Kalil: “roubo, mas não
recebo propina”. A frase sentenciosa faz lembrar Paulo Maluf: "estupra, mas não mata".
As palavras e os conceitos
se chocam dentro do cérebro confuso de Kalil, antes de explodirem nas bochechas
de sua boca mole. Saem, então, aos borbotões, qual um fluxo de vômito nojento
atingindo e contaminando todos os ouvintes. Em sua língua suja, igual a de Lula, o deboche é mais
presente que a própria saliva.
É algo que soa surrealista,
quase sem igual, se se pensar em outros casos similares e sobejamente conhecidos de gente que vive na esterqueira.
Talvez o único passível de comparação direta seja o de Berlusconi, capo
futebolístico da Itália, onde suas vilanias fariam os nativos de aquém mar se
roerem de inveja.
Em seu bunga-bunga tropical, Kalil admite sua participação em “orgias”, mas busca relativizá-las imputando aos demais o mesmo desejo de gozo perverso. Como se assim suas perfídias se naturalizassem.
“Roubo, mas não recebo propina”, reconheceu Kalil em debate público. O velho sátiro justifica dessa maneira as surubas e estupros simbólicos praticados contra tudo e contra todos, contra pessoas e contra instituições. Nada lhe é proibido, nada deixa de receber sua baba, se estiver ao alcance de seu toque ou perdigotos.
Berlusconi, pelo visto,
transferiu seus genes corruptores da fabulosa Milão para a pacata Belo
Horizonte. O discípulo – Kalil – não desonra o mestre, se é que é possível
alargar tanto o conceito de honorabilidade.
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