quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Lula esclarece: "não tem uma viva alma mais honesta do que eu" (Noticiário do Estadão)

Os brasileiros podem ficar como Lula: tranquilos! O novo varão de Plutarco é o sujeito mais honesto do país. A primeira e óbvia prova desse fato é a entrevista que ele deu aos blogueiros chapa-branca, aqueles que vivem pendurados nas tetas das estatais para falar bem do governo. A Lula, o honesto, só falta um pouco de coragem de se submeter ao escrutínio de uma entrevista coletiva de verdade, onde estejam representados todos os órgãos de imprensa. Covarde, porém honesto, que provem o contrário. A propósito de coragem, ele deveria fazer uso de aviões de carreira nos seus constantes deslocamentos a Brasília, em vez de se valer dos favores dos grandes empresários que lhe cedem seus jatinhos. O honesto veria a recepção que o espera nos aeroportos. Amostra do ânimo da população sofreu Lulinha outro dia em Angra dos Reis. A movimentação dessa honesta criatura indica que a Lava Jato, e o japonês da federal, já rondam à sua porta com duas tornozeleiras. 
  Segue abaixo, na íntegra, a reportagem do jornal Estado de São Paulo sobre as declarações de Lula, o honesto, em 20/01/2016. O leitor julgue conforme seu discernimento. Ah sim. Lula, o honesto, afirmou estar "tranquilo". Curiosidade e coincidência: toda vez que alguém acusado de alguma trapaça se declara "tranquilo", é batata; aí há Otis.

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"Em café da manhã com blogueiros petistas na manhã desta quarta-feira, 20, no Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ‘não tem uma viva alma mais honesta’ do que ele. O petista começou a responder perguntas a partir das 10h. Na primeira resposta, Lula falou sobre investigação de corrupção.
“Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste País, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da igreja católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual, mas eu duvido”, disse.
Oficialmente, Lula não é alvo da Operação Lava Jato, a maior investigação contra a corrupção já realizada no País e que pegou antigos aliados seus, quadros históricos do PT, como José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido – ambos estão presos em Curitiba, base da missão Lava Jato.
Lula já depôs na Polícia Federal na condição de ‘informante’. “Não existe nenhuma ação penal contra mim, o próprio (Sérgio) Moro (que conduz as ações da Lava Jato na 1ª instância) disse que eu não sou investigado”, afirmou. “Em respeito ao depoimento que eu fiz na Polícia Federal e no Ministério Público, não acho que existe nenhuma possibilidade de ação penal, a não ser que seja uma violência contra tudo o que existe neste País.”
Disse ainda. “Estou muito tranquilo
O petista disse que ‘o governo criou mecanismos para que nada fosse jogado embaixo do tapete nesse País’. Para Lula, a presidente Dilma Roussef um dia será enaltecida, pelo que ela criou condições para permitir que ‘neste país todos saibam que têm que andar na linha’. Segundo o ex-presidente, isto vale do ‘mais humilde ao mais alto escalão brasileiro’.
Afirmou. “A apuração de corrupção é um bem desse país.”
“Já ouvi que delação premiada tem que ter o nome do Lula, senão não adianta”, declarou. “Duvido que tenha um promotor, delegado, empresário que tenha a coragem de afirmar que eu me envolvi em algo ilícito.”
O ex-presidente afirmou que ‘tem uma tese que o Lula faz jogo de influência’. “As pessoas deveriam me agradecer. O papel de qualquer presidente é vender os serviços do seu País. Essa é a coisa mais normal em um país”, disse. “Como se o papel de um presidente fosse ser vaca de presépio.”
Na conversa com blogueiros petistas nesta quarta-feira, 20, o ex-presidente Lula disse que ‘sempre teve um tratamento diferenciado’ da imprensa, desde que foi dirigente sindical. “Nunca fui bem tratado, sempre fui tratado com certo desdém.” Lula falou sobre processos judiciais que seus advogados têm movido contra jornalistas.
As ações tiveram início desde que o nome do ex-presidente passou a ser citado em reportagens sobre a Lava Jato, operação da Polícia Federal e da Procuradoria da República que levou para a cadeia alguns de seus mais importantes aliados, como o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu. “Eu comecei a processar. Diferentemente do que eu pensava há algum tempo. O pessoal dizia: processar não adianta. As pessoas diziam: você processa Veja, cai tudo na mesma Vara em Pinheiros e não acontece nada. Não sei se é verdade, mas o pessoal diz isso. Comecei a processar jornalistas. Quando processo jornal, o dono do jornal se livra do processo jogando a culpa no jornalista. Então, eu falei: vou começar a processar jornalista para ver se a gente recupera a dignidade da categoria e as pessoas verem que quando escrevem alguma coisa prejudicando alguém aquilo tem consequência. Contratei o Nilo Batista (advogado). Daqui prá frente vou processar todo mundo, criminalmente, civil, sei lá. Prá ver se a gente consegue colocar um pouco de ordem na casa.”
Lula citou um de seus filhos, Fábio. “A desfaçatez é tamanha. Eu tenho um filho, Fábio, o que fazem com ele é uma violência. Quando eu vejo, meu filho é dono da Friboi, dono de todas as cabeças de gado, é dono da Casa Branca, do Kremlin, eu fico imaginnando daqui a pouco o cara que ganhou dinheiro com o corpo do Lenin, do Mao Tse Tung. Uma desfaçatez tamanha. A gente começou a abrir processo agora. Eu acho que temos que processar. Vocês estão lembrados, quando eu cheguei no governo, em 2003, a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) apresentou um projeto para criar o conselho nacional, a OAB dos jornalistas. Foi entregue pela Fenaj. O pessoal analisou, vamos dar entrada. Quando demos entrada foi um cacete que nem a Fenaj defendeu. O jornalista que cobria o Palácio do Planalto atacava o projeto. Então, eu vou atrás dessas coisas.”
O ex-presidente afirmou que ‘tudo aquilo que seus advogados entenderem cabível de processo vai entrar’.

“Um dia eu ganho um. Antigamente, os jornais tinham dono, você falava com o dono. Hoje você tem preposto, você tentava resolver alguma coisa, hoje os donos não falam mais nada, hoje é executivo. A politização da imprensa chegou a tal ordem. Admito que tenham um lado, que publiquem editoriais, o que quiserem. A única coisa que não admito é mentira na informação, é mentira. Daqui prá frente vou processar. Tem muito processo a dar com pau. Vamos cada vez mais, não tem outro jeito. Eu não gostaria que fosse assim. Quando a gente processa eles a gente não está sendo democrático. Na verdade, a Justiça existe para fazer reparação. Pensei que a Dilma ia ser mais bem tratada por ser mulher. Mas é ideológica a coisa, é uma coisa de pele. Você não tem a minha pele meu caro, então não entra no meu clube. Te aceito do portão prá fora. As pessoas de mais baixa renda nesse país não podem ter ascensão que incomoda as pessoas. Eu vou me defender.”

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