sábado, 6 de setembro de 2014

Marina X Dilma

Nos próximos debates televisivos, a questão do financiamento das propostas de campanha ocupará o centro do tablado. Dona Dilma, a presumida super-especialista em gestão pública, cobrará de Marina Silva uma explicação sobre como conseguir dinheiro para bancar seus projetos. A patusca dama, em vez de cuidar de suas sandices, resolveu meter o bedelho nas propostas alheias e, para isso, já calculou o custo do que Marina pretende fazer: R$140 bilhões de reais. Em vista dos delírios costumeiros e da confusão mental da madame, seria prudente ler tais números com a devida cautela. Podem ser maiores, podem ser menores; com dona Dilma nunca se sabe, em vista de sua tontería, como dizem os espanhóis.

Marina pode armazenar na ponta da língua a réplica fulminante: o dinheiro virá da economia com a corrupção. Só na roubalheira praticada na Petrobrás já dará para alcançar uns R$70 bilhões. Apurados os desfalques e trapaças no BNDES, ELETROBRÁS e o restante do sistema elétrico, a conta fecha fácil fácil, e ainda sobrará dinheiro para aumentar o valor da bolsa família. Marina ainda poderia tripudiar para enfurecer a outra: "É simples, minha querida. É simples. Basta fazer uma conta de padeiro, tal como recomendou seu diretor da Petrobrás, aquele que está recolhido na cadeia lá no Paraná. Mais fácil que isso só se for para subtrair 7 de 10. Qualquer patroa consegue entender".

A primeira medida da futura administração Marina deveria ser, isso sim, uma auditoria completa nas contas públicas, para se dimensionar o montante do desvio de dinheiro durante o governo Dilma e seu antecessor. Uma comissão presidida por alguma figura reconhecida por sua probidade - o ex-ministro Joaquim Barbosa, por exemplo - com o auxílio de entidades e técnicos especialistas no assunto, deverá anteceder uma subsequente cobrança para devolução aos cofres da nação de tudo que foi surrupiado pelos gatunos durante os últimos doze anos, a começar pela farra nos fundos de pensão. 

A pelegada sem vergonha - verdadeiro pleonasmo - se tivesse aquilo que não tem, deveria estar cobrando de dona Dilma uma devassa na Petrobrás e, não, ficar fazendo acusações ridículas e infundadas a Marina sobre palhaçadas a respeito do pré-sal. A Petrobrás, e tudo que diz respeito à situação energética brasileira, não são casos de debate econômico ou estratégico sobre os rumos a seguir. A Petrobrás é, já há muito tempo, um caso de polícia e, como tal, precisa ser tratada.    

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