segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Marco Aurélio, o estóico


Marco Aurélio, o romano estóico, foi imperador, guerreiro e filósofo. Engrandeceu Roma e a humanidade. Marco Aurélio, o mandarim do STF, bafejou direta ou indiretamente a operosa família, arrancando algum dos exauridos cofres públicos. O mesmo nome e  dois destinos díspares.  

Entrevistado no programa Roda Viva, o Marco Aurélio mais jovem resolveu indagar a José Nêumanne, da bancada dos entrevistadores, se este confiava no Supremo. Recebeu, na lata, a resposta que muitos gostariam de lhe dar: "Não, não confio", disse o jornalista,que elencou um chorrilho de razões para tal.

A esdrúxula decisão marcoaurélica de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado não encontra abrigo constitucional. Vai, apenas, botar fogo no circo com essa grosseira intervenção. A liminar concedida pelo patético xará do romano só beneficia o PT que, assim, assume a direção do Senado Federal; um trapalhão histriônico - vice presidente da Câmara dos deputados - comandará as reuniões do Congresso. Os Mellos do STF, pelo que se vê, nunca surpreendem a nação.  

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