sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Kalil e Marina: ambientalismo de montão


Em Belo Horizonte desenrola-se campanha eleitoral das mais bizarras. Aqui há alianças e alianças. Uma delas se deu entre as forças políticas majoritariamente anti-petistas da cidade, em torno do deputado estadual João Leite. Compreensível. Em BH, sempre é bom relembrar, a rombuda Dilma foi derrotada, apesar de ter sido vitoriosa no restante do estado, em 2014. Cumpriu papel relevante para os resultados obtidos pela chapa petista nos grotões mineiros o inefável Walfrido Mares Guia, eminência pardacenta, verdadeiro Rasputin de todas as eleições
ocorridas em Minas nos últimos 30 anos. 

Mares Guia, aliás, e não por acaso, coordena a campanha para prefeito de exótico empreiteiro que, tendo falido suas empresas, agora se devota ao projeto de falir Belo Horizonte. Também não é mera coincidência o empreiteiro Kalil, em sua trajetória, ter seguido os passos de dona Dilma (com quem irmana a torcida pelo Atlético, clube glorioso que não tem culpa, porém, de atrair simpatizantes de todos os tipos). A especialista que quebrou o Brasil, quebrou antes uma lojinha de produtos de R$1,99 no mercado popular de Porto Alegre. Os brasileiros, infelizmente, não souberam ler nos fatos os sinais que alertavam para o que viria no futuro, ao votar na madame para presidente do país. O povo bem parece gostar do flerte com o perigo.

Kalil se compôs com o petismo, capitaneado pelo governador Pimentel e com os doidões verdes, ansiosos por uma boquinha na prefeitura, além dos ecochatos de Marina Silva, que lhe forneceu um vice extraído das hostes da Rede Sustentabilidade, um sobredito ex-petista, o deputado estadual Paulo Lamac, configurando um novo e verdadeiro exército de Brancaleone.  Curioso é que os companheiros do falido empreiteiro nada falam, nada argumentam, nada justificam frente ao eleitorado de Belo Horizonte a opção que fizeram. Seria, no mínimo, ridículo assistir Kalil e Marina Silva desfilando de mãos dadas pelas ruas esburacadas de BH, secundados pelos mais vistosos ambientalistas da cidade. 

Realmente, não há como explicar a aliança da pueril Marina com um empreiteiro fabricante de asfalto. Só haveria uma suspeita para dar conta do fato que, dadas as características da moçada, se torna bem plausível. Acendida a fogueira das comemorações, haveria mato inadequado (molhado, quem sabe?), quando tomaram as decisões fundamentais. Mato molhado dá fumacê. Fumacê demais intoxica, e turva, o juízo.

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