sábado, 25 de fevereiro de 2017

Fora Marco Aurélio!

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Mais uma vez - e não será a última, com toda certeza - o Marco Aurélio Mellou-se. Seguiu à risca um dos sentidos do verbo melar: sujar-se, emporcalhar-se, ao conceder habeas corpus a um dos assassinos mais cruéis da história judiciária brasileira, o ex-goleiro Bruno. Sua excelência justificou sua decisão alegando que o matador premiado era pessoa de "bons antecedentes". Se esse for o metro com o qual mede as causas postas a seu juízo, o povo brasileiro está fodido. A torpeza aqui lançada é imprescindível para se avaliar o torpe ato do nefelibata magistrado. Barbarícia, do traseiro fazia trompa, peidando à roda desavergonhadamente, conforme relata Dante na Divina Comédia. Atos torpes devem ser, então, descritos com torpeza. 

Em entrevista à imprensa, Marco Aurélio ainda teve a petulância de considerar o HC concedido ao Bruno como politicamente incorreto, essência dos posicionamentos contra-majoritários de juízes que pensam como ele. De fato, ele foi, sim, politicamente correto, passando a mão suja na cabeça do assassino, afrontando as leis e o decoro público. Os defensores do Champinha agora têm um juiz para se dizer de seu.

Vale relembrar novamente o sentido dado ao fraseado "politicamente correto", pelo ex-presidente Truman: "Ser politicamente correto é ser capaz de agarrar um pedaço de merda pelo seu lado limpo" Ao mellar este caso, o meritíssimo valida mais uma vez a rotunda resposta dada a ele pelo jornalista José Nêumanne, quando indagado se confiava no STF, no programa Roda Viva, da TV Cultura: "não, não confio"! E você, leitor, confia no Supremo Tribunal Federal? 

Aos gritos que emanam das ruas pedindo fora esse, fora aquele, cabe incluir mais um: Fora Marco Aurélio!

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