segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Juscelino Kubitschek


Se ainda vivo fosse, o presidente Juscelino, nascido em Diamantina, em 1902, estaria completando 114 anos hoje,12 de setembro de 2016.

Juscelino foi o melhor prefeito de Belo Horizonte, o mais destacado governador de Minas Gerais e o maior dos presidentes da república brasileira. Foi grande no nível micro, bem como no nível mais elevado da administração pública. Seu espírito de estadista não encontrou obstáculo para se manifestar em qualquer dos âmbitos permitidos pela política. 

Ainda recentemente sua grandiosa obra na capital mineira foi reconhecida pela UNESCO, tornando-a patrimônio da humanidade. 

No entanto, quando se vê os candidatos a prefeito de Belo Horizonte (nas atuais eleições, onde comparecem onze pretendentes), cansando a população da cidade, e não falando mais que abobrinhas pueris, a luz da memória faz resplandecer a visão de mundo do notável prefeito Juscelino.

Aliás, é bem possível que poucos dos candidatos sequer tenham ouvido falar do saudoso presidente JK. A linha de memória da maioria não vai além dos anos 80 do século passado. O tom das abordagens que fazem nos meios de comunicação parece aquele de candidatos a vereador em algum dos miseráveis grotões de Minas Gerais, que os há às centenas e para todos os gostos; o total alcança a inacreditável marca de 853 municípios. 

Numa síntese ligeira, todos estão a prometer casa, comida e transporte grátis. Dependendo do caso, adicionam ao cardápio a oferta de roupa lavada, passada e, até, engomada. A redundância discursiva provoca o efeito que as pesquisas indicam: os candidatos, após algumas semanas do início do pleito, permanecem com praticamente o mesmo capital eleitoral que tinham na largada, variando alguns pontos de percentagem para cima ou para baixo. 

Fato curioso é a constante declaração dos candidatos de pretenderem "cuidar" das pessoas. Ora, quem cuida da gente são nossos parentes. A prefeitura deve cuidar da cidade. A pretensão de transferir para o poder público responsabilidades familiares já deu no que deu em outras oportunidades. Exemplo recente está com dona Dilma - a expelida do Planalto - com sua totalitária ideia de ser a "mãe" do PAC. 

Quem tem pais não precisa, nem quer, ter u'a bruxa corrupta como mãe vicária. Getúlio, da mesma forma, era dado ao papel de "pai" dos pobres, deformação espiritual típica do fascismo periférico tardio, cujo exemplo mais eloquente está na Venezuela e seus sequazes bolivarianos. Lula, de todos, foi mais sabido. Com sua sagacidade de predador forjado no sindicalismo, contentou-se em ser não mais que o impudico e pervertido "amante" dos empreiteiros, e dos banqueiros, atuantes na praça.    

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