As malfeitorias, para adotar
conceito caro a dona Dilma – que a cada dia vêm à luz - quase não espantam mais as
pessoas decentes. Os petistas roubaram o Banco do Brasil, roubaram a Petrobrás,
roubaram a Eletrobrás, roubaram os Correios e roubaram os fundos de pensão. A
lista, contudo, não se esgota nestes casos, exemplos meramente ilustrativos. De
fato, pelo que já se tomou conhecimento, poderia seguir, interminável, tão
densa e tão inumerável quanto aquelas velhas listas telefônicas.
Onde essa
gente estiver, é batata: basta dar uma enxadada que surgirão montes de
minhocas. Eis aqui um dos consensos da república a ser testado nas próximas
eleições municipais. Quem votar no PT ou nos seus partidos satélites já sabe de
antemão quais seus desdobramentos. O erário estará sob permanente ameaça de
dilapidação em todas suas dimensões.
Para relativa surpresa do
país, no entanto, parece que o petismo alcançou o estado da arte em seu ofício
de predadores. Conforme vem sendo amplamente divulgado - a respeito das
mutretas do crédito consignado - resolveram eles expropriar dos pobres avoengos
da nação (aposentados e pensionistas), um capilé modesto de R$1 real sobre cada
operação de registro bancário, derivada de empréstimos tomados pelos
vovozinhos e vovozinhas em dificuldades financeiras. R$1 real é um número baixo
que mais remete a esmola que a fonte de enriquecimento. Acumulados, entretanto,
chegam a montante que superaria os R$100 milhões de reais. Nos tempos da finada
fartura, tal procedimento poderia ser comparado ao vintém de Pedro, aquelas
humildes contribuições que os fiéis de todo o mundo faziam para alegria dos
tesoureiros do Vaticano. Nada mais nada menos que singela extração de sangue de
pulgas.
Uma conclusão se impõe:
ninguém está a salvo da volúpia argentária petista. Nem o ceguinho que se
abriga encolhido num canto qualquer da praça. Se um dos predadores com
estrelinha no peito passar por ali é fatal. O ceguinho ficará sem suas moedas
e, talvez, até mesmo sem o chapéu ensebado. Roubar mixaria dos idosos é algo
que nem o padre Vieira conseguiria imaginar. Não há explicação sociológica para
tamanha perversão de caráter. Compreende-se o saqueio de grandes empresas, como
a Petrobrás. Dali há o que se tirar, a carniça é grande, pode satisfazer a
muitos. Mas enfiar a mão no bolso de gente frágil - para dele retirar algumas
moedas - é algo que nem os bandidos mais pés de chinelo ousariam fazer.
A
gatunagem seria juridicamente não mais que um crime de bagatela, algo pequeno
demais para materializar o tipo penal. Vista, porém, na sua amplitude, a
deplorável prática assumiria dimensões de crime hediondo, do ponto de vista
moral. Para fechar o arco do inimaginável só faltaria invadir uma creche e
fugir depois com os pirulitos e chupetas das crianças ali abrigadas. Que os
vovozinhos e seus netinhos se lembrem disso ao comparecerem às urnas em outubro
próximo.
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