quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Pimentel e a febre amarela


A grande imprensa nacional noticia reforço recebido pela administração petista em Minas Gerais. Foi nomeado para a FUNED, fundação estadual devotada à pesquisa e produção de medicamentos, de mais um suspeito de mutretas com recursos públicos, um ex-prefeito de obscuro município, igual a tantas centenas de outros espalhados no vasto grotão das gerais. É verdadeiramente incrível a mútua atração de certos personagens e instituições, como se fossem macho e fêmea, goiabada com queijo, Romeu e Julieta... 

Cabe aqui, no entanto, o benefício da dúvida. Talvez um dono de farmácia, como é o caso, possa ajudar na efetiva neutralização de moléstias medievais que vêm prosperando impávidas no território mineiro - como a febre amarela - esta supostamente erradicada do Brasil, desde os tempos do grande sanitarista Osvaldo Cruz, ainda no início do século XX. Uma coisa, entretanto, é certa. Ficará como parte da herança maldita de Pimentel e petistas, a triste nódoa a ser deixada pela febre amarela, que já ceifou algumas vidas nos vales da miséria - Mucuri e Jequitinhonha, secundados pelo vale do rio Doce - e se prepara para atingir outras. 

O governador Pimentel, enquanto a desgraça atinge suas vítimas preferenciais, borboleteia por aí de helicóptero com familiares e vai despreocupadamente às compras em luxuosas lojas de São Paulo, esquecendo-se - oh memória! - de pagar a tempo e à hora o funcionalismo que vive de modestos salários, agora recebidos à prestação. Em sua homenagem a mortífera febre deveria ser denominada, a partir de agora, de febre "vermelha". Ficaria mais fácil de lembrar no futuro.    

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