quinta-feira, 12 de julho de 2018

Ainda há juízes em Berlim

A espantosa presepada cometida pelos petistas para botar Lula em liberdade é algo que continuará a dar pano para manga. Em audaciosa manobra, que pode servir de base para o roteiro de filmes do gênero (como "Fugindo de Alcatraz"), o notório criminoso recolhido a uma sala especial da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, imaginou uma fuga, em tudo mais próxima de comédia pastelão que de uma história de suspense.

Combinando o esforço de três porquinhos trapalhões com a diligente ignorância de um desembargador aloprado, armou-se uma rota de fuga que não tinha como dar certo. E não deu, conforme qualquer sujeito medianamente informado já saberia de antemão. Continua a valer aqui a recomendação de constituir uma assessoria especializada em "vai dar merda", toda vez que algum dirigente petista resolver fazer uma das suas.

O único proveito que se pode tirar dos acontecimentos é saber que ainda há juízes em Curitiba e Porto Alegre, tal qual havia em Berlim. Juízes que não adentraram nos tribunais pelas portas dos fundos continuam a ser a única esperança de se ver a lei aplicada como é preciso. As reações observadas em amplos setores, principalmente do próprio Judiciário, talvez sirvam para enquadrar outros buliçosos ministros (situados no STF) em eventuais e equivalentes situações. A sombra de Dias Toffoli o precede.

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