sábado, 23 de agosto de 2014

Marina e a crítica ao projeto totalitário

Marina Silva continua a surpreender o Brasil. Foi dela a mais contundente crítica ao projeto totalitário do PT. Para os petistas, conforme se sabe há tempos, não há distinção entre Estado, Governo e Partido. Estas instâncias perdem sua especificidade no jogo político, numa redução perversa  que mata no berço qualquer veleidade de se ter uma democracia constitucional. Qual um crocodilo - Leviatã? - o Partido destroça e digere as funções que são governamentais e/ou estatais. Vem desse procedimento a crítica recorrente ao que se chama "aparelhamento", praticado desde sempre pelo PT na administração pública.

O século XX assistiu o surgimento de experiências totalitárias cuja medida se faz em milhões... de mortos, por suposto, indicando os riscos sofridos pela humanidade. O comunismo em suas diferentes roupagens - maoísmo, castrismo, leninismo, estalinismo - bem como o fascismo, igualmente travestido de peculiaridades locais ou regionais - nazismo, salazarismo, franquismo e outros ismos - foram varridos para o lixo da história, deixando um espólio que figuras caricatas da América Latina, Ásia e África tentam ressuscitar. 

Estão aí, para ficarmos no mais próximo, o lulismo e o chavismo, anacrônicas manifestações de um totalitarismo tardio, sem falar nos jihadismos peculiares onde prospera o Islã. Marina Silva, por incrível que possa parecer, em vista de sua origem política, foi ao nervo da questão ao apontar o necessidade de se separar Estado, Governo e Partido. Caso persevere nessa senda, o país estará dando um passo à frente. 

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