quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Dilma, a impostora

Marta Suplicy ficou conhecida em São Paulo, à época em que foi prefeita, como Martaxa.  Não foi gratuito o apelido. Decorreu de seu furor arrecadatório (claro, pois que outro está biologicamente vencido), tributando ferozmente a população indefesa da capital paulista. Dona Dilma Rousseff, criatura sem raiz provinda das estepes bárbaras da Tartária, parece ter invejado profundamente a ex-prefeita, e aristocrática dama quatrocentona, atualmente cumprindo mandato de senadora pelo maior e mais importante estado da federação.

Dona Dilma, tal qual Marta, merece também um epíteto que a distinga entre os seus, e lhe faça justiça pelos seus atos. O melhor que se possa imaginar, ao menos por enquanto, é o de “impostora”, numa evidente referência à sua gana de esfolar o cidadão brasileiro que trabalha, incapaz de fugir dos constrangimentos provocados pelo fisco. Sim, é sempre fácil convocar os cordeiros para que se apresentem ao lobo na hora do jantar (do lobo, para evitar confusão). Eles vão contribuir para aplacar a fome do lobo ensandecido. 

Contribuir é mero eufemismo, herança dos lusitanos que, há séculos, aplicavam o termo. Após terremoto e tsunami que atingiram o reino europeu, no já distante século XVIII, a Coroa instituiu a chamada “Contribuição Voluntária” temporária, destinada a financiar a reconstrução de Lisboa.  Tal “contribuição” (palavra marota que pressupõe algum tipo de adesão de livre vontade a uma causa), de voluntária não tinha nada. As vilas da então colônia deveriam comparecer com determinada quantia em ouro e, então, ai dos que não o fizessem. Terminadas as obras da nova Lisboa, aproveitaram o mesmo mecanismo tributário para financiar depois o dote e o enxoval de princesas carentes e casadoiras da Casa Real.

Dilma, a impostora, se credencia assim a receber o título, talvez até mais prestigioso que o de Martaxa. Impostora, afinal, possui ricos significados, o que lhe permitirá fazer frente à arrogância peculiar da antiga especialista em sexologia na TV.

O dicionário Priberam da Língua Portuguesa define, como segue, os sentidos de impostora (feminino de impostor):
1) Aquela que diz ou faz imposturas = embusteira, mentirosa, trapaceira;
2) Aquela que não demonstra os seus sentimentos = falsa, fingida, hipócrita;
3) Aquela que se acha superior = convencida,vaidosa;
4) Aquela que se faz passar por outra = charlatã;
5) Aquela que propaga falsas doutrinas.

Fica aberta a lacuna para se incluir, nos possíveis significados, o de pessoa que tributa os fracos para financiar as falcatruas governamentais, entre os quais o petrolão é figura carimbada (sem negligenciar outros casos que estão para vir à luz). Os cinco sentidos acima apontados pelo dicionário estão perfeitamente concordes com o perfil da madame. Acrescentar-lhes mais um será fazer-lhe a mais lisa justiça. 

Os mandarins do PT e seus associados roubam os cofres públicos e, então, os “contribuintes” recebem a patriótica missão de cobrir o rombo causado, a partir de fiel obediência às determinações governamentais. O petismo consegue se superar na sua volúpia cleptocrática. Ninguém normal conseguiria imaginar que após Martaxa teríamos Dilma, a impostora, mãe do PAC e da cruel reforma tributária, monstrengo indigesto que quer enfiar goela abaixo dos brasileiros.

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