Perguntado agora sobre a decisão do ministro Marco Aurélio de afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros, o
seu colega do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes respondeu ao blog do
Moreno que é um caso de reconhecimento de inimputabilidade ou de impeachment de
Mello. E acrescentou:
--- No
Nordeste se diz que não se corre atrás de doido porque não se sabe para onde
ele vai.
Ao
sugerir o impeachment de Marco Aurélio - por ter afastado do cargo o presidente
do Senado, Renan Calheiros - o ministro Gilmar Mendes torna público o que vem dizendo
nos bastidores sobre o colega, principalmente por ele ter tomado decisão de
tamanha importância sem sequer consultar seus pares.
Em
conversas reservadas, Gilmar afirmou que "não se afasta o presidente de um
poder por iniciativa individual e com base em um pedido de um partido político
apenas, independentemente da sua representatividade", o que acha não ser o
caso da Rede.
Ontem à
noite, durante encontro com políticos, Mendes chegou a chamar de
"indecente" a decisão de Marco Aurélio e, nesse sentido, advertiu
que, se o Tribunal quiser restaurar a decência, terá que derrubar a decisão.
Nessas
conversas, também, os políticos têm perguntado a Gilmar seu palpite sobre qual
será a decisão do STF sobre a liminar concedida ao pedido da Rede. Gilmar tem
respondido que tudo vai depender de uma reflexão da Corte em função das reações
que o Senado está tendo.
Só que,
tanto no Congresso como no palácio do Planalto, a expectativa é a de que o
Supremo repita a decisão que estava sendo tomada em relação à consulta também
da Rede sobre a manutenção de réus na linha sucessória.
Naquela
oportunidade, a votação estava em 6 a 0, até que o ministro Dias Toffoli pediu
vistas ao processo, interrompendo o julgamento. Gilmar não estava na sessão e
ela foi adiada pra o ano que vem. O relator da matéria foi o próprio Marco
Aurélio, que, ontem, através de uma liminar, atendeu ao novo pedido da Rede,
desta vez especifico sobre a nova condição de Renan, a de réu no caso Mônica
Veloso.
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