Na campanha de 1982, no Rio
de Janeiro, Leonel Brizola foi protagonista de uma das suas mais hilárias
intervenções em disputas eleitorais. Participando de debate com os demais pretendentes ao governo
carioca – Moreira Franco, Miro Teixeira e Sandra Cavalcanti – Brizola
interpelou Moreira Franco com uma observação ferina.
Moreira - a Dilma de então - fazia 1.001 promessas: faria isso e aquilo para tudo e para todos. O velho caudilho gaúcho então lhe disse: “se tu prometeres dar também casa, comida e roupa lavada, até eu votarei em ti”. A debochada frase deixou o então candidato do PDS (sucessor da ARENA), coberto de ridículo sem ter como replicar. A plateia e os telespectadores caíram na gargalhada.
Moreira - a Dilma de então - fazia 1.001 promessas: faria isso e aquilo para tudo e para todos. O velho caudilho gaúcho então lhe disse: “se tu prometeres dar também casa, comida e roupa lavada, até eu votarei em ti”. A debochada frase deixou o então candidato do PDS (sucessor da ARENA), coberto de ridículo sem ter como replicar. A plateia e os telespectadores caíram na gargalhada.
Marina Silva bem podia utilizar a mesma
tática. Em algum próximo debate com dona Dilma, onde esta certamente vai
desfiar habitual e tedioso rosário de promessas, Marina poderia dizer que se
Dilma garantir que, além de casa, comida e roupa lavada, a roupa ainda será
passada e engomada, receberá na hora o seu voto. Se houver tal garantia, Marina
poderia dizer que renuncia à sua candidatura à presidência, tornando-se
incontinenti entusiasmada apoiadora da madame Rousseff.
Madame Dilma tem o estopim curto e
nenhum senso de humor. Não resiste a um golpe de ironia, esta milenar arma dos
fracos, mortal contra os poderosos. Todo o país já se apercebeu do jeitão
truculento da candidata à reeleição. Acostumada ao estilo façanhudo próprio da
Casa Grande, não consegue tolerar qualquer discordância emanada de subalternos
e, muito menos, quando vinda da Senzala.
Marina é a mulatinha atrevida que ousa divergir da sinhá e ameaçar-lhe a posse de seus bens, seus amores. Fossem outros os tempos, correria o risco de ter os dentes quebrados a golpes de tamanco (como não era incomum nos tempos da escravidão), remédio infalível para domesticar mulheres de cor, metidas a Negra Fulô.
Marina é a mulatinha atrevida que ousa divergir da sinhá e ameaçar-lhe a posse de seus bens, seus amores. Fossem outros os tempos, correria o risco de ter os dentes quebrados a golpes de tamanco (como não era incomum nos tempos da escravidão), remédio infalível para domesticar mulheres de cor, metidas a Negra Fulô.
O grande poeta alagoano Jorge de Lima,
visionário como todo artista, anteviu o conflito entre Dilma e Marina, em seu
formidável poema Negra Fulô. O ódio de Dilma tem justificativa. A negra Fulô
está a um passo de derrotar a branca sinhá.
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