Em seu famoso filme sobre Hitler, o diretor Oliver
Hirschbiegel retrata as últimas horas do tirano. Recolhido em seu bunker,
cercado apenas por um reduzido número de fâmulos, o abominável chanceler
destila até o fim sua sociopatia primordial. O melhor do filme, no entanto, é
servir de base para paródias diariamente divulgadas pela internet. Dona Dilma
parece seguir pelo mesmo caminho de Hitler, numa cabal demonstração de que a
vida pode imitar a arte. Entrincheirada no palácio de Planalto, a madame
ensandecida vê demônios, golpistas e inimigos por todos os lados querendo
ocupar seu trono.
Quem duvidar de que algo estranho se passa com ela, basta
observar seus olhos sempre esbugalhados e a postura corporal canina,
desafiadora, como a chamar qualquer um, por qualquer dá cá esta palha, para uma
briga de tapas e unhadas. Alguém teria coragem de entrar num elevador junto com
ela? Pois é esta senhora, com a tampa do caixão já a lhe ser pregada, que se
debate furiosamente querendo fugir ao destino que ela mesma traçou. Suas
escolhas, pelo terrorismo armado, ontem, e pela violação das leis do país,
hoje, notadamente a Constituição Federal de 1988, são as causas únicas do
processo de impeachment a que está sendo submetida pelo Congresso da República.
Cercada de tipos os mais
extravagantes – basta conferir as figuras que ocupam, ou já ocuparam, seu exótico
ministério – a implausível senhora revela, à medida que se aproxima do final o
seu show macabro, a mais absoluta falta de compostura política: “daqui não
saio, daqui ninguém me tira”, em retórica mambembe mal parodiando o clássico
samba de Zé Kety. As lideranças majoritárias do Brasil, no entanto, cobram sua
saída imediata. Realmente, é difícil suportá-la. Nas pessoas decentes ela só
causa gastura. Só apoiam sua permanência no governo os parasitas costumeiros,
que vivem de adjutórios extraídos da vasta cornucópia do erário: sindicalistas,
professores, artistas e intelectuais chapas brancas, gente agraciada pelas
bolsas de diferentes tipos e dimensões. Marx diria que, cevados à base de “salsichão
e alho”, custam um preço até que bem
baratinho. Na falta do agrado clássico a esses comensais, pode-se apelar para a
mortadela de carne de cavalo e para a tropical tubaína.
O Brasil passará pelo
necessário processo de purificação; anos e anos, talvez décadas. A grande lição
a ser aprendida, e cultivada, é não deixar a hidra sobreviver com suas
inumeráveis cabeças. A complacência com os crimes e transgressões petistas, que
não começaram agora quando chegaram ao poder, mas vem de muito longe, desde seu
nascedouro como partido, deve ser uma política pública, uma decisão de Estado.
A Constituição alemã proíbe a existência de partidos que atentem contra a Federação,
pelo conteúdo de seus programas partidários ou pela conduta de seus membros. Eis aí um bom exemplo para nós. Reduziria, e muito, o banditismo político nacional. Veja, a seguir, o artigo a respeito:
Artigo 21
[Partidos]
(1) Os partidos
colaboram na formação da vontade política
do povo. A sua fundação é livre. A sua organização interna
tem de ser condizente com os princípios democráticos.
Eles têm de prestar contas publicamente sobre a origem e
a aplicação de seus recursos financeiros, bem como sobre
seu patrimônio.
(2) São
inconstitucionais os partidos que, pelos seus objetivos
ou pelas atitudes dos seus adeptos, tentarem prejudicar ou
eliminar a ordem fundamental livre e democrática ou por
em perigo a existência da República Federal da Alemanha.
Cabe ao Tribunal Constitucional Federal decidir sobre a
questão da inconstitucionalidade.
(3) A matéria será
regulamentada por leis federais.
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