sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dilma, a pardinha

Pontificando junto aos baianos com sua aparência plastificada (não move um músculo sequer, apenas exibe um sorriso congelado e meio abestalhado), dona Dilma conseguiu mais uma proeza. Autodefinindo-se como "pardinha" (sic), a insana criatura quis se mostrar como se fora u'a mestiça similar a tantas que proliferam na boa terra da Bahia. 

Para os desavisados, pardo é uma categoria oficial para definição da cor das pessoas (elas podem ser pretas, brancas, amarelas e indígenas, além de pardas), segundo entendimento do IBGE. Indígena não é cor, de fato, mas tal denominação serve para diferenciá-la da cor amarela (assim entendida a dos que têm procedência ou ascendência oriental). Por algum critério meio mágico, soma-se o preto com o pardo para se chegar ao "negro". Não se sabe a razão de não se fazer o somatório de pardos com os brancos, pois que aqueles também possuem uma matriz européia. A junção arbitrária de pretos e pardos responde mais a um imperativo ideológico e publicitário que sociológico.

Dona Dilma quer, de fato, pegar uma carona na comunidade "negra", entrando pela porta dos fundos e saçaricando na cozinha (onde FHC declarou também ter um pé), através de sua autodefinição como "pardinha". Esta seria algo parecido à categoria de "moreninha", classificação considerada politicamente incorreta, em vista das suas inumeráveis gradações e alusões ao processo de branqueamento da população. 

Fazendo esse passa-moleque, dona Dilma está a afirmar que ela é igual a tantos coloreds que entre nós habitam. Ela poderia, em vez de "pardinha", ter dito que era "mulatinha". Mas aí seria uma tremenda forçação de barra. Com aquele seu peculiar modo búlgaro de ser - carão chapado, punhos e tornozelos grossos como de um macho - ninguém iria acreditar. Melhor ficar como "pardinha" mesmo. 

Dona Dilma é uma piada. De mau gosto, mas sempre uma piada.

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