domingo, 20 de dezembro de 2015

Delenda Cunha


O voto do Relator - ministro Fachin - surpreendeu a todos, e mais surpresa ainda foi produzida, quando veio à luz o voto divergente do ministro Barroso, quanto à posição do STF frente à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), patrocinada pelos novos burgueses do PC do B, que parece ter trocado o terrorismo e a luta revolucionária pela guerrilha das chicanas nos tribunais da Pátria.

O voto de Fachin primou pela ingenuidade. Seus posicionamentos eram tudo que o presidente da Câmara de Deputados queria. Sagaz como nunca, Barroso percebeu as implicações políticas, caso prevalecesse a visão do Relator, que trazia, implícita, a absolvição prévia de Eduardo Cunha, no tocante às acusações políticas que este vem recebendo do Ministério Público. Necessária, pois, manobra defensiva, conduta a que se prestou, solícito, o experiente jurista carioca, profissional altamente gabaritado na produção de pareceres. 

A ala bolivariana do STF, mais que dificultar o impeachment de Dilma, quer mesmo detonar Eduardo Cunha, outro profissional nas manhas e artimanhas da vida parlamentar. A demonização que sofre dá a impressão que ele era, e é, o verdadeiro governante do Brasil. Em tudo quanto é trapaça e negociata, não aparece o nome de ninguém do PT. O Ministério Público age como a mulher apaixonada, porém rejeitada, perseguindo de maneira evidente o superpoderoso e ubíquo deputado. Delenda Cunha! 

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