O jornalista Ricardo Noblat descreveu com precisão a conduta de dona Dilma em Nova York. Diante do
mundo, ela se revelou provinciana, arcaica e míope. Envergonha quem esperava
dela o mínimo de grandeza. Não foi, contudo, algo inesperado. A mediocridade da madame não causa espanto a ninguém que tenha, ao menos, dois neurônios na cabeça e um mínimo de sentido ético.
"Por que Dilma não se fantasia de estadista e se oferece para
intermediar negociações entre o mundo civilizado e os bárbaros assassinos do
Estado Islâmico – aqueles que chocam o planeta ao degolarem seus prisioneiros?
Ontem, foi a vez do francês Hervé Gourdel, capturado no último
domingo na Argélia por extremistas do grupo Jund al-Khilafah (soldados do
Califado), vinculado ao Estado Islâmico.
A execução de Gourdel – como as anteriores - foi filmada para
horror universal.
Quando Dilma decidiu comparecer à abertura de mais uma
Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque, imaginou-se que ela tentaria se
apresentar por lá como a presidente de um país importante.
A ocasião seria perfeita para que ela se debruçasse sobre os
principais problemas que afligem a Humanidade, reforçando, talvez, a pretensão
do Brasil de um dia vir a ser admitido como membro permanente do Conselho de
Segurança da ONU.
Não foi o que aconteceu.
Dilma discursou como candidata a presidente do Brasil na eleição
marcada para o próximo dia cinco. A tribuna da ONU serviu apenas como símbolo
de poder para destacar Dilma dos seus adversários mais próximos – Marina Silva
e Aécio Neves.
Ali, Dilma aproveitou para gravar mais um dos seus programas de
propaganda eleitoral. Limitou-se a repetir o que tem dito à exaustão em
pequenos comícios pelo Brasil a fora. Na véspera havia derrapado feio ao
abordar a realidade internacional em outro discurso.
A ONU aprova o emprego da violência pelos Estados Unidos e uma
coligação de países que bombardeiam áreas da Síria sob o domínio do Estado
Islâmico. Não é possível contemporizar com um tipo de terror que de fato ameaça
o mundo.
Dilma, porém, contemporizou. Tratou os Estados Unidos e o Estado
Islâmico como partes que deveriam sentar à mesa para discutir suas
divergências. Como se tudo não passasse de divergências. Como se os Estados
Unidos e o Estado Islâmico se equivalessem. Como se fosse possível
dialogar com cortadores de cabeças.
Fiquei envergonhado com a performance de Dilma. Acho que muita
gente também ficou.
Perto do desfecho do seu atual mandato, Dilma revelou-se
provinciana, arcaica e míope. Muito menor do que a cadeira que ocupa no Palácio
do Planalto".
Dona Dilma é patética.
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