terça-feira, 23 de setembro de 2014

Promessas e demagogia nas eleições mineiras


Fernando Pimentel é candidato a governador de Minas Gerais pelo PT. Foi o mais poderoso ministro de dona Dilma, o que não é de causar espanto em vista da grande intimidade de ambos (vinda desde os tempos negros em que se devotavam a atividades terroristas, nos anos 60 e 70 do século passado). Pimentel era assim, como se diz em Minas, gente da mesa de dona Dilma: o protegido, o apadrinhado, o conselheiro favorito, o chalaça. Tomava cafezinho ao pé do fogão, lá na cozinha, onde entrava pela porta dos fundos, dando bicotas e beliscões marotos na criadagem distraída. 

A parceria da presidente com seu ministro favorito tem, pois, uma larga história. Enquanto Dilma fazia suas estripulias em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo (assalto a bancos, quartéis e outras ações deletérias), Pimentel migrou para o Rio Grande do Sul, onde se devotou a fazer, também, aquilo que os terroristas costumam fazer.  

Em sua vistosa propaganda a governador de Minas, Pimentel ataca os tucanos e seu candidato Pimenta da Veiga. Acusa-os por não terem construído unidades de saúde (especialmente hospitalares), que atendessem às necessidades da população.  Promete, então, construir hospitais em todas as regiões do estado. 

Fazer promessa é fácil para Pimentel. Ele é especialista nesse quesito. Ele e a companheirada do PT que prometeram mundos e fundos aos brasileiros. Só de creches, o prometido por dona Dilma beirou a casa de nove milhares; aeroportos, nem se fala: era coisa para 800 deles em todos os recantos do país. 

Clínicas e policlínicas seriam tantas, e de tal qualidade, que o cidadão até ficaria com vontade de adoecer, só para ser atendido em uma delas. Esta frase é de Lula, em um de seus delírios costumeiros, quando da inauguração de unidade de saúde em Pernambuco. A fanfarronice, contudo, não prosperou. Assim que ele precisou de atenção médica especializada por causa de um câncer, correu rapidamente para o famoso e caríssimo hospital Albert Einstein, em São Paulo, em vez de procurar uma unidade pública de saúde. Lula pode ser boquirroto, mas não é tolo. 

Voltando às promessas de Pimentel e do PT, pode-se ver o elevado grau de embromação no qual opera essa gente, observando o que eles fizeram no governo federal para atender à população. Nem é necessário remeter aos escândalos habituais, como o dos sanguessugas, em que a turma meteu a mão no dinheiro público comprando ambulâncias por preços superfaturados. Fiquemos apenas nos leitos hospitalares destinados a pacientes do SUS.    

O quadro abaixo mostra com a maior clareza que a turma de Pimentel conseguiu uma façanha: reduziu em 41.713 o número de leitos do SUS disponíveis para o Brasil, no período de 2005 a 2012. Em Minas Gerais a redução alcançou 5.170 leitos no mesmo período. Pimentel, no entanto, propaga aos quatro ventos que vai dar aos mineiros os leitos hospitalares que o PT retirou do SUS nos últimos anos de governo petista. 

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