terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Coaxar de sapos


As últimas manifestações dos governistas lembram imagem formulada por Elias Canetti: parecem sapos a coaxar no brejo. A estranha sinfonia de uma nota só se repete, monótona, em todos os meios de comunicação. 

- Meu sapo foi rei? 

Foi, não foi, foi, não foi! 

Variação acontece quando o coro dos batráquios remete à duvida sobre a honestidade dos malandros. 

- E, por acaso, são ladrões? 

- São, não são, são, não são!

Muito difícil encontrar refúgio em outro cenário. Nem Dante imaginou um nicho do inferno similar ao que estamos condenados.

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