Dois dos principais ministérios de Luiz Inácio, o da Justiça e o da Casa Civil, estão nas mãos de titulares que não se notabilizaram pelo amor às prescrições constitucionais. São eles: Dona Dilma – com história pública marcada pelas intenções golpistas - e Tarso Genro – pela defesa doutrinária de métodos pouco ortodoxos de conquista de poder. Irmanam-se agora na defesa da bolsa-boquinha (os tais cartões corporativos), usando como argumento a necessidade de preservação da segurança pessoal do presidente e de sua família. Segundo eles poderia haver atentados similares ao sofrido pelo presidente do Timor. O inconsciente os fez esquecer, certamente, do exemplo mais prosaico e local de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, assassinado pelos próprios parceiros políticos e de negócios. O desprezo de ambos os ministros para com a Lei Maior é, no entanto, de natureza genética. Afinal de contas, os petistas recusaram-se a assinar a Constituição de 1988, não tendo qualquer compromisso com o que eles chamam de “ordem burguesa”.
É um desafio intelectual, aliás, encontrar qualquer declaração daquelas autoridades em defesa clara e explícita da Constituição. A lógica do seu raciocínio é típica dos de sua grei. Leis, ora, as leis, parecem dizer com zombaria. O que vale é o destino final (por eles definido como o paraíso terrestre), numa escatologia onde a única norma é: os fins justificam os meios. As Farc da Colômbia (aliadas do PT pela similitude de projeto político), estão aí para demonstrar a ausência de limites deste tipo de concepção. Estudos psicanalíticos já mostraram facetas da alma humana facilmente compreensíveis por pessoas comuns. Não é necessário ser algum especialista versado em Freud ou Lacan para entender certas verdades. Perversos e outros neuróticos costumam “projetar” no “outro” aquilo que eles próprios desejam fazer. Ao sinalizarem para o risco de ameaças à família do presidente, a cúpula de ex-guerrilheiros, hoje no governo, está de fato preparando o campo para eventuais tragédias. Pode acontecer, por exemplo, algum “acidente” com membros mais distantes do núcleo familiar ou, até mesmo, queima de arquivo de parentes inconvenientes. Tudo é possível. Dessa gente não se deve duvidar de nada. Seriam capazes de pisar no pescoço da própria mãe para alcançar seus objetivos, conforme Lula referiu-se há alguns anos sobre Brizola e o desejo deste de ser presidente.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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