quarta-feira, 18 de maio de 2016

Marco Aurélio: Deixe o Temer trabalhar


Segundo noticiou o Estadão, “o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento o mandado de segurança que pede a abertura de um processo de impeachment na Câmara contra o então vice-presidente e atual presidente da República em exercício, Michel Temer. Agora caberá ao presidente do Tribunal, Ricardo Lewandowski, definir a data para inclusão do caso na pauta do plenário”.

Numa Corte com figuras que pouco se aproximam da imagem do homem médio brasileiro, Marco Aurélio Mello se destaca pelas condutas folclóricas e folgazãs. Certamente pelo largo tempo disponível em sua agenda, Sua Excelência se permite arroubos em chicanas políticas como esta referida no noticiário, que pede o impeachment do presidente Temer.

Ora, meritíssimo, deixe o Temer trabalhar. Melhor faria Vossa Excelência se julgasse os milhares e milhares de processos que estão sob sua tutela, cuja paralisia leva os neles interessados à angústia e ao desespero. O tempo, ao que parece, não amenizou a portentosa vaidade do ministro, obrigando-nos a suportar seus discursos pomposos e exóticos, em especial quando se mete a desempenhar o papel de corregedor do mundo.

Se Vossa Excelência gosta tanto de meter o bedelho nos poderes Executivo e Legislativo, por que não se candidata a um cargo eletivo? Faça-o. Fará mais sucesso que o Tiririca, com todo o respeito ao apreciado palhaço. Por essas e por outras, todo mundo que assistiu ao último programa Roda Viva, com sua participação, aplaudiu vivamente a resposta dada pelo jornalista José Nêumanne a uma interpelação sua, quando este disse clara e diretamente que não confiava no Supremo Tribunal Federal. 

Não só ele, saiba Vossa Excelência. O judiciário respeitado pelo povo brasileiro está na primeira instância, com juízes da estirpe do Sérgio Moro. Tribunais onde se entra pela porta dos fundos, ou pelas negociatas políticas, como é o caso do ministro nomeado para livrar a cara dos empreiteiros, não merecem qualquer consideração dos pagadores de impostos que sustentam suas frondosas mordomias.

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