terça-feira, 7 de março de 2017

Propina não é propina


A propina paga pela burguesia à "crasse" trabalhadora deve ser entendida de forma diferente como tem sido feita. A fatídica palavra remete a gorjeta, tal qual entendem os povos de língua espanhola. Pedir propina não passa de  reles solicitação de um adjutório, perfeitamente integrado nos costumes locais dos hermanos. Na concepção pátria, no entanto, a propina ganha aura de política de distribuição de renda, quando não de expressão da velha luta de classes. Reagindo à alienação, como diria Marx, o capilé arrancado dos capitães da indústria traveste-se de mais valia, quando repassada aos representantes sindicais, agora sob a forma de Participação em Lucros e Resultados - a PLR. Não há nada de ilícito nisso. Aliás, há sólidos fundamentos a justificá-la. A previsão legal encontra-se no ordenamento jurídico brasileiro. Claro que no Brasil há singularidades não encontráveis em nenhum outro país. Por exemplo, a curiosa prática na Petrobrás de pagar a PLR aos petroleiros, mesmo quando a empresa dá prejuízo. 


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