quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Escola com partido


Corre nas redes sociais debate sobre a partidarização das escolas, em especial as da rede pública. Dentro das universidades, no entanto, o assunto chega a causar perplexidade, dada a obviedade da questão. A partidarização no ambiente acadêmico é algo visto como natural, desde que os partidos envolvidos sejam PT, PC do B e seus puxadinhos (PSOL, PSTU, PCB e outros menos votados). 

Fiéis à vetusta tradição jesuítica - os fins justificam os meios - gente como o atual reitor da UFRJ se permite fazer tudo, tudo mesmo, que for necessário para impor concepções, detonar professores independentes e, sobretudo, perseguir sem qualquer escrúpulo aqueles que não rezam por sua cartilha, caluniando e difamando seus antagonistas. Há casos de sobra para contar. O que não há, infelizmente, são exemplos de atuação do Ministério Público, tal como se sabe  agora no Rio de Janeiro, chamando na chincha a companheirada depravada (ávida por um pixuleco), apesar de instado por denúncias concretas feitas de maneira não anônima. 

Em momentos eleitorais, especialmente quando se vota para presidente, a audácia de professores comuns, e de dirigentes, alcança grau de paroxismo. Já chegaram ao cúmulo de tanger os alunos, como se fossem gansos de ceva, para receberem no auditório de notória escola superior seu tóxico mingau ideológico. Jornais respeitáveis - como o Estadão -  noticiaram à época o uso de boletim oficial de comunicação da UFMG, para proselitismo partidário e eleitoral em favor da primeira eleição de dona Dilma. 

O padrão ético da turma pode ser aferido, ainda, pelas fuzarcas patrocinadas, com farta distribuição de bebidas alcoólicas (onde o Red Bell ocupava lugar de destaque), para professores e também para estudantes e funcionários, em exuberante boca livre ou 0800. Nunca se soube, aliás, a fonte que custeava as festanças. Tais libações extravagantes também mereceram questionamento jornalístico, vale afirmar, porém, nunca respondido por quem de direito. Simplesmente deram de ombros. Os bacantes jamais entenderam o conceito de responsabilidade, princípio fundante na preservação de uma ordem política constitucional. 

Constituição? Ora, que se dane, dizem os lassalianos com arrogância.      

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