões de um revolucionário<br />
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<![endif]--><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">"A ironia foi, em todos os tempos, o
caráter do gênio filosófico e liberal, o selo do espírito humano, o instrumento
irresistível do progresso. Os povos estagnados são todos sérios: o homem do
povo que ri está mil vezes mais perto da razão e da liberdade que o anacoreta
que reza ou o filósofo que argumenta. Ironia, verdadeira liberdade, és tu que
me livras da ambição de poder, da servidão dos partidos, do respeito pela rotina,
do pedantismo da ciência, da admiração pelos grandes personagens, das
mistificações da política, do fanatismo dos reformadores, da superstição desse
grande universo e da adoração de mim mesmo" (Proudhon). </span></span><br />
<br />
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</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A história humana está recheada
dos mais acabados exemplos do uso da ironia: Diógenes, Rabelais, Padre Vieira, Sorokin e Darcy Ribeiro, para ficar tão somente em alguns ícones do
pensamento mundial. Isto para não se referir a Borges e ao maior de todos eles,
Jonathan Swift. Caso a alguém seja recomendada a leitura de que “uma criancinha sadia e
bem amamentada é, com um ano de idade, um alimento dos mais deliciosos,
nutritivos e saudáveis, quer ensopada, assada ou cozida e, não tenho dúvidas,
que ela poderá também ser preparada como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fricassé
</i>ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ragout</i>”, conforme o contido na
“Proposta Modesta” do genial irlandês, correrá o risco de ser acusado de defesa e propagação do canibalismo.</span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">
</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-67587658510047721062018-11-28T02:42:00.000-08:002018-11-28T02:42:00.994-08:00Bolsonaro: propostas e soluções (2)<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O governo brasileiro já dispensou o antigo porta-aviões <i>São Paulo.</i> Seu destino, pelo que até agora se divulgou, é reduzí-lo ao papel final de sucata. Outro destino socialmente mais útil, no entanto, estaria reservado ao outrora imponente navio. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que não transformá-lo em unidade prisional especial, devidamente adaptada para receber facções ou organizações criminosas inteiras num regime diferenciado de acolhimento estritamente individualizado? </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No imaginário de muitos brota imediatamente a ideia de se levar o porta-aviões carregado de bandidos para o alto mar, deixando-o à deriva, numa fantasia vingativa e justiceira que, é importante dizer, não cabe prosperar. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pouco importa, todavia, se a punição estabelecida iria servir para desencorajar transgressores potenciais, ou para morigerar os costumes do criminoso, ou como ato de expiação do culpado. Antes, e acima de tudo, tal prisão não passaria de recurso para afastar o condenado da sociedade, protegendo-a da má conduta reprovada. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O governo Bolsonaro necessita dar respostas rápidas para as demandas da sociedade no campo da segurança pública. A transformação de um porta-aviões desativado em unidade especial de encarceramento pode ser, talvez, uma das primeiras soluções no enfrentamento do crime organizado.</span></span><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7059162424593981001.post-24651601071077849302018-11-23T04:48:00.001-08:002018-11-28T01:52:58.083-08:00Anisio Teixeira e o novo Ministro da Educação <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Para a agradável surpresa de muitos desencantados professores, o futuro Ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, deu início com chave de ouro à missão que lhe foi confiada pelo Presidente Bolsonaro. Sua referência primeira àquele que foi o mais importante mestre<b> </b>em toda a história da educação brasileira - o professor Anísio Teixeira - sinaliza para a retomada de caminhos que foram indevidamente abandonados. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /><b></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Vale a pena reler o texto abaixo, publicado em 1962, contendo amostra do pensamento de Anísio. Ambos, os professores Anísio e Ricardo, conforme se vê, parecem vibrar no mesmo diapasão.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><b> TEIXEIRA, Anísio. Valores proclamados e valores reais nas instituições escolares
brasileiras. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.37, n.86, abr./jun. 1962. </b></span></span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>.................................................................................</b></span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>"1) Duplicidade da aventura colonizadora na América</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A
descoberta da América pelos europeus, nos fins do século quinze, deu
lugar a uma transplantação da cultura européia para este Continente. Tal
empreendimento constituiu, porém, uma aventura impregnada de
duplicidade. Proclamavam os europeus aqui chegarem para expandir nestas
plagas o cristianismo, mas, na realidade, movia-os o propósito de
exploração e fortuna. A história do período colonial é a história desses
dois objetivos a se ajudarem mutuamente na tarefa real e não confessada
da espoliação continental.A vida do recém-descoberto Continente foi,
assim, desde o começo, marcada por essa duplicidade fundamental:
jesuítas e bandeirantes; "fé e império"; religião e ouro. O português e o
espanhol que aqui aportavam não eram cristãos, mas, quando muito,
"cruzados". Não vinham organizar nem criar nações mas prear... Esta obra
destruidora e predatória nunca se confessava como tal, revestindo-se,
nas proclamações oficiais, com o falso espírito de cruzada cristã.De
mistura com ansiosa indagação sobre ouro e minas, o primeiro ato público
dos portugueses no Brasil foi a celebração da Santa Missa, e o nome que
deram à Terra, o de Santa-Cruz e Vera-Cruz, pouco depois vencido pelo
"de um pau de tingir panos", mas que produzia ouro.Nascemos, assim,
divididos entre propósitos reais e propósitos proclamados. A essa
duplicidade dos conquistadores seguiu-se a duplicidade da própria
sociedade nascente, dividida entre senhores e escravos, dando assim ao
contexto social do continente recém-descoberto o caráter de um
anacronismo, mesmo em relação à Europa, na época, em plena renovação
social e espiritual.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Quatro séculos e meio após a
descoberta, essa obscura e desabusada colonização oferece-nos o quadro
seguinte: parte do hemisfério norte foi definitivamente conquistada e
organicamente integrada em duas nações, de origem anglo-saxônica. Estas
duas nações lideram, nesta parte do planeta, a revolução democrática e a
revolução científica.Para isto, os Estados Unidos (o Canadá é caso à
parte) tiveram de destruir o índio "pagão", travar uma guerra de
independência contra a Metrópole e, nos meados do século passado, se
esvaírem numa das mais tremendas guerras civis que, até aquele momento,
registrara a história. Os mortos se elevaram mais de um milhão só do
lado do Norte, enquanto a população total da nação não excedia trinta
milhões.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Se dualidade e duplicidade houve, pois, nessa
parte norte continente, como de fato houve, entre colonizados e
colonizadores, primeiro, e, depois, entre escravistas e capitalistas ou,
mais exatamente, entre fazendeiros-patriarcas (Sul), ianques (Norte) e
pioneiros (Oeste), tais divisões e conflitos se fizeram suficientemente
claros e abertos, para se decidirem no campo de batalha.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A
observação vale para mostrar que a sociedade em busca de sua orgânica
integração, se não consegue superar pacificamente as força que a
dissociam, cai, ao que parece, inelutavelmente, na revolução e na guerra
civil.Abaixo do Rio Grande, desde o México até a Argentina e o Chile,
somos, depois de rápidas lutas pela independência, no século dezenove,
um grupo de nações mergulhadas nesse processo de organização e
integração, com maiores ou menores regressos, todas lutando para
efetivar as indispensáveis incorporações e assimilações sem a tragédia
da guerra civil que marcou a sociedade americana. Nem sempre há completa
percepção da dificuldade da tarefa.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O velho vício da
duplicidade mantém-nos, por vezes, no estado de descuidado enleio, com
que escamoteamos a nós próprios a verdadeira realidade. Chegamos, em
nossos hábitos, sob alguns aspectos, esquizofrênicos, a criar um tipo
específico de revolução, misto de teatro e de espasmo de violência, a
revolução insincera, a "revolução sul-americana"... É que a sociedade,
ainda constituída na base de divisões e estratificações sociais até
ontem toleradas, mas hoje, com os novos processos de comunicação e a
"revolução das expectativas montantes", em ponto de perigo e de
explosão, não ganhou completa consciência dos sinais que prenunciam as
convulsões integradoras.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Para analisar essa situação
sul-americana não é possível deixar de repetir observações que já se
tornaram cediças. Nem o espanhol nem o português que aqui apartaram
traziam propósitos de criar, deste lado do Atlântico, um mundo novo.
Encontraram um mundo novo, que planejaram explorar, saquear e, assim
enriquecidos, voltar à Europa. Viana Moog comentou, em páginas
definitivas, o "sentido predatório" da aventura sul-americana em
contraste com o "sentido orgânico" da formação norte-americana. Mundo
novo "vinham fundar aqui" os peregrinos do Mayflower. Novo mundo
encontraram aqui espanhóis e portugueses. O mundo novo dos americanos ia
ser criado. O novo mundo dos espanhóis e portugueses iria ser saqueado.
O saque prolongou-se, porém, e o regresso se retardou. Com o tempo,
surgiram os espanhóis e portugueses nascidos no novo continente, filhos
de espanhóis e portugueses das metrópoles.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Chamaram-se
"criollos", entre os espanhóis e "mazombos", entre os brasileiros.
Brasileiros é modo de dizer, pois "o termo brasileiro, como expressão e
afirmação de uma nacionalidade", não chegara a existir até começos do
século XVIII, conforme nos diz Viana Moog, que assim define o
"mazombismo", expressão cultural, dominante, no Brasil, até fins do
século passado, pouco importando que o nome tivesse desaparecido:
"consiste (o mazombismo) na ausência de determinação e satisfação de ser
brasileiro, na ausência de gosto por qualquer tipo de atividade
orgânica, na carência de iniciativa e inventividade, na falta de crença
na possibilidade do aperfeiçoamento moral do homem, em descaso por tudo
quanto não fosse fortuna rápida, e, sobretudo, na falta de um ideal
coletivo, na quase total ausência de sentimento de pertencer o indivíduo
ao lugar e à comunidade em que vivia".</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O radicalismo
da formulação pode ser contestado, mas a afirmação é fundamentalmente
verdadeira. Os "brasileiros" eram "europeus" nostálgicos, transviados
nestas paragens tropicais. E como sucede em tais casos, nem eram aceitos
pelos europeus, como europeus, nem pelos brasileiros mestiços, ou seja
os primeiros brasileiros autênticos, como brasileiros. Esse tipo
cultural, dúbio, ambivalente, nem peixe nem carne, acabou por criar
nestas terras novas da América algo de congenitamente inautêntico, do
congenitamente caduco, na cultura americana.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Não se
tratava, com efeito, de reprodução das condições européias do momento,
mas de um recuo, de uma restauração contraditória e anacrônica. O
mazombo, dividido entre o desejo de regressar, o propósito de reproduzir
a cultura da metrópole e as novas condições, o novo meio, a nova
dinâmica da conquista, ignorava o próprio fato da transplantação
cultural e a necessidade inevitável de adaptação e se perdia em impulsos
ridículos e imitação e contrafação. Incapaz, pela sua irremediável
duplicidade, de aceitar as modificações que o meio impunha, suprimia
delas a possível força criadora, desnaturado o que havia de melhor no
nascente esforço nacional.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Os "mazombos", como os
"criollos", não eram europeus, nem sul-americanos... E assim hostis à
sua própria terra acabaram por se constituírem objeto de um risonho
desdém até do próprio mundo europeu, de que não se queriam desligar.A
verdade é que resistiam às força de formação nestas paragens de uma
cultura autêntica, com o arraigado sentimento de estrangeiros em sua
própria terra. Em vez de se voltarem para as possíveis deficiências ou
diversificações da cultura européia em nosso meio e nelas buscar o
sentido novo da adaptação local dos padrões transplantados,
envergonhavam-se de tais modificações e chegavam até a procurar
elidi-las ou escondê-las.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Mais do que isto. Chegaram à
engenhosidade de pretender suprir as deficiências de nossa realidade
humana e social por meio de revalidações legais. Já observei alhures
que, em nosso mazombismo, com os olhos voltados para um sistema de
valores europeus, que não conseguíamos ou não podíamos atingir,
buscávamos, num esforço de compensação, "declarar", por ato oficiai ou
legal, a situação existente como idêntica à ambicionada. Por meio desses
"atos declaratórios" fazíamos, sem metáfora, de preto e branco, pois
nada menos do que isso foram decretos declaratórios até de
"branquidade", nos tempos coloniais, com quais visávamos tornar
"convencional" a própria biologia.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Bem sei que podemos
olhar para tais fatos sob a luz das dificuldades de implantar nos
trópicos uma civilização de tipo europeu e considerar tal duplicidade
como esforço patético de assimilação pelo menos externa dos valores da
metrópole.A realidade, porém, é que nos acostumamos a viver em dois
planos, o "real", com as suas particularidades e originalidades, e o
"oficial" com os seus reconhecimentos convencionais de padrões
inexistentes. Enquanto fomos colônia, tal duplicidade seria explicável, à
luz de proveitos que daí advinham para o prestígio do nativo, perante a
sociedade metropolitana e colonizadora. A independência não nos curou,
porém, do velho vício. Continuamos a ser, com a autonomia, nações de
dupla personalidade, a oficial e a real.A lei e o governo não consistiam
em esforços da sociedade para disciplinar uma realidade concreta e que
lentamente se iria modificar. A lei era algo de mágico, capaz de
subitamente mudar a face das coisas. Na realidade, cada uma de nossas
leis representava um plano ideal de perfeição à maneira da utopia
platônica. Chegamos, neste ponto, a extremos inacreditáveis. Leis
perfeitas, formulações e definições ideais das instituições, e, como
ponto entre a realidade, por vezes, mesquinha e abjeta, e essas
definições ideais da lei, os atos oficiais declaratórios, revestidos do
poder mágico de transfundir aquela realidade concreta em uma realidade
oficial similar à prevista na lei.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Tudo podíamos
metamorfosear por atos do governo! Não havendo correspondência entre o
"oficial" e o "real", podíamos transformar toda a vida por atos
oficiais. Como já acentuei, tudo isto era possível, graças, primeiro, ao
dualismo de colônia e metrópole e, depois, ao dualismo de "elite" e
povo, aquela diminuta e aristocrática, este numeroso, analfabeto e mudo.
Reproduzíamos com esse dualismo nacional a situação colonial, mantendo a
nação no mesmo estado de duplicidade institucional.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>2) Dificuldade da "transplantação" dos sistemas escolares</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Desejamos
examinar, neste trabalho, quanto esse dualismo, dir-se-ia congênito, da
sociedade sul-americana, veio agravar no Brasil, pois só a respeito do
Brasil podemos dar testemunho, o dualismo das instituições escolares,
que buscamos transplantar, dando origem a paradoxal processo de
expansão, pelo qual exaltamos o aspecto mais velho e destinado a
desaparecer dos sistemas escolares que procurávamos copiar.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Entre
as instituições sociais, sabemos que a escola, mais do que qualquer
outra, oferece, ao ser transplantada, o perigo de se deformar ou mesmo
de perder os objetivos. A escola já é de si uma instituição artificial e
incompleta, destinada apenas a suplementar a ação educativa muito mais
extensa e profunda que exercem outras instituições e a própria vida.
Deve, portanto, não só ajustar-se, mas inserir-se no contexto das demais
instituições e do meio social e mesmo físico. A verdade é que a escola,
como instituição, não pode verdadeiramente ser transplantada. Tem de
ser recriada em cada cultura, mesmo quando essa cultura seja
politicamente o prolongamento de uma cultura matriz.No Brasil, a
Universidade não chegou a ser transplantada. Motivos políticos levaram
os colonizadores portugueses, ao contrário do que fez a Espanha, a esse
ato de prudência pedagógica. Chegamos à independência sem imprensa e sem
escolas superiores, com a maior parte de nossa elite formada nos
colégios da Companhia de Jesus (cuja influência nunca poderá ser
exagerada quanto a certos traços da tradição intelectual brasileira) e, a
seguir, para a graduação superior, na Universidade de Coimbra, em
Portugal, e assim continuamos, durante parte do império. Como que se
percebia obscuramente o perigo de se transplantarem instituições
delicadas e complexas como as da educação, sobretudo em seus níveis mais
altos e, por isto mesmo, mais difíceis e complexos.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Durante
toda a monarquia, já independentes, continuamos, quanto à expansão do
sistema escolar, sumamente cautelosos e lentos. A classe dominante,
pequena e homogênea, dotada de viva consciência dos padrões europeus e
extremamente vigilante quanto à sua própria perpetuação, parece ter tido
o propósito de manter restritas as facilidades de ensino, sobretudo de
nível superior.Com a abolição e a república, entramos, porém, em período
de mudanças sociais, que a escola teria de acompanhar. O modesto
equilíbrio dos períodos monárquicos, obtido em grande parte à custa da
lentidão de nossos progressos e de número reduzido de escolas, com que
se procurava manter a todo transe a imobilidade social, rompe-se afinal e
tem início a expansão do sistema escolar.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>3)Evolução de sistemas escolares europeus</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Antes
de examiná-la, cabe, porém, uma digressão para se fixarem as linhas de
evolução das instituições escolares nos países de onde recebíamos as
influências maiores. É indispensável, preliminarmente, recordar que
somente no século dezenove o Estado entrou a interferir, maciçamente, na
educação escolar. E, a princípio, apenas para criar uma escola diversa
das existentes, destinada a ministrar um mínimo de educação, considerado
necessário para a vida em comum, democrática e dinâmica, da emergente
civilização industrial.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Tal escola, ou seja, a escola
primária, que logo se faz compulsória, não tem os objetivos da educação
escolar tradicional, a que sempre existira, antes de o Estado se fazer
educador, e que visava manter o alto status social do grupo dominante. A
nova escola popular visa, tão-somente, e nunca é demais repetir, dar a
todos aquele treino mínimo, considerado indispensável para a vida comum
do novo cidadão no Estado democrático e industrial. A seu lado,
continuava a existir a outra educação, a de "classe", com os seus alunos
selecionados, não em virtude de seus talentos, mas de sua posição
social e de seus recursos econômicos, ministrada em escolas que, de modo
geral, se achavam sob controle particular ou autônomo. Na Europa e,
sobretudo, na França, os sistemas escolares correspondentes a esses dois
tipos de escolas coexistiam, lado a lado, separados e estanques, mesmo
quando vieram a ser mantidos pelo Estado. A escola primária, a primária
superior, as escolas normais e as escolas de artes e ofícios constituíam
o sistema popular de educação destinado a ensinar a trabalhar e a
perpetuar o modesto status social dos que o freqüentavam. As classes
"preparatórias" (primárias), o liceu, as grandes escolas profissionais, a
escola normal superior e a universidade constituíam o outro sistema,
destinado às classes abastadas e à conservação do seu alto status
social. Está claro que ingressar em tais escolas seria um dos meios de
participar dos privilégios dessas classes e, deste modo, ascender
socialmente.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Como o critério da matrícula, nos dois
sistemas, não era o de mérito ou demérito individual do aluno, isto é,
de sua capacidade e suas aptidões, mas o das condições sociais, ou
econômicas, herdadas ou ocasionalmente existentes, a distinção real
entre os sistemas não era de nível intelectual mas de nível social. A
longa associação da educação escolar com as classes mais abastadas da
sociedade determinou que, só em mínima parte, a escola se fizesse
realmente selecionadora de valores. Devendo receber todos os alunos
cujos pais estivessem em condições de arcar com o ônus de uma educação
prolongada dos filhos, independente da capacidade individual desses
mesmos alunos e de seu nível intelectual, a escola desenvolveu filosofia
da educação toda especial.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Tal filosofia era a de que
quanto mais supérfluos fossem os estudos escolares, mais formadores
seriam eles da chamada elite que às escolas fora confiada. Não se sabia o
que seus alunos iriam fazer, salvo que deveriam continuar a integrar as
classes abastadas a que pertenciam. Logo, se se devotassem os alunos a
estudos inúteis, "desinteressados", mas, segundo uma falsa psicologia,
"formadores da mente", deveriam depois ficar aptos a fazer qualquer
coisa que tivessem de fazer, na sua função de componentes do chamado
escol social...E assim se afastou da escola qualquer premência do fator
"eficiência", chegando-se a considerar tudo que se pudesse chamar de
"prático" ou "utilitário" como de pouco educativo. A escola "acadêmica",
isto é, supostamente treinadora do espírito e da inteligência, passou a
ser algo de vago, senão de misterioso, educando por uma série de
"exercícios", reputados de ginástica mental, ou pelo ensino de
"matérias" tidas especialmente como dotadas de "poderes educativos",
estas para o treino da memória, aquelas, da imaginação, outras, da
observação, e, deste modo, capazes de produzir peritos do intelecto ou
da sensibilidade. Por isto mesmo que buscava resultados tão abstratos e
tão alusivos, não podia desenvolver critérios severos de eficiência. Os
resultados só viriam a ser conhecidos mais tarde, na vida, quando os
respectivos ex-alunos, vinte ou trinta anos depois, vitoriosos em suas
carreiras, por motivos absolutamente diversos, apontassem para o latim
distante ou os incríveis exercícios de memória e dissessem que tudo
deviam àquela escola, aparentemente tão absurda e, no entanto, tão
miraculosa!</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Essa escola tradicional, tipicamente de
"classe", destinada aos grupos mais altos da sociedade, e eficaz para
eles, pois não ministrava senão educação para a fruição, para o lazer,
não era e nunca foi uma escola seletiva de inteligência. Pelo contrário,
constituía uma forma especial de educação, destinada a qualquer
inteligência, desde que o aluno pertencesse aos grupos finos e abastados
da sociedade.Tal escola tradicional acabou por se fazer um anacronismo
nos grandes sistemas escolares europeus. As força sociais e o
desenvolvimento científico, que haviam compelido o Estado a criar a
educação mínima compulsória e as escolas pós-primárias de educação
prática e utilitária, renovaram as condições de preparo até mesmo para
as velhas profissões liberais e impuseram várias outras profissões
técnicas que também demandavam outro tipo de educação. Tais força vêm
transformando e unificando toda a educação escolar, que passou a
objetivar o preparo dos homens (de todos os homens), de acordo com suas
aptidões, a fim de redistribuí-los pelas múltiplas e diversas ocupações
de uma sociedade industrial, científica e extremamente complexa.
Educação assim, com tais propósitos definidos e claros, já não visa a
nenhum fictício "treino da mente", mas à especialização adequada para
ocupações específicas, inclusive a ocupação acadêmica, no sentido de
formação do professor, do estudioso ou do cientista.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A
educação para o lazer continuou e continua sem dúvida a existir, mas
como parte integrante da educação de qualquer um, desde o cidadão comum
até o de nível mais alto, em escolas que a todos visa a formar para o
trabalho, segundo a sua inteligência, e para o consumo, segundo as suas
posses ou as posses da sociedade de abundância em vias de surgimento.O
importante a notar é, porém, que esta nova educação já não é uma
educação para "certa classe superior", mas educação para a inteligência:
quanto mais inteligente o aluno, mais longe poderá ele ir. Por isto
mesmo, não gozou daquela sedução da antiga escola acadêmica, a qual
"classificava" o aluno e lhe permitia a ascensão automática à chamada
"elite". A nova escola só facilitava a ascensão dos mais inteligentes e
capazes.A fusão ou integração dos dois sistemas escolares – o prático e
especializado e o das elites – acabou por se processar, em todos os
países desenvolvidos, desaparecendo, de certo modo, a antiga educação
puramente de "classe".</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Na América do Norte, pela
organização de um único sistema público de educação, com extrema
flexibilidade de programas e a livre transferência entre eles. Na
Inglaterra, pela "escada contínua" de educação, pela qual se permite que
o aluno, seja lá qual for a escola que freqüente, ou a classe a que
pertença, possa ascender a todos os graus e variedades de ensino. Na
França, pela transferibilidade do aluno de um sistema para outro, com o
que, de certo modo, se unificaram os dois sistemas, seguido de um regime
de bolsas-de-estudo, destinado a permitir aos alunos desprovidos de
recursos, mas capazes, o acesso às altas escolas seletivas.Além dessa
interfusão dos alunos, pela qual se quebrou o dualismo do sistema, do
ponto-de-vista das classes que abasteciam os dois tipos diversos de
escolas, processou-se verdadeira revisão de métodos e programas, graças à
qual as escolas chamadas utilitárias se vêm fazendo, cada vez mais,
escolas de cultura geral, sem perda dos seus aspectos práticos, e as
escolas chamadas "clássicas" ou "acadêmicas" se vêm transformando, cada
vez mais, em escolas de cultura moderna, preocupadas com os problemas de
seu tempo, sem perda dos aspectos de cultura geral, hoje mais
inteligentemente compreendidas.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em todos os países
democráticos, os sistemas escolares tendem assim a constituir um único
sistema de educação, para todas as classes, ou melhor, para uma
sociedade verdadeiramente democrática, isto é, sem classes fechadas, em
que todos os cidadãos tenham oportunidades iguais para se educar e, se
distribuir, depois, pelas ocupações e profissões, de acordo com a
capacidade e aptidões individuais demonstradas e confirmadas.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">No
novo sistema educacional, a classificação social posterior do aluno é
resultado da redistribuição operada pelo processo educativo e não algo
que decorra automaticamente de haver freqüentado certas escolas
destinadas a grupos privilegiados de alunos de recursos. O aluno terá as
oportunidades que sua capacidade e o preparo realmente obtido
determinarem.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Está claro que nenhum país atingiu ainda
esta perfeição. Mas, nos Estados mais desenvolvidos, já se estende
aquela educação mínima oferecida pelo Estado até os 16 e os 18 ou 19
anos com ampla diversificação de currículos e programas para as
diferentes aptidões, seguidas de um sistema de bolsas para os estudos
superiores, a fim de facilitar o ingresso dos capazes sem recursos – uma
vez que o ensino superior, de modo geral, ou depende dos recursos da
família ou impõe sacrifícios pessoais consideráveis.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>4) Evolução dos sistemas escolares brasileiros</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Em
nossos países, embora insista que me refiro especialmente ao Brasil,
devia repetir-se evolução ao longo das linhas acima referidas. Ao
iniciar-se, com efeito, a nossa expansão escolar, e a fim de obstar a
que tal expansão gerasse perturbadores deslocamentos sociais, não faltou
o cuidado de se desenvolver, como na Europa, dois sistemas
educacionais: um pequeno, reduzido, acadêmico, destinado à classe
dominante; e outro, primário, seguido de escolas normais e
profissionais, destinado ao povo, com a amplitude que fosse possível. Os
dois sistemas, paralelos e independentes, ainda mais afastados
ficariam, se o primeiro fosse dominantemente particular.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">E
assim se fez, evitando-se, desse modo, qualquer perigo de ascensão
social mais acelerada.Tivemos, pois, expansão, mas a imobilidade social,
como na Europa, ficou assegurada, do modo acima exposto, ou seja,
retirando-se qualquer atrativo ao sistema popular de educação, destinada
a manter cada um dentro de seu status social, e transferindo à órbita
privada o sistema acadêmico, pela sua escola secundária de elite, a fim
de que não fosse acessível senão aos que tivessem recursos.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Graças
a tais circunstâncias, conseguimos manter reduzidas as oportunidades
educacionais destinadas a permitir efetivamente a ascensão social,
limitando a escola secundária – propedêutica ao ensino superior - aos
alunos que já se encontrassem em certas camadas da sociedade, não
podendo os demais freqüentá-la, por falta de recursos econômicos ou por
falta de condições prévias de educação doméstica e social. Como
organizávamos as nossas escolas segundo os padrões europeus e como tais
padrões presumiam níveis de educação coletiva e doméstica relativamente
altos, comparados aos existentes em nossa população mais baixa, a
escola, mesmo a que se designava de popular, não era popular, mas
tìpicamente de classe média. Não era só a roupa, e sapato, que afastavam
o povo da escola, mas o próprio tipo de educação que ali ministrávamos e
de que não podia aproveitar-se, em virtude da penúria do seu ambiente
cultural doméstico. O "padrão europeu", cuidadosamente mantido, servia
assim para limitar a participação popular à própria escola popular.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A
escola primária e a escola normal prosperavam, mas como escolas de
classe média; a escola acadêmica e o ensino superior ficavam ainda mais
restritos, destinando-se dominantemente a grupos da classe superior
alta. Abaixo dessas classes, média e superior, dormitava, esquecido, o
povo.Toda expansão de educação, é preciso que se leve em conta,
determina a alteração das condições existentes de estabilidade social e,
também, importa em alteração dos tipos de educação anteriormente
dominantes. É fácil compreender que, salvo casos de estados sociais
regressivos, toda sociedade produz a educação necessária à sua
perpetuação.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A sociedade de tipo estagnado que se
produzira, afinal, na América do Sul, tinha, em suas reduzidas
oportunidades educativas, as condições apropriadas à perpetuação do
estado social vigente.Quando a aspiração da educação compulsória para
todos surge, representa este fato um desejo de mudança social. Trata-se
de ampliar a participação dos membros da sociedade na sua comunidade
moral e política; trata-se de ampliar os direitos dos membros da
sociedade; trata-se de melhorar suas condições de trabalho; trata-se de
facilitar oportunidades, não só de participação, mas de ascensão social.
E esta foi a situação em toda a Europa.Entre nós, entretanto,
proclamava-se o ideal da educação compulsória, mas, na realidade, a
sociedade, pelas suas força conservadoras, a ela se opunha. Mil e um
meios são utilizados para se restringirem as facilidades de educação
compulsória. Como já não seriam legítimos tais movimentos de defesa do
status quo, fazem-se eles, tortuosos, sutis e obscuros. A dualidade
social já não pode ser proclamada. Proclamá-la agora é a aspiração à
participação integradora.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Como então evitá-la?</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Dificultam-se
os recursos para o empreendimento; ministra-se educação do tipo inútil e
que desencoraje a maioria em prossegui-la; e se a teimosia popular
insistir pela freqüência à escola, abrevia-se o período escolar,
oferece-se o mínimo possível de educação, alega-se que tal se faz por
princípios democráticos, a fim de atender a todos ... Contanto que o
processo educativo perca os seus característicos perturbadores, ou seja,
a sua capacidade de facilitar o deslocamento e a reordenação social, em
virtude da expansão escolar a todos. Depois de assim degradar a
educação popular compulsória, as nossas sociedades, em sua duplicidade
proverbial, entram a manobrar para impedir a ampliação das oportunidades
de educação de nível médio e superior.No período de estagnação social,
nenhuma dificuldade havia para isto. Bastava manter a educação,
propriamente de elite, confiada à iniciativa privada, ou então, com
currículos suficientemente "desinteressantes", em rigor inúteis, para
desencorajar possíveis veleidades desconcertantes ...O fracasso desses
recursos habituais para o controle da expansão educacional, é a surpresa
dos últimos trinta anos da vida brasileira e, acredito, de grande parte
das nações sul-americanas.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A nascente classe média da
década dos vinte, numa sociedade sem tradição de classe média, porque
realmente constituída da casta semi-aristocrática e semifeudal dominante
e do povo propriamente dito, entrou a exigir para si exatamente a
educação acadêmica e semi-inútil da classe alta. Se passasse a exigi-Ia e
tivesse a liberdade de tentar praticá-la experimentalmente, talvez
acabasse criando uma escola que conviesse aos seus interesses e não
prejudicasse a sociedade como um todo. Mas aí é que surgiu o obstáculo:
mantiveram-se as leis antigas, elaboradas para impedir a expansão por
meio de padrões de estudo, altos e complicados. Mantidos que foram tais
padrões e currículos, abriu-se o caminho à falsificação, saída única
para a expansão desejada. A alternativa deveria ser a de experimentação,
de ensaio, de escolas com professores despreparados, mas livres de
tentar ensinar o que soubessem, em progresso gradual com reconhecimento e
classificação a posteriori. Negada tal alternativa, a saída única foi a
ousada simulação do cumprimento dos "padrões" fixados a priori, altos e
impostos pelo centro, fossem lá quais fossem as condições. Já não se
tratava de tateios de ensaios, de esforços modestos, mas sérios, a serem
apreciados a posteriori, repito, por meio de exames de Estado, ou
processos semelhantes de verificação.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Tratava-se de
pura e simples burla; burla de currículos, burla de professores, burla
de alunos. A educação fez-se um ritual, um processo de formalidades,
como se tratasse de algo convencional, que se fizesse legal pelo
cumprimento das formas prescritas.O ideal professado da expansão das
oportunidades educativas, ao invés de promover a educação real de um
número maior de indivíduos, determinou a degradação das próprias formas
destinadas à perpetuação da elite tradicional. Se um grupo social não
tivesse criado para si condições especiais de privilégio, fundadas nos
seus títulos formais de educação, não seria provável que o grupo
ascendente da sociedade quisesse para si uma educação tão pouco
eficiente e muito menos tornada inútil pela simulação e degradação dos
seus próprios padrões. Se a burla ou engano traz vantagens, é que a
sociedade era ainda aquela sociedade impregnada de duplicidade do tempo
da colônia.Trata-se, com efeito, de algo particular, e somente possível,
porque o processo educativo de preparação da "elite" não se fazia com
os recursos culturais reais e locais da vida brasileira, mas constituía
processo especial de incorporação de aspectos de "cultura estrangeira"
ou ainda estrangeira ...</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A burla cultural, ou seja, o
charlatanismo, é logo descoberta em qualquer cultura, seja lá qual for o
seu nível. Jamais algum país poderia estabelecer, conscientemente, um
regime de burla cultural. Se tal se dá, em algum país, é que este país
está a burlar algo de estranho à sua própria cultura. Trata-se de
incorporação de algo estrangeiro, cuja importância, não sendo
compreendida nem sentida, parece poder ser burlada sem maiores
conseqüências. É evidente que a educação chamada de "elite" se fazia com
o propósito de formar pessoas para uma cultura alienada da cultura
local ou da cultura de seu tempo. Sabemos, com efeito, que as veleidades
de formação humanística dessas escolas semi-aristocráticas dos nossos
países centro e sul-americanos pretendiam transmitir uma cultura
literária clássica, "latina", e supostamente herdada pelas nossas
culturas indígenas ou mestiças.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A elite colonial
estrangeira, depois a elite monárquica nativa e, por último, a elite
republicana, vinda da Monarquia, todas se enfeitavam com traços dessa
cultura européia e veleidades até de cultura clássica. Somente no século
XX, e mais acentuadamente a partir do fim da segunda guerra mundial, é
que se inicia a desagregação dessa pseudocultura e surgem sinais de uma
autêntica cultura nativa.Diante dessa ruptura dos quadros culturais,
impunha-se, repetimos, a modificação dos "padrões" impostos e o início
de, um regime de liberdade e experiência, com a fixação de padrões a
serem gradualmente atingidos, em sucessivas verificações que, pouco a
pouco, estabelecem, a posteriori, padrões locais, padrões regionais e,
enfim, padrões nacionais. O nacional não se imporia, mas seria o
resultado desejado e buscado, o resultado a alcançar. Por que jamais
estabelecemos essas condições? Por que preferimos os diktats
legislativos, impondo uniformes, rígidos e perfeitos "padrões", para, a
seguir, sob a pressão das força de expansão, conceder autorizações para o
funcionamento de escolas no mais terrível desacordo com tais padrões?
Não é fácil de explicar. Mas, é isto que estamos tentando fazer.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Mantendo
o poder centralizado, dificultando a experimentação e o ensaio,
impondo, artificialmente, "padrões uniformes", que copiávamos de
"modelos" europeus, já na própria Europa, aliás, como antes observamos,
em processo de transformação, tomou o governo central, rigorosamente, a
posição de "metrópole" colonizadora, submetendo a educação a modelos
impostos e alheios às condições sociais e locais. O desejo real seria o
de "coarctar", o de "impedir" a expansão e assim manter o status quo.
Ignorou-se, porém, aquele velho hábito de metamorfosear a realidade por
meio de atos oficiais declaratórios. Logo que a pressão social se fez
suficientemente forte para expandir de qualquer modo as oportunidades
escolares, o grupo social ascendente procurou aproveitar-se daquela
velha atitude de revalidação legal. O controle central, destinado
aparentemente a assegurar a "qualidade" e a obstar a simplificação da
escola, passou a ser, pelo contrário, o próprio instrumento da expansão,
"revalidando" situações, apesar de seu desencontro com os padrões da
lei, por meio de atos que equivaliam a considerá-las idênticas às
daqueles padrões.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O governo central, "poder
concedente", poderoso e distante, fez-se o instrumento da expansão,
autorizando escolas, mediante um sistema de "formalidades" processuais,
fiscalização "nominal" e "legalização" de papéis de exame, dando origem à
criação originalíssima de verdadeiro "cartório educacional", por meio
do qual se "certifica" a educação recebida e se declara não a sua
eficiência, mas a sua legalidade. Educar, no Brasil, transformou-se numa
questão de formalidades técnicas legais, da mesma natureza das que
regem a compra e venda de um imóvel ...A situação não se iniciou com o
desembaraço que hoje a caracteriza. No início houve rigores. Mas o fato
de a escola ser definida em lei e dever ser autorizada a funcionar,
dentro dos "padrões" previstos na lei – altos, perfeitos e rígidos
padrões, a priori fixados – tal fato somente poderia ser compreendido
como um processo de impedir a expansão educacional, ou de não permiti-la
senão quando a escola fosse do tipo conveniente a certa classe, em
condições de aproveitar-se dos padrões estipulados, mais ou menos
estrangeiros e em completa desvinculação com a realidade temporal e
local. Se, em contradição com estes propósitos, a pressão social acabou
por obrigar a expansão de qualquer modo das escolas, havia que mudar a
legislação.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Como não o fizemos, tivemos que manter
apenas na aparência os tais "padrões", duplamente inexeqüíveis:
primeiro, devido à falta de professores e, segundo – o que é mais
importante ainda, se possível – devido a não estarem os alunos de origem
social modesta, que buscavam as novas escolas, nas condições de classe
ou de meio cultural necessárias para tirar real proveito do tipo de
educação puramente acadêmica, previsto nas leis. Para a expansão
imprudente faltavam, assim, professores e alunos do tipo exigido pelos
"padrões" altos e estranhos à cultura local.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Recordemos,
conforme já nos referimos, que também nós tivemos o cuidado de manter
um sistema de ensino dual, embora sem a nitidez do paradigma francês. A
escola primária, a escola normal e as chamadas escolas profissionais e
agrícolas constituíam um dos sistemas; e a escola secundária, as escolas
superiores e, mais recentemente, a universidade, o segundo sistema.
Neste último, dominava a filosofia educacional dos estudos
"desinteressados" ou inúteis, mas supostamente treinadores da mente, e
no primeiro, a da formação prática e utilitária, para o magistério
primário, as ocupações manuais ou os ofícios, as atividades comerciais e
agrícolas.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">No propósito de conservar tranqüilizadora
imobilidade social, o Poder Público adotou a política de manter, de
preferência, as escolas primárias, normais, técnicas e agrícolas –
desinteressando-se pelo ensino secundário acadêmico. Estabelecimentos
deste tipo, não manteria senão alguns poucos, considerados de
demonstração ou modelos. A política educacional seria, assim, a de
promover apenas o sistema público de educação, caracterizado por escolas
populares e de trabalho. Com o objetivo disto assegurar é que o Estado
conservou a legislação anterior de ensino, pela qual tinha o ensino
secundário acadêmico o privilégio de constituir-se o meio de acesso ao
ensino superior. Como tal ensino seria dominantemente particular e,
portanto, pago, acreditou-se ser isto suficiente para limitar a sua
matrícula às classes mais abastadas do país. O ensino primário, o normal
e o técnico-profissional continuariam desse modo as vias normais de
educação das classes populares, fechada, assim, a sua possibilidade de
ascensão social. Pois o ensino secundário, destinado a tal ascensão,
seria privado e pago.Tal duplicidade legislativa deu resultado oposto ao
visado. A grande maioria dos alunos das classes modestas, mas
ascendentes, precipitou-se em grande afluxo para as escolas secundárias.
O Estado julgava que, não as criando nem mantendo, poderia conter a
pressão social para o acesso a elas. Mas, não reparou que, embora quase
não as mantivesse, reconhecia, pela equiparação, as escolas
particulares, quantas aparecessem. E isto era o mesmo, ou era mais do
que mantê-las, pois com isto retiraria à matrícula o caráter competitivo
que as escolas públicas desse nível, não sendo para todos, haveria de
adotar. Por outro lado, também não refletiu que, dada a organização da
escola secundária e, sobretudo, a sua mantida filosofia de escolas
apenas para um suposto "treino da mente", tal escola podia ser barata,
enquanto as demais escolas – para "treino das mãos", digamos, a fim de
acentuar o contraste – seriam sempre caras, pois requeriam oficinas,
laboratórios e aparelhagem de alto custo.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">E foi deste
modo surpreendente e paradoxal que se abriu o caminho para a expansão
escolar descompassada, que se processou em todo o país, nos últimos
trinta anos... De um lado, passamos a ter a escola secundária,
regulamentarmente uniforme e rígida, de caráter acadêmico, e, portanto,
aparentemente fácil de fazer funcionar, com o privilégio de escola de
passagem para o ensino superior (passagem naturalmente ambicionada por
todos os alunos), de custo módico e entregue à iniciativa particular,
mediante concessão pública; e do outro, um sistema público de educação –
a escola primária, a escola normal, o ensino técnico-profissional,
comercial e o agrícola – sem nenhum privilégio especial, valendo pelo
que conseguisse ensinar e não assegurando nenhuma vantagem, nem mesmo a
de passar para outras escolas. Está claro que o sistema público de
escolas, via de regra, entrou em lento perecimento, enquanto a escola
secundária, em sua mor parte, de propriedade privada, mas reconhecida
oficialmente, com o privilégio máximo de ser a estrada real da educação,
iniciou a sua carreira de expansão, multiplicando muitas vezes a sua
matrícula nos últimos trinta anos. Operada essa expansão, passou-se à do
ensino superior. A escola secundária propedêutica tem de se continuar
na escola superior. Multiplicam-se então as faculdades de filosofia, de
ciências econômicas, de direito e, de vez em quando, mais
audaciosamente, até escolas de medicina e de engenharia.Tudo isto se fez
possível, graças à manutenção de uma legislação anacrônica, destinada a
conter a expansão do ensino e mantê-lo somente acessível às classes
mais abastadas. Com efeito, a concessão desse ensino à iniciativa
privada visava torná-lo um ensino caro. A falta de consciência,
entretanto, da sociedade nascente, em relação às dificuldades de ensino
desse tipo criou a oportunidade para que se multiplicassem exatamente as
escolas desse molde acadêmico.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Sentido surpreendente
dessa evolução. Dois conceitos anacrônicos.Impossível não nos
surpreendermos com tal resultado. Imagine-se que na Inglaterra alguém
pensasse multiplicar Oxford e Cambridge, porque essas universidades
eram, até o fim do século XIX, universidades clássicas, sem ciências nem
tecnologia, puramente humanísticas e, portanto... fáceis de manter!Ao
invés da fusão transformadora dos dois sistemas, que se deu em todas as
nações desenvolvidas, tivemos, no Brasil, a expansão da educação de tipo
dominantemente acadêmico, ou como tal considerada. A educação desse
tipo, a mais difícil das educações, foi aqui tornada a mais fácil e a
mais barata. Mas a população brasileira não está a buscar tais escolas
em virtude dos ensinamentos que ministram, pois realmente pouco ensinam,
mas pelas vantagens que oferecem e pelo menor custo de seus estudos, o
que permite que sejam elas ainda escolas privadas. Como nem professores
nem alunos lá estão seriamente a buscar a educação que a escola
"proclama" oferecer, reduzem-se todos os seus pseudo-estudos a
expedientes para passar nos exames.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Os sistemas
escolares que visamos imitar transformaram-se e hoje são sistemas
unificados de estudos acadêmicos, científicos e tecnológicos, de acesso
baseado na competência e no mérito. Nós, pelo contrário, expandimos tudo
que era, na Europa, resultado de anacronismo ou de errôneas teorias
psicológicas, levando os nossos sistemas escolares ao incrível paradoxo
de se transformarem em uma numerosa congérie de escolas de ensino para o
lazer, em uma civilização dominantemente de trabalho e produção.No
esforço de explicar tal paradoxo, talvez se deva recordar que no século
dezoito gozava grande voga a teoria da educação para a ilustração, de
certo modo aparentada à da educação acadêmica para cultura geral. Tal
educação seria sempre um bem em si mesma e que importaria distribuir a
quantos se pudesse, mesmo em quantidades ínfimas. Não seria impróprio
chamar-se tal concepção de concepção mágica de educação. Diante dela, a
escola passa a ser um bem em si mesma e, como tal, sempre boa, seja
pouca ou inadequada, ou mesmo totalmente ineficiente. Algo será sempre
aprendido e o que for aprendido constituirá um bem.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">É
graças a concepções desse feitio que devemos poder racionalizar a nossa
expansão irresponsável de escolas e justificar a nossa coragem de
chamá-las de escolas acadêmicas ou intelectuais.Mas, se conservamos
ainda a concepção perempta e mística dos séculos dezoito e dezenove, não
conservamos as condições dominantes naquele tempo. Temos hoje as mesmas
necessidades dos países desenvolvidos, precisando de nos educar para
novas formas de trabalho e não apenas formas novas de compreender o
nosso papel social e humano, como seria o caso nas tranqüilidades, a
despeito de tudo, do século dezoito.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Daí, então, a
educação – e quando falo em educação compreende-se sempre educação
escolar – precisar ser, tanto num país subdesenvolvido, quanto nos
países desenvolvidos, eficiente, adequada e bem distribuída,
significando por estes atributos: que deve ser eficaz, isto é, ensine o
que se proponha a ensinar e ensine bem: que ensine o que o indivíduo
precisa aprender e mais, que seja devidamente distribuída, isto é,
ensine às pessoas algo de suficientemente diversificado, nos seus
objetivos, para poder cobrir as necessidades do trabalho diversificado e
vário da vida moderna e dar a todos os educandos reais oportunidades de
trabalho.A educação faz-se, assim, necessidade perfeitamente relativa,
sem nenhum caráter de bem absoluto, sendo boa quando, além de eficiente,
for adequada e devidamente distribuída. Já não nos convém qualquer
educação dada de qualquer modo. Deste tipo já é a que recebemos em casa e
pelo rádio e pelo cinema. A educação escolar tem de ser uma determinada
educação, dada em condições capazes de torná-la um êxito, e a serviço
das necessidades individuais dos alunos em face das oportunidades do
trabalho na sociedade.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A contradição entre estas novas
necessidades educativas e o velho conceito místico e absoluto da
escola-bem-em-si-mesma, juntamente com a expectativa de automática
ascensão social pela escola que antes analisamos, deve ajudar-nos a
identificar a gravidade da falsa expansão educacional brasileira.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>5) Distância entre os valores proclamados e os valores reais</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Estamos,
com efeito, ao contrário do que fizeram os países desenvolvidos, a
inspirar a nossa expansão educacional com os conceitos de
educação-bem-em-si-mesma e de educação exclusivamente para fruição e
lazer, há um século, pode-se dizer, superados. São estes os dois
conceitos errôneos, que, a nosso ver, ainda dominam, na realidade
prática, a política educacional brasileira, quiçá sul-americana: a) a
concepção mística ou mágica da escola, pela qual toda e qualquer
educação tem valor absoluto e, por conseguinte, é útil e deve ser
encorajada por todos os modos; b) a concepção de educação escolar como
processo de passar, de qualquer modo, automàticamente, ao nível da
classe média e ao exercício de ocupações leves ou de serviço e não de
produção.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Respondem tais conceitos pelas
racionalizações com que substituímos os valores que proclamamos pelos
valores reais bem diversos, que praticamos, conforme se poderia
facilmente exemplificar. Assim, ao mesmo tempo em que proclamamos a
importância suprema do ensino primário, aceitamos a sua progressiva
simplificação: pela redução de horários para alunos e professores e a
tolerância cada vez maior de exercício de outras ocupações pelos mestres
primários; pela redução do currículo a um corpo de noções e
conhecimentos rudimentares, absorvidos por memorização, e a
elementaríssima técnica de leitura e escrita; pela precariedade da
formação do magistério primário; pela improvisação crescente de escolas
primárias sem condições adequadas de funcionamento e sem assistência
administrativa ou técnica; pela perda crescente de importância social da
escola primária, em virtude de não concorrer especialmente para a
classificação social dos seus alunos; pela substituição de sua última
série pelo "curso de admissão" ao ginásio, buscado como processo mais
apto àquela desejada "reclassificação social".</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Ao mesmo
tempo em que proclamamos o ensino médio como recurso para melhorar o
nível de formação de nossa força de trabalho, admitimos a sua expansão
por meio de escolas ineficientes, com programas livrescos, horários
reduzidos e professores improvisados ou sobrecarregados, em virtude das
expectativas que gera de determinar a passagem para as ocupações de tipo
classe média que é o que realmente buscamos.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Proclamando
a necessidade da formação dos quadros de nível superior, aceitamos,
fundados na mesma duplicidade de objetivos, a improvisação crescente de
escolas superiores, sobretudo aquelas em que a ausência de técnicas
específicas permite a simulação do ensino, ou o ensino simplesmente
expositivo, como as de economia, direito, filosofia e letras.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Nos
demais campos, promovemos, cheios de complacência, campanhas educativas
mais sentimentais do que eficientes, na área da educação de adultos, da
educação rural e do chamado bem-estar social. Resistindo à idéia de
planejamento econômico e financeiro, insinuamos, implicitamente, que se
pode fazer educação sem dinheiro, animando campanhas de educandários
improvisados e crenças ainda menos razoáveis de que toda a educação pode
ser gratuita, para quem quiser, do nível primário, ao superior, sejam
quais forem os recursos fiscais e em que pese a deficiência per capita
da nossa "riqueza nacional".</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Poderíamos continuar a
alinhar outros fatos, ou desdobrar os apresentados em outros tantos,
como, por exemplo, os relativos ao currículo secundário,
reconhecidamente absurdo pela impossibilidade de ensinar tantas
matérias, mesmo com professores ótimos, no tempo concedido, mas ainda
assim tranqüilamente aceito em sua ineficiência, porque a educação
sempre foi isto, uma espécie de atirar-no-que-viu-e-matar-o-que-não-viu,
não se concebendo que haja exigência de tempo, espaço, equipamento,
trabalho e dinheiro, acima de um minimum minimorum que torne a educação
sempre possível e para toda a gente. Somente a concepção de educação
como uma atividade de caráter vago e misterioso é que poderia levar-nos a
aceitar essa total e generalizada inadequação entre meios e fins na
escola. A isto é que chamo de concepção mágica da educação, que me
parece a dominante em nosso meio como pressuposta inconsciente e base de
nossa política educacional. Não podemos modificar por ato de força a
mentalidade popular em educação, como não podemos modificar a crença de
muitos no uso, por exemplo, da prece para chover; mas, já chegamos
àquele estágio social em que não oficializamos, não legislamos sobre a
obrigação de preces públicas contra flagelos climatéricos ...Em
educação, há que fazer o mesmo. Toda essa educação de caráter mágico
pode ser permitida, pode ser deixada livre; mas, não deve ser sancionada
tendo conseqüências legais. Este, o primeiro passo para que tais
tentativas sejam realmente tentativas e tenham caráter dinâmico,
tornando possível o progresso gradual das escolas, desse estágio mágico
até o estágio lógico ou científico, em que meios adequados produzam os
fins desejados.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">A escola primária entre nós
encontra-se, aliás, nessa situação. Não se dá ao seu diploma nenhum
valor especial e, por esse motivo, chegou a ser uma escola de razoável
autenticidade. Se hoje está perdendo esse caráter é que as escolas de
nível secundário não obedecem ao mesmo regime e, tendo como alto prêmio o
seu diploma, estão atraindo os alunos antes de terminarem o curso
primário, o qual assim se isola e se desvaloriza socialmente.É
indispensável que a escola secundária tenha a mesma finalidade geral
educativa que possui a escola primária, sem outro fim senão o dela
própria. Só assim, como a escola primária, ela será, quando tentativa,
uma tentativa com as vantagens e incertezas de uma tentativa, e quando
organizada e eficiente, uma escola realmente organizada e eficiente,
dando os frutos de sua eficácia.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">É felizmente para isto
que marchamos, à medida que a mentalidade da nação, sob o impacto das
mudanças sociais e da extrema difusão de conhecimentos da vida moderna,
vem, gradualmente, substituindo seus conceitos educacionais, ainda
difusos, pelos novos conceitos técnicos e científicos, e apoiando uma
reconstrução escolar, por meio da qual se estabeleça para os brasileiros
a oportunidade de uma educação contínua e flexível, visando prepará-los
para a participação na democracia e para a participação nas formas
novas de trabalho de uma sociedade economicamente estruturada,
industrializada e progressiva. Grande passo neste sentido foi a lei, já
em vigor, de equivalência relativa entre o curso acadêmico e os cursos
vocacionais.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Essa educação, nas primeiras seis séries,
comum e obrigatória para todos, prosseguirá em novos graus, no nível
médio, para os mais capazes e segundo as suas aptidões, visando, como a
de nível primário, à preparação para o trabalho nas suas múltiplas
modalidades, inclusive a do trabalho intelectual, mas não somente para
este.A continuidade da escola – em seus diferentes níveis irá
emprestar-lhe o caráter de escola para todos, sem propósito de
classificação social, dando a cada um o de que mais necessitar e mais se
ajustar à sua capacidade, com o que melhor se distribuirá ou
redistribuirá a população pelas diferentes variedades e escalões do
trabalho econômico e social, segundo as necessidades reais do país em
geral e de suas regiões em particular.Tal sistema de educação popular,
abrangendo de 11 a 12 séries ou graus, permitirá, quando completo ou
integralmente organizado, que o aluno se candidate, após a última série
ou grau, ao ensino superior, pelo regime de concurso. Não visa,
entretanto, ao preparo para esse exame, pois terá finalidade própria,
significando, nos termos mais amplos, a educação da criança, no período
da escola primária, e a educação do adolescente, no da escola média.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">O
que será essa educação não será a lei que o vai dizer, mas a evolução
natural do conhecimento dos brasileiros relativamente à criança e ao
adolescente e à civilização moderna e industrial em que a escola, no
primeiro nível, vai iniciar as crianças e, no segundo nível, habilitar
economicamente os jovens adolescentes brasileiros. Tal escola mudará e
transformar-se-á como muda e se transforma toda atividade humana baseada
no conhecimento e no saber. Progrediremos em educação, como
progrediremos em agricultura, em indústria, em medicina, em direito, em
engenharia – pelo desenvolvimento do saber e pelo melhor preparo dos
profissionais que o cultivam e o aplicam, entre os quais se colocam, e
muito alto, os professores de todos os níveis e ramos."</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
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