sexta-feira, 17 de março de 2017

Maluf, o mais honesto


Aqueles mais idosos conhecem os fatos da vida brasileira por tê-los testemunhado. Nunca precisaram ler algum relato, ou livro de história, para saber o que aconteceu. O exemplo mais gritante é o deputado federal, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf. Talvez por hábito arraigado, o primeiro nome buscado no noticiário (sobre os envolvidos com o mensalão e o petrolão), fosse o dele. E nada, nem na espessa lista do Janot. 

Paulo Maluf, ao que parece, fazia parte daqueles gatunos românticos que vampirizavam a conta do custeio dos orçamentos públicos: nada mais que um pirulito, um franguinho, um litrinho de leite para a gurizada. Muito diferente da quadrilha lulo-petista que saqueia a viúva com a cobiça de piratas e o entusiasmo espiritual de corsários (a serviço da causa, claro).

Se fosse um homem vingativo, Maluf deveria processar seus desafetos. Certamente ganharia gorda indenização. Maluf, o único dos figurões da política dos últimos 50 anos não enrolado com a Lava-Jato, merece o diploma de segundo político mais honesto do Brasil. O primeiro lugar, não poderia deixar de ser, pertence a Lula. Até isso Lula da Silva, a perfeita reencarnação de São Dimas, conseguiu roubar.  

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