Se Temer quer, mesmo, ser "mais" presidente, como declarou a O Globo, então pode começar livrando-se da Petrossauro. Aí vão cinco razões:
1. Ao contrário do
que dizem, não gera riqueza para ninguém, além daqueles que se locupletam com
as falcatruas. Em maio de 2008, a Petrobras valia R$ 510 bilhões – seu recorde.
Hoje, após a revelação das ladroagens que carcomeram a estatal, está valendo R$
183 bilhões. Sim, uma queda de 64%. Isso é “gerar valor”? Além disso, a
Petrobras não tornou o Brasil auto-suficiente em petróleo, o seu objetivo
principal.
2. A Petrobras não
destrói a riqueza apenas dos investidores. Mesmo quem está fora da Bolsa (a
grande maioria dos brasileiros) arca com os descalabros da estatal. Todos
bancam os prejuízos e os sanguessugas que infestam a empresa por meio dos
impostos, da sangria de recursos do Tesouro para cobrir seus rombos e do preço
alto da gasolina, em momentos de queda do petróleo no mercado internacional.
3. A Petrobras tem
uma gestão totalmente inepta, fruto de décadas como cabide de emprego para
aspones de políticos. Segundo relatório da Mckinsey, os projetos de construção
de plataformas FPSO da estatal demoram 68% mais que a média global para concretizar-se
Pior: nem esse prazo incompetentemente maior é cumprido. Na média, o atraso na
entrega é de 12 meses. Pior: os custos de produção são 350% maiores.
4. A desculpa era de
que os atrasos fazem parte do aprendizado da indústria local, que precisa desenvolver
tecnologia para atender aos percentuais de conteúdo nacional. Mentira: como se
viu na Lava Jato, a ideia é mesmo restringir o mercado aos amigos da corrupção.
A Embraer é uma empresa competitiva internacionalmente, porque incorpora em
seus projetos o que há de mais moderno em tecnologia no mundo, e não porque
fica reinventando a roda juntamente com parceiros que só querem uma boquinha.
5. A Petrobras não
gera tecnologia como as petrolíferas privadas. A estatal tem 1.515 pedidos de
patentes. A Shell, mais de 16 mil.
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