domingo, 28 de setembro de 2014

Cem anos de perdão

A imprensa divulgou a seguinte informação:

"A polícia suspeita que os três homens armados que roubaram R$ 50 mil do Comitê Financeiro Único da campanha do candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, às 14h30 deste sábado, 27, tinham informações da existência de um cofre no imóvel, situado à Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 4187, Ibirapuera, na zona Sul da cidade. Os ladrões invadiram o local já questionando as vítimas sobre o lugar onde estava o cofre".

Os três companheiros que desapropriaram o comitê petista são uns apressadinhos. Certamente, resolveram antecipar sua participação no saqueio contumaz em que a companheirada é profissional. Uai, todo mundo não ganha uma beirada?

Se, em vez do código penal, for aplicado a eles - os apressadinhos - o preceito de milenar tradição, nada sofrerão de mais grave: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, bem no espírito do que recentemente proclamou Lula da Silva sobre eventuais assaltos aos banqueiros, prática compreensível, segundo a rombuda criatura. 

Autoridades do PT negaram que havia dinheiro vivo no local assaltado. Os companheiros apressadinhos teriam levado apenas cheques. Será muito engraçado se a polícia botar a mão nos gatunos iniciantes, e eles confirmarem que se apropriaram, sim, de grana viva. Ficará configurado possível crime eleitoral da campanha petista, o que não causará espanto a ninguém, dada sua recorrência e intensidade nos esquemas governistas. Bom cabrito não berra. 

Imaginemos a cena: de um lado os ladrões dizendo que roubaram milhares de reais; de outro lado, a vítima afirmando que os companheiros apressadinhos não levaram nada, que não houve qualquer prejuízo, somente alguns cheques sem assinatura. Roubei, sim! diz um; Não roubou, não, responde o outro! Uma verdadeira piada a mais no pastelão costumeiro.

A verdade, mais uma vez comprovada, é simples e luminosa: onde petistas estão envolvidos, alguma trapaça está em andamento. Num eventual segundo turno, a campanha de Marina Silva já tem o seu mote: "lugar de ladrão é na cadeia". Pelas reportagens sucessivas que esclarecem sobre a natureza da turma, será um Deus nos acuda generalizado.  

Salve-se quem puder! Marina e Joaquinzão vêm aí!

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