O governo divulgou finalmente alguns detalhes dos contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social com o exterior. A ferramenta, que pode ser acessada no site do BNDES, mostra valores, taxas de juros, destinos e motivos dos empréstimos feitos pelo banco a países da América Latina e da África. Os recursos são provenientes quase que totalmente do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A obra mais cara é a Usina Siderúrgica Nacional, na Venezuela, ao custo de 865,42 milhões de dólares. Confira os contratos mais caros financiados pelo banco fora do Brasil.
Para esclarecer melhor as
coisas, faltou dizer que o FAT é resultante da união dos recursos provindos do
PIS e do PASEP, vale dizer, é dinheiro que pertence aos trabalhadores da
iniciativa privada e aos servidores públicos respectivamente. O BNDES é tão
somente o gestor do numerário. Aqueles que trabalham no Brasil são, portanto,
os financiadores reais de grandes obras em países de regimes desacreditados da
América Latina e da África. Enquanto isso, o país sofre com a ausência de
metrô, linhas ferroviárias, estradas, geradoras de energia etc., em benefício
de Cuba, Venezuela, Angola e outras republiquetas. Aliás, para que a farra
prossiga sem maiores dificuldades, o governo já definiu elevação das alíquotas
do PIS/PASEP, sangrando o povo brasileiro para alimentar tiranos corruptos e
desavergonhados.
As cinco empreiteiras que concentram o crédito à exportação são
Odebrecht (US$ 8,2 bilhões, incluindo sua subsidiária em Cuba, a Companhia de
Obras e Infraestrutura), Andrade Gutierrez (US$ 2,6 bilhões), Queiroz Galvão
(US$ 388 milhões), OAS (US$ 354,2 milhões) e Camargo Corrêa (US$ 258,8
milhões).
Uma das operações que teve detalhes revelados foi a contratação de
serviços da Companhia de Obras e Infraestrutura para obras de ampliação do
Porto Mariel, em Cuba. A operação foi feita em cinco etapas, com contratos
entre 2009 e 2013, totalizando US$ 682 milhões. Em cada uma das etapas, foi
fixada taxa de juros em dólar, que variou de 4,44% a 6,91% ao ano. Enquanto
isso, vocês, trabalhadores e empreendedores brasileiros, amargam taxas de juros
de fazer corar um frade de pedra. Nem Schylock, o agiota d’O Mercador de
Veneza, teria tal ousadia.
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