sábado, 4 de outubro de 2014

OAB e Joaquim Barbosa

A grande imprensa divulgou que o ministro Joaquim Barbosa teve questionada sua inscrição como advogado, na seção da OAB do Distrito Federal. Se fosse Zé Dirceu o postulante ao registro, certamente estariam fazendo festas para comemorar tão brilhante aquisição para os quadros da vetusta entidade que congrega os profissionais do Direito. 

Joaquim Barbosa, no entanto, homem íntegro que dignificou a mais alta magistratura do Brasil em todos os tempos, é afrontado por algum borra-botas qualquer à procura de vingança contra o magistrado negro. Aliás, nenhum dos inumeráveis grupos que se querem representantes dos ditos afrodescendentes pátrios, deu um pio sequer a respeito. 

Em vista do ocorrido, Joaquim Barbosa deve se sentir, antes, homenageado, que vilipendiado. Afinal, já dizia Grouxo Marx, não se deve entrar para clube que nos aceita como sócios. E a sociedade configurada no Distrito Federal não parece ser das mais recomendáveis a um homem de vida honrada, como é o caso do ex-ministro do STF.

O ódio a Joaquim Barbosa tem explicação. Joaquim Barbosa, de uma certa maneira, validou as condenações que os mensaleiros receberam em tempos idos, pelos generais de outrora. Vistos os fatos, agora, de uma posição mais distante e mais serena, somos obrigados a reconhecer: os milicos tinham razão quando puniram aquele bando de assaltantes de bancos, terroristas e assassinos que queriam tomar o poder à força no Brasil. 

Joaquim Barbosa desvendou a mistificação que ainda hoje busca se implantar, como se pode ver na atuação da dita Comissão da Verdade. Essa gente quer, tão somente, criar nova versão sobre a história do país, dando foros de heroísmo aos atos dos mesmos criminosos condenados no processo do mensalão. 

Os generais, se não fossem tão truculentos, teriam submetido os mensaleiros de hoje, terroristas de ontem, a um processo judicial que dispensasse abusos de poder e perseguições indecorosas. Somente os instrumentos jurídicos disponíveis à época, já bastariam para por a nu as condutas e os atores que buscavam, há mais de quarenta anos, destruir as bases da democracia brasileira, ainda então incipientes.

Joaquim Barbosa, então, desmistificou, sem que o tenha querido propositalmente, o miolo dos argumentos dos guerrilheiros de festim, gente como Zé Dirceu, Dilma e Genoíno, supostos heróis da nacionalidade. Dona Dilma, aliás, vem sendo tratada como a mulher do "coração valente", em explícita alusão aos seus tempos de terrorista, como se fora uma espécie de Joana D'Arc a conduzir o povo. Joaquim Barbosa, felizmente, demonstrou que o rei, e a rainha, estão nus. 

Os generais tinham razão quando condenaram tais malfeitores. Por isso o ódio dos reescrevedores da história; ficaram com a bunda de fora. Barbosa sofrerá por isso pelo resto de sua vida. Cúmplices da quadrilha do mensalão tudo farão, sempre que isso for possível, para atingir o ministro. No mínimo, babarão na escada para que Joaquim Barbosa escorregue e quebre o pescoço.     

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