Dona Dilma recebeu
cartão vermelho; todo o mundo viu e ouviu. Não só lá, é bom não esquecer, mas
em diferentes lugares onde alguma multidão se reuniu para assistir os jogos da
seleção brasileira. As imagens divulgadas a respeito mostraram homens e
mulheres apelando para fescenina injúria, aos berros, à atual presidente da
república. Os maus modos sempre praticados e estimulados pelo lulo-petismo, ao
que parece, fizeram escola. Tremenda façanha que pode ser debitada, também, a
dona Dilma que ainda outro dia pontificou, com desassombro, que nas eleições
era permitido fazer o diabo. Pois aí está. As incivilidades costumeiras
protagonizadas pelos expoentes do PT (Lula à frente, como não podia deixar de
ser), impregnaram o sentimento popular: eis aí parcela das mais consistentes da
herança maldita que essa gente vai deixar, aliás, já deixou.
O petismo não se
incomoda com as críticas feitas a seu peculiar modo de governar. As denúncias
de suas trapaças, corrupção e incompetência generalizadas são respondidas com
desdém, isso quando a turma se dá ao trabalho de responder. Tais críticas,
elaboradas por lideranças políticas, pensadores, artistas e outros intelectuais
encontra-os fechados em copas, na obtusa convicção de que aqueles que os
questionam não possuem legitimidade para fazê-las. O petismo, de fato, é
impermeável à voz da razão. Os exemplos são colossais. Dariam para preencher um
volume do tamanho de uma lista telefônica, daquelas antigas. Seus maiorais,
quando pegados com a boca na botija, e tal como o demonstra o caso do mensalão,
são considerados por eles quase que santos, apesar de criminosos: companheiros
inocentes – acreditam - devotados à nobre causa de transformar o Brasil numa
filial combinada de Cuba e Venezuela, estas repúblicas dignas dos mais imundos
yahoos (Swift nada sabia do Brasil, mas nos profetizou há trezentos anos).
Impossibilitado o
diálogo sobre os fatos e os rumos futuros, o povo brasileiro tem apelado para o
argumento último dos desesperados: as vaias nos campos de futebol. Um típico
fenômeno de massa que faz o PT sangrar na veia da verdade. Muito diferente dos
Black Blocs, arruaceiros gestados nas entranhas do petismo para intimidar o
povo. Este só tem sua voz para ferir, no centro do alvo, o ponto fraco destes
totalitários que nos infelicitam. As massas, agora sem a canga dos que se
julgam seus donos traduzem, numa crua expressão dirigida à cúpula governista, a
repulsa às sujeiras que viraram costume na última década. Uma compreensão da
natureza humana notável, digna de um psicanalista. Os poderosos, que nunca se
tocavam com as elaboradas construções simbólicas dos críticos intelectualizados
(aquele nhem-nhem-nhem típico de tucanos), sofrem doravante com a linguagem direta
do homem comum. Com suas impublicáveis alusões indecentes, o povo demonstra que
aprendeu bem a lição: a pornografia política não é mais monopólio do PT.
Um comentário:
Uma turba sem rosto ofender a presidenta, não concordo, mas é uma coisa pequena.
Terrível mesmo é um governo que não tem vergonha de dizer que a culpa é de uma "Elite Branca". Isto é racismo. Crime inafiançavel. Sou branco, não estava no estádio, nunca estaria porque nem gosto de futebol, não sou dessa tal Elite. Mas fui incluído. Me sinto hoje um subcidadão. Me sinto como um judeu na alemanha dos anos 30. E ninguém comenta nada?
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