sexta-feira, 24 de junho de 2016

Sangue de pulga


A picaretagem patrocinada pela gangue do ex-ministro Paulo Bernardo (aliás, casado com a senadora Gleisi Hoffman), revela uma outra faceta do petismo. Tal qual fizeram na cidade de Governador Valadares (governada por prefeita do PT), onde cobravam da padaria até propina do pãozinho da merenda, no caso dos empréstimos consignados eles arrancavam uns trocados enfiando a mão no bolso de aposentados e pensionistas. Avôs nonagenários que pediam empréstimos para comprar remédios viram-se transformados em fonte de receita da corrupção petista. Se o ceguinho da esquina bobear, eles levam embora até o seu chapéu esfarrapado.

No escândalo do crédito consignado, entre 2010 e 2015, em contratos ligados ao Ministério do Planejamento, os velhinhos, aposentados e pensionistas, bancaram propina ao grupo do ex-ministro Paulo Bernardo, que comandou a Pasta até 2011. Os funcionários que tomaram empréstimo deveriam ter pago no máximo R$ 0,30, mensalmente, por um serviço de gerenciamento e controle feito pela empresa Consist Software Limitada, mas acabaram arcando com R$ 1,25, valor quatro vezes maior ao que deveria ser descontado em folha, Quer dizer, de grão em grão a galinha enche o papo.

A verdade, no entanto, é melhor representada por outro ditado popular: os vampiros do lulismo enchem copos de sangue, nem que para isso tenham que espremer milhões de pulgas. Se há petistas - e associados das legendas por eles satelitizadas, pois não se pode esquecer do episódio da tapioca protagonizado pelo PC do B - perto de dinheiro, a solução é uma só: prender primeiro e investigar depois. Comprovar as fraudes é questão de tempo. Os fatos estão aí para qualquer avaliação. Não por acaso o ministro Celso de Mello tachou a moçada de organização criminosa. Pimba, na mosca!   

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