quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Epigrama para Jucá (ao estilo de Manoel Bandeira)


O senador Romero Jucá é o que é. Igual a todos, intelectualmente, pois que somos a resultante daquilo que lemos ao longo da vida. Em recente defesa da suruba democrática o poderoso líder governista socorreu-se de ingênua obra fescenina cantada pelo falecido grupo musical Mamonas Assassinas. Tantas possíveis referências literárias e logo esta, para espanto geral, foi a adotada por ele em discurso na tribuna do Senado.

Pernambucano, como Manoel Bandeira, Jucá deveria ter lido mais do maior dentre os poetas brasileiros. Talvez encontrasse, no poema Pasárgada, para ficar no mais famoso, fonte de citações e imagens mais íntegras para ilustrar seus argumentos. 

Em homenagem a Jucá segue abaixo adaptação - vá lá, uma paródia grosseira - de inesquecível epigrama de Bandeira contra desafeto da época:


Por um mau jeito se peida
Mulata nortista sarará.
Essa mulata é Roraima,
O peido, Romero Jucá. 

Que Roberto Romano desculpe a ousadia.


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