quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dona Dilma e o holocausto

Ao participar de uma cerimônia em homenagem às vítimas do holocausto, ontem à noite em Brasília, a presidente Dilma Rousseff comparou a tragédia que levou ao extermínio de seis milhões de judeus com as mortes provocadas pelos anos de ditadura militar no Brasil. Dona Dilma é de um extraordinário caradurismo ou, então, extraordinariamente ignorante. Comparar terroristas, como ela, que, julgando-se presumidos representantes do povo brasileiro, resolveram por sua própria conta e risco (com armas e bombas nas mãos, relembre-se sempre, enfrentar o regime autoritário de 1964), aos judeus desarmados – incluindo aí mulheres, crianças, dementes e outros incapazes – é de um oportunismo sem igual. Dona Dilma quer reinterpretar a história de maneira favorável àqueles cujo propósito era, e é, construir no Brasil um modelo similar ao de Cuba e Coréia do Norte. Ou então, pior ainda, algo no estilo teocrático do Irã ou, quem sabe, um decalque do capitalismo de estado chinês. A madame não sabe, ou não quer saber, que o fundamento de uma sociedade democrática exige o respeito integral aos direitos universais da pessoa humana, associado a um regime constitucional com a devida divisão de poderes. Sem tais pressupostos a “democracia” terá uma natureza totalitária, conforme os exemplos dos regimes nazi-fascistas e comunistas de diferentes épocas e lugares. Não por acaso, a política externa brasileira tem sido marcada pelo apoio a todos os governos e regimes do planeta com vocação totalitária. Basta ver os votos dos representantes brasileiros nos fóruns internacionais sistematicamente contra Israel e a favor de tiranos, como os falecidos Kadafi e Hugo Chaves, bem como outras múmias físicas e espirituais na América Latina, na Ásia e na África. Sobas, aiatolás e similares cucarachas, sim, têm assento cativo no coração dessa estranha criatura que, dizem, governa o Brasil.

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